Cinética de secagem e qualidade de grãos de milho secados naturalmente
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17334Palavras-chave:
Cinética de secagem; Propriedades físicas; Propriedades fisiológicas.Resumo
O estado de Mato Grosso ocupa posição de destaque na produção nacional de milho e em virtude das condições climáticas, a secagem dos grãos, em grande parte do Estado, acontece naturalmente no campo, o que pode implicar em perdas qualitativas e quantitativas decorrentes, por exemplo, da secagem excessiva. Assim, objetivou-se com o presente estudo avaliar: a cinética de secagem natural e o efeito sobre propriedades físicas e qualidade fisiológica de grãos de milho. Foram avaliados quatro híbridos: RB9110PRO2, 2B512PW, 2B633PW e 2A401PW. O início da colheita se deu após a maturação fisiológica. O teor de água inicial variou de 25 a 32% (b.u) sendo as coletas realizadas periodicamente até a obtenção do teor de água próximo ao de armazenamento 13% (b.u). A cinética de secagem natural foi avaliada pela velocidade de redução do teor de água do produto, em permanência no campo. A qualidade física e fisiológica dos grãos foi avaliada pela massa de mil grãos, massa específica aparente, massa especifica unitária e tamanho e forma dos grãos, e pelos testes de germinação e envelhecimento acelerado. O modelo polinomial quadrático descreve bem a variação do teor de água durante a secagem natural. Com a redução do teor de água teve aumento da massa específica aparente e unitária e decréscimo da massa de mil grãos e, no tamanho e forma dos grãos. A qualidade fisiológica não varia devido a secagem natural no campo.
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