Avaliação dos cardápios quanto a composição nutricional de escolas municipais da área urbana e rural da cidade de Manaus
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i7.16687Palavras-chave:
Composição nutricional; Cardápios; PNAE; Alimentação escolar; Escolas públicas.Resumo
Introdução: a alimentação escolar é importante para que todas as crianças estejam bem alimentadas evitando desatenção durante as aulas ou baixo rendimento no período escolar. E para que isso ocorra, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) deve funcionar corretamente na elaboração dos cardápios com base nas próprias diretrizes. Objetivos: Avaliar os cardápios quanto a composição nutricional das Escolas Municipais, área urbana e rural, da cidade de Manaus com base nos critérios estabelecidos na elaboração de cardápios do PNAE. Materiais e Métodos: É uma pesquisa do tipo descritivo, qualitativa e quantitativa, com avaliação documental dos cardápios de 2019 das Escolas Municipais do Ensino Fundamental I, disponibilizados no site oficial da Secretaria Municipal de Educação (Semed). Resultados: os teores médios de energia dos cardápios resultaram em 408,47 Kcal, distribuídos em 17, 07g de proteínas, 10,09g de lipídios, 63,27g de carboidratos e 5,53 g de fibras. Observou-se que os valores da quantidade de energia, macronutrientes e fibras são preocupantes, pois estão acima dos valores de referência. Já o cálcio é de 157,85 mg e o ferro é 2,61mg, ou seja, o cálcio está dentro da recomendação enquanto o ferro se encontra acima do valor de referência. Conclusão: é necessário realizar mudanças no cardápio para que as crianças possam obter as necessidades nutricionais adequadas e assim tornar o rendimento escolar delas mais produtivo, já que as necessidades nutricionais diárias de macronutrientes, quantidade de calorias, fibras e ferro oferecidos nos cardápios estavam acima da recomendação. Além de priorizar por alimentos regionais nos cardápios.
Referências
Albuquerque, M. de F. M. (2009). A segurança alimentar e nutricional e o uso da abordagem de direitos humanos no desenho das políticas públicas para combater a fome e a pobreza. Revista Nutrição. 22(6), 895-903.
Ane, G. B., et al. (2020). Ações de alimentação e nutrição na atenção primária à saúde no Brasil. Revista Panam Salud Publica. 44.
Bianchini, V. U., et al. (2020). Criteria adopted for school menu planning within the framework of the Brazilian School Feeding Program. Revista de Nutrição. 3, e19019.
Brasil. Constituição Federal. (2009). Capítulo III – Da Educação, da Cultura e do Desporto, Art. 286. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.
Brasil. Alimentação Escolar. Lei nº 11.947, de 16 de junho de 2009. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11947.htm.
Brasil. Estatuto Da Criança E Do Adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1990/lei-8069-13-julho-1990-372211-publicacaooriginal-1-pl.html.
Brasil. Ministério De Educação. (2009). Alimentação e Nutrição no Brasil. 92.
Brasil. Ministério De Educação. (2007). Alimentação Saudável e sustentável. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&vie w=download&alias=611-alimentacao-saudavel&Itemid=30192.
Brasil. Ministerio De Educação. (1990). Agricultura familiar. http://www.fnde.gov.br/programas/pnae/pnae-eixos-de-atuacao/pnae-agricultura-familiar#:~:text=A%20Lei%20n%C2%BA%2011.947%2C%20de%2016%20de%20junho,as%20comunidades%20tradicionais%20ind%C3%ADgenas%20e%20as%20comunidades%20quilombolas.
Brasil. Ministério Da Saúde. Secretaria De Atenção À Saúde. (2013). Política Nacional de Alimentação e Nutrição / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Básica. Ministério da Saúde. 84, il.
Brasil. Ministério De Educação. (2018). Manual de apoio para atividades técnicas do nutricionista no âmbito do PNAE / Programa Nacional de Alimentação Escolar: FNDE, 106, il. color.
Brasil. Ministério De Educação. (2012). O Papel do Nutricionista no Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) (Manual de instruções operacionais para nutricionistas vinculados ao PNAE). (2a ed.), 40.
Brasil. Ministério De Educação. (2007). Organização e operação de cozinhas escolares. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/profunc/14_cozinhas.pdf.
Brasil. Ministério De Educação. Secretaria De Educação Básica. (2006). Políticas de Alimentação Escolar. 88.
Brasil. Ministério De Educação. (2017). RESOLUÇÃO Nº 26 DE 17 DE JUNHO DE 2013. https://www.fnde.gov.br/acesso-a-informacao/institucional/legislacao/item/4620-resolu%C3%A7%C3%A3o-cd-fnde-n%C2%BA-26,-de-17-de-junho-de-2013.
Brasil. Ministério De Educação. (2009). RESOLUÇÃO/CD/FNDE N º 38, DE 16 DE JULHO DE 2009. ttps://www.fnde.gov.br/index.php/acesso-a-informacao/institucional/legislacao/item/3341-resolução-cd-fnde-nº-38-de-16-de-julho-de-2009.
Brasil. Ministério De Educação. Fundo Nacional De Desenvolvimento Da Educação (FNDE). (2012). Manual de orientação para a alimentação escolar na educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e na educação de jovens e adultos. 2. ed. Brasília, 48.
BRASIL. PNAE – Programa Nacional De Alimentação Escolar. (2009). Lei n° 11.947/2009. https://www.google.com/search?q=Lei+n%C2%BA+11.947%2F2009%3A+Define+alimenta%C3%A7%C3%A3o+escolar+como+todo+alimento+oferecido+no+ambiente+escolar%2C+independentemente+de+sua+origem%2C+durante+o+per%C3%ADodo+letivo.&oq=Lei+n%C2%BA+11.947%2F2009%3A+Define+alimenta%C3%A7%C3%A3o+escolar+como+todo+alimento+oferecido+no+ambiente+escolar%2C+independentemente+de+sua+origem%2C+durante+o+per%C3%ADodo+letivo.&aqs=chrome..69i57.1160j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8#.
Decker, M., Strack, M. H. & Giovanoni, A. B. (2013). Avaliação da alimentação escolar oferecida aos alunos do Ensino Fundamental das Escolas Municipais em um Município do Vale do Taquari - RS. Rev. Destaque Acadêmicos. 5(3), 13-18.
Dias, L. C. D., Cintra, R. M. G. De C., Souza. J. T. & Aranha, C. G. S. (2012). Valor nutricional da alimentação escolar oferecida em uma rede municipal de ensino. Revista Ciência em Extensão. 8(2), 134-143.
Doratioto, R. A. & Buongermino, S. S. (2001). Ingestão de energia e nutrientes por adolescentes de uma escola pública. Jornal de Pediatria, 77(6).
Elisabeth, M., Hiromi, G. & Carolina, M. (2015). Técnica dietética aplicada à dietoterápica. Manole, 180.
Galisa, M., Nunes, A., Garcia, L. & Chemin, Sandra. (2014). Educação Alimentar e Nutricional da teoria à prática. Roca.
Fernandes, F. M. (2006). Alimentação e nutrição entre escolares: caso dos alunos de uma escola do município. 49 f. Monografia (Especialização em Nutrição Clínica). Universidade Veiga de Almeida, Vitória.
Francieli, L.C. (2014). A importância de uma alimentação adequada na educação infantil. 32f. Monografia de especialização. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Ibaiti, Paraná.
FNDE- Manual de orientação para a alimentação escolar na educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e na educação de jovens e adultos. (2012). (2a ed.), PNAE: CECANE-SC.
FNDE. Caderno de Referência: Alimentação Escolar para Estudantes com Necessidades Alimentares Especiais. 2017. 66.
FNDE- Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE. Referências Nutricionais para o Programa Nacional de Alimentação Escolar. 2009.
Franco, Cristiane de Oliveira et al. (2014). Avaliação do consumo de cálcio por adolescentes. Revista Paul Pediatra. 32(2), 216-20.
Goldschmidt, P. S. & Granada, G. G. (2008). Biodisponibilidade de ferro na merenda escolar. Alimentação Nutricional Araraquara, 19(4), 441-448.
Gomes, C. E. & Fanhani, A.P. (2014). Avaliação da qualidade nutritiva do cardápio da alimentação escolar de Luiziana, PR, Brasil. Rev. Saúde e Biol. 9(3), 54-61.
Galisa, M. & Guimaraes, A. (2008). Cálculos Nutricionais: Conceitos e Aplicações Práticas. M. Books.
Histórico. - SOBRE PNAE. https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pnae/pnae-sobre-o-programa/pnae-historico.
Karollyne, A. Q. (2015). Análise dos cardápios de pré-escolares de escolas municipais de Assú-RN. Revista Cientifica da Escola da Saúde. 4(3), 63-72.
Leão, P. V., et al. (2019). Análise dos cardápios elaborados em um município do nordeste paraense. Cadernos Saúde Coletiva, 27(3), 264 – 271.
Lemke. S. Programa Nacional De Alimentação Escolar- Cardápios na Alimentação Escolar. Ministerio da Saúde. Coordenação de Segurança Alimentar e Nutricional – COSAN.
Mahan, Kathleen L. (2013). - ESCOTT-STUMP, Sylvia - RAYMOND, Janice L. Krause Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 13ºed. Rio de Janeiro: Elsevier. 1228.
Marcondes, I., de O. (2019). Avaliação qualitativa das preparações do Cardápio de Escolas Estaduais. 50f.
Maria, A. L. P. (2013). A trajetória do Programa Nacional de Alimentação Escolar no período de 2003-2010: relato do gestor nacional. Ciência & Saúde Coletiva. 18(4), 909-916.
Maria, V. de S. B., et al. Estado nutricional e avaliação qualitativa do cardápio de escolas de educação infantil.
Marreira, G. V., Boro, M. V. & Sousa, A. A. (2015). Cardápios escolares em Santa Catarina: avaliação perante a regulamentação do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Revista de Nutrição. 28(3), 277-287.
Muniz, V. M., Carvalho, A.T. (2007). O Programa Nacional de Alimentação Escolar em município do estado da Paraíba: um estudo sob o olhar dos beneficiários do Programa. Revista de Nutrição. 20(3), 285-296.
Paiva, N. de F. X. (2016). Cardápio e qualidade: composição nutricional na alimentação escolar. 2019. 71F. Dissertação (Mestrado em Gestão de Programas e Serviços de Saúde) – Universidade Ceuma.
Pereira, A. S., Shitsuka, Dorlivete M., Parreira, Fabio José & Shitsuka, Ricardo. (2018). Metodologia da Pesquisa Cientifica. 1.ed., Santa Maria, RS: UFSM, NTE.
PNAE- Programa Nacional De Merenda Escolar. (2017). Pesquisa sobre Pnae. https://www.fnde.gov.br/index.php/programas/pnae/pnae-sobre-o-programa/pnae-sobre-o-pnae.
Porrua, P. et al. (2020). Avaliação da Gestão do Programa Nacional de Alimentação Escolar sob a ótica do fomento da agricultura familiar. Caderno Saúde Coletiva. 28(3), 426-437.
Rosane, C. P. A. T. (2017). Direito humano à alimentação adequada: percepções e práticas de nutricionistas a partir do ambiente escolar. Trab. Educ. Saúde. 15(1), 245-267.
SEMED- Secretaria Municipal de Educação. Pesquisa de Cardápios de 2019. https://semed.manaus.am.gov.br/escolas-urbanas-e-rodoviarias-2019/.
Severino, A. J. (2013). Metodologia do Trabalho Cientifico. Cortez.
Silva, A. C. et al. (2016). Avaliação da composição nutricional dos cardápios da alimentação escolar das escolas da rede municipal de tempo integral do Município de Fortaleza, CE. Revista Digital. 20, 212.
Sousa, A. A., et al. (2015). Cardápios e sustentabilidade: ensaio sobre as diretrizes do Programa Nacional de Alimentação Escolar. Revista de Nutrição, 28(2), 217-229.
Tuncuduva, S. (2014). Pirâmide de Alimentos: fundamentos básicos da nutrição. 2 ed. rev. Barueri: Manole, 2014. 399.
Valente, Paula Leão et al. (2019). Análise dos cardápios elaborados em um município do nordeste paraense. Caderno Saúde Coletiva. 27(3), 264-271.
Xerez, N. de P. F. (2016). Cardápio e qualidade: composição nutricional na alimentação escolar.71f. Dissertação (Mestrado em Gestão de Programas e Serviços de Saúde) – Universidade Ceuma, São Luís.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Andrezza Martins dos Santos; Elves Fadoul da Costa; José Carlos de Sales Ferreira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.