Estabelecendo uma coorte na Região Central do Brasil: Estratégias e desafios.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.16975

Palavras-chave:

Dengue; Estudos de coortes; Universidades; Serviços públicos de saúde; Colaboração intersetorial.

Resumo

A dengue é considerada a mais importante arbovirose do mundo pelo seu impacto na morbimortalidade dos países. Estudos de coorte são adequados para compreender a dinâmica da transmissão da dengue e estabelecer linhas de base antes da adoção de novas estratégias de controle. No entanto, esses estudos apresentam grandes desafios operacionais que tendem a dificultar sua execução, especialmente em países em desenvolvimento. As estratégias utilizadas na implantação e condução de uma coorte na região na cidade de Goiânia-GO, Brasil, são apresentadas, incluindo as abordagens adotadas para superar os desafios observados. São descritos e discutidos os passos: definição da equipe de trabalho de campo, estabelecimento de parcerias e recrutamento de participantes; o inquérito sorológico inicial; tecnologias em pesquisa de campo; monitoramento e avaliação dos episódios febris. A parceria entre a academia e os serviços públicos de saúde e a participação da Secretaria Municipal de Saúde e das Equipes de Saúde da Família foram fundamentais para a execução e condução apropriadas do estudo. Em contrapartida, a atuação dos pesquisadores favoreceu o Serviço de Saúde por meio de ações de vigilância e atenção à saúde da população. Essa experiência interinstitucional foi bem-sucedida, com benefícios para ambas as instituições.

Referências

Alera, M. T., Srikiatkhachorn, A., Velasco, J. M., Tac-Na, I. A., Lago, C. B., Clapham, H. E., & et al (2016). Incidence of dengue virus infection in adults and children in a prospective longitudinal cohort in the Philippines. PLoS Negl Trop Dis, 10(2), 1–14. doi: 10.1371/journal.pntd.0004337

Araújo, H., Carvalho, D., Ioshino, R., Costa-da-Silva, A., & Capurro, M. (2015). Aedes aegypti control strategies in Brazil: incorporation of new technologies to overcome the persistence of dengue epidemics. Insects, 6(2), 576–594. doi: 10.3390/insects6020576

Baldacchino, F., Caputo, B., Chandre, F., Drago, A., della Torre, A., Montarsi, F., & et al (2015). Control methods against invasive Aedes mosquitoes in Europe: a review. Pest Manag Sci, 71(11), 1471–1485. doi: 10.1002/ps.4044

Brasil. Ministério da Saúde (2012). https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html

Brasil. Ministério da Saúde (2015). https://portalarquivos.saude.gov.br/images/PDF/2015/julho/29/Dengue-at---2014.pdf.

Brasil. Ministério da Saúde (2017). https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html

Dayan, G., Arredondo, J. L., Carrasquilla, G., Deseda, C. C., Dietze, R., Luz, K., & et al (2015). Prospective cohort study with active surveillance for fever in four dengue endemic countries in Latin America. Am J Trop Med Hyg, 93(1), 18–23.

Eldredge, J. (2002). Cohort studies in health sciences librarianship. J Med Libr Assoc, 90(4), 380–392.

Goiânia (2019). https://saude.goiania.go.gov.br/wp-uploads/sites/3/2020/05/Informe_Semanal_Den_Chik_Zika_16_07_19_SE_28.pdf

Grollmus, N. S., & Tarrès, J. P. (2015). Relatos metodológicos: difractando experiências narrativas de investigación. Fórum Qualitative Social Research, 16(2), 1-24.

Guzman, M. G., & Harris E. (2015). Dengue. Lancet, 385(9966). 453–465. doi: 10.1016/S0140-6736(14)60572-9

IBGE (2015). https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/goiania/panorama.

Jaenisch, T., Tam, D. T. H., Kieu, N. T. T., Van-Ngoc, T., Nam, N. T., Van-Kinh, N., & et al (2016). Clinical evaluation of dengue and identification of risk factors for severe disease: protocol for a multicentre study in 8 countries. BMC Infect Dis, 16(1), 120. doi: 10.1186/s12879-016-1440-3

Kuan, G., Gordon, A., Aviles, W., Ortega, O., Hammond, S. N., Elizondo, D., & et al (2009). The Nicaraguan pediatric dengue cohort study: study design, methods, use of information technology, and extension to other infectious diseases. Am J Epidemiol, 170(1), 120–129. doi: 10.1093/aje/kwp092

Luz, P. M., Codeço, C. T., Massad, E., & Struchiner, C. J. (2003). Uncertainties regarding dengue modeling in Rio de Janeiro, Brazil. Mem Inst Oswaldo Cruz, 98(7), 871–878. doi: https://doi.org/10.1590/S0074-02762003000700002

Mandacarú, P. M. P. (2012). Timeliness of the dengue, exanthematic diseases, meningitis and tuberculosis surveillance systems in Brazil. Dissertação (Mestrado). 106 f. Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública. Universidade Federal de Goias. Goiania.

Martina, B. E. E., Koraka, P., & Osterhaus A. D. M. E. (2009). Dengue virus pathogenesis: an integrated view. Clin Microbiol Ver, 22(4), 564–581. doi: 10.1128/CMR.00035-09

Martínez-Vega, R. A., Rodriguez-Morales, A. J., Bracho-Churio, Y. T., Castro-Salas, M. E., Galvis-Ovallos, F., Díaz-Quijano, R. G., & et al (2016). A prospective cohort study to assess seroprevalence, incidence, knowledge, attitudes and practices, willingness to pay for vaccine and related risk factors in dengue in a high incidence setting. BMC Infect Dis, 16(1), 705. doi: 10.1186/s12879-016-2055-4

Medronho, R. A., Macrini, L., Novellino, D. M., Lagrotta, M. T. F., Câmara, V. M., & Pedreira, C. E. (2009). Aedes aegypti immature forms distribution according to type of breeding site. Am J Trop Med Hyg, 80(3), 401–404. doi: https://doi.org/10.4269/ajtmh.2009.80.401

Pedro, R. S., Carvalho, M. S., Girianelli, V. R., Damasceno, L. S., Leal, I., Cunha, D. C., & et al (2019). A populational-based birth cohort study in a low-income urban area in Rio de Janeiro, Brazil: implementation and description of the characteristics of the study. Cad. Saúde Pública, 35(5), 1-14. e00023918. doi: https://doi.org/10.1590/0102-311X00023918

Simmons, C. P., Farrar, J. J., Nguyen-van, V. C., & Wills, B. Dengue (2012). N Engl J Med, 366(15), 1423–1432. doi: 10.1056/NEJMra1110265

Siqueira, J. B., Martelli, C. M. T., Maciel, I. J., Oliveira, R. M., Ribeiro, M. G., Amorim, F. P., & et al (2004). Household survey of dengue infection in central Brazil: spatial point pattern analysis and risk factors assessment. Am J Trop Med Hyg, 71(5), 646–651.

Sirivichayakul, C., Limkittikul, K.., Chanthavanich, P., Jiwariyavej, V., Chokejindachai, W., Pengsaa, K., & et al (2012). Dengue infection in children in Ratchaburi, Thailand: a cohort study. ii. clinical manifestations. PLoS Negl Trop Dis, 6(2), 1-10. e1520. doi: 10.1371/journal.pntd.0001520

Tissera, H., Amarasinghe, A., Silva, A. D., Kariyawasam, P., Corbett, K. S., Katzelnick, L., & et al (2014). Burden of dengue infection and disease in a pediatric cohort in urban Sri Lanka. Am J Trop Med Hyg, 91(1), 132–137. doi: 10.4269/ajtmh.13-0540

WHO (2009). https://www.who.int/tdr/publications/documents/dengue-diagnosis.pdf

WHO (2012). https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/75303/9789241504034_eng.pdf?sequence=1&isAllowed=y

Yoksan, S., Tubthong, K., Kanitwithayanun, W., & Jirakanjanakit, N. (2009). Laboratory assays and field dengue vaccine evaluation at Ratchaburi Province, Thailand: a preliminary result. J Clin Virol, 46 (Supl.2), S13-15. doi: 10.1016/S1386-6532(09)70289-6

Yoon, I. K., Alera, M. T., Lago, C. B., Tac-An, I. A., Villa, D., Fernandez, S., & et al (2015). High rate of subclinical chikungunya virus infection and association of neutralizing antibody with protection in a prospective cohort in the Philippines. PLoS Negl Trop Dis, 9(5), 1–14. doi: 10.1371/journal.pntd.0003764

Downloads

Publicado

04/07/2021

Como Citar

SIQUEIRA, C. M.; FERES , V. C. R.; COUTINHO, L. A.; SIQUEIRA JÚNIOR, J. B. . Estabelecendo uma coorte na Região Central do Brasil: Estratégias e desafios. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 8, p. e5210816975, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i8.16975. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/16975. Acesso em: 15 jan. 2025.

Edição

Seção

Ciências da Saúde