Sepse puerperal: Uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17374Palavras-chave:
Sepse; Período Pós-Parto; Infecção Puerperal.Resumo
Em 2016, o conceito de sepse foi redefinido, entretanto ainda carece de melhor caracterização. No Brasil, esta complicação apresenta mortalidade de 28% e gastos de aproximadamente 9,1 mil dólares por paciente. Diante das dificuldades de definição e diagnóstico, este trabalho se propõe a sintetizar evidências científicas disponíveis. Trata-se de uma revisão integrativa realizada entre janeiro e junho de 2021, para responder “Quais são as evidências recentes acerca da sepse puerperal?”. A busca considerou os últimos 5 anos e resultou em 53 artigos, dos quais 14 foram selecionados devido aos critérios de exclusão. Destes, 28,6% são diretrizes, 64,3% estudos observacionais e 7,1%, experimentais. Em relação aos países de publicação, mais de 50% foram realizados nos EUA (35,75%) e Inglaterra (14,3%). Quanto ao idioma das publicações, 78,5% estavam redigidos na língua inglesa; 14,3%, na língua espanhola, e um 7,2% na língua portuguesa. A sepse puerperal mantém-se como uma das principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. A fisiopatologia não é completamente compreendida e faltam evidências científicas, sobretudo no tocante ao diagnóstico e tratamento precoces. Em relação ao diagnóstico, as alterações fisiológicas da gravidez acabam por mascarar o quadro clínico e tornar a investigação desafiadora. Assim, anamnese e exame físico continuam imprescindíveis, auxiliados por exames complementares. O tratamento objetiva o reconhecimento precoce e a intervenção agressiva, por meio da antibioticoterapia, reposição de fluidos e suporte cardiovascular.
Referências
Baena, C. P. (2014). Meta-analysis and Systematic Review: Is it gold-standard? Rev Med UFPR, 1(2):71-74. https://doi.org/10.5380/rmu.v1i2.40706
Belarmino, A. C., Pinto, M. C. O., Frota, A. C., Alves, L. C., & Ferreira Júnior, A. R. (2020). Perspectivas da enfermagem sobre o protocolo da sepse materna: análise à luz da teoria da complexidade. Avances en Enfermería, 38(3), 286-295. https://doi.org/10.15446/av.enferm.v38n3.84775
Céspedes-Fernández, P. L., Díaz-Martínez, A., Vázquez-Nassiff, J. J., & Céspedes-Díaz, P. E. (2020). Factores asociados a la presentación de sepsis puerperal en provincia Guantánamo, 2017-2018. Revista Información Científica, 99(1), 12-19.
Duan, R., Xu, X., Wang, X., & Yu, H. (2019). Perinatal outcome in women with bacterial sepsis: A cross-sectional study from West China. Medicine, 98(44):e17751. https://doi.org/10.1097/MD.0000000000017751
Foeller, M. E., Sie, L., Foeller, T. M., Girsen, A. I., Carmichael, S. L., Lyell, D. J., Lee, H. C., & Gibbs, R. S. (2020). Risk factors for maternal readmission with sepsis. American journal of perinatology, 37(5), 453–460. https://doi.org/10.1055/s-0039-1696721
Galvão, A., Braga, A. C., Gonçalves, D. R., Guimarães, J. M., & Braga, J. (2016). Sepsis during pregnancy or the postpartum period. Journal of obstetrics and gynaecology, 36(6), 735–743. https://doi.org/10.3109/01443615.2016.1148679
García, C. R. A., Luna, Z. M., & Acosta, J. G. (2016). Síndrome de shock tóxico en el puerperio: Reporte de un caso. Revista de la Asociación Mexicana de Medicina Crítica y Terapia Intensiva, 30(1), 55-58.
Knight, M., Mottram, L., Gray, S., Partlett, C., Juszczak, E., & ANODE collaborative group (2018). Prophylactic antibiotics for the prevention of infection following operative vaginal delivery (ANODE): study protocol for a randomised controlled trial. The Lancet, 19(1), 395.
Koo, Y. J. (2018). Puerperal septic shock and necrotizing fasciitis caused by staphylococcus caprae and Escherichia coli. Yeungnam University journal of medicine, 35(2), 248–252. https://doi.org/10.12701/yujm.2018.35.2.248.
Lopez, J. P. & Müller, E. A. (2016). Late puerperal sepsis, case report and literature review. Rev Case Rep, 2(1): 17-26.
Matos, K. L. A., Morais, L. O., Cavalcante, C. C., Nunes, E. J. G., Pereira, T. Z., Silva, L. P., Potros, F. R., Maia, P. R., Ribeiro, F. M. (2019). Sepse durante o período gestacional. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 11(17): e1166. https://doi.org/10.25248/reas.e1166.2019
Mendes, S., Silveira, P., & Galvão, M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto Contexto Enferm.,17(4): 758-64. https://doi.org/10.1590/S0104-07072008000400018
Morgan, M. (2020). Challenging infections in pregnancy. Obstetrics, gynaecology and reproductive medicine, 30(9), 289–297. https://doi.org/10.1016/j.ogrm.2020.06.005
Phillips, C., & Walsh, E. (2020). Group A Streptococcal infection during pregnancy and the postpartum period. Nursing for women's health, 24(1), 13–23. https://doi.org/10.1016/j.nwh.2019.11.006
Plante, L. A., Pacheco, L. D., & Louis, J. M. (2019). SMFM Consult Series #47: Sepsis during pregnancy and the puerperium. Am J Obstet Gynecol, 220(4): B2-B10. https://doi.org/10.1016/j.ajog.2019.01.216.
Ramírez Salinas, Y., Illas, A. Z., Infante del Rey, S., Ramírez Salinas, Y. M, Castellanos, I. M., & Mayor, V. M. (2016). Infección del sitio quirúrgico en puérperas con cesárea. Revista Cubana de Obstetricia y Ginecología, 42(1).
Shafik, S., Mallick, S., Fogel, J., Tetrokalashvili, M., & Hsu, C. D. (2019). The utility of systemic inflammatory response syndrome (SIRS) for diagnosing sepsis in the immediate postpartum period. J Infect Public Health, 12(6), 799–802. https://doi.org/10.1016/j.jiph.2019.04.003
Silva, J. V. C. P., Santos, L. A., Pontes, L. T. A., Vasconcelos, T. H., Teodósio, D. de O., & Melo, G. B. (2020). Fatores de risco e complicações relacionados à mortalidade materna. Caderno de Graduação, 6(2), 87-100.
Singer, M., Deutschman, C. S., Seymour, C. W., Shankar-Hari, M., Annane, D., Bauer, M., Bellomo, R., Bernard, G. R., Chiche, J.-D., Coopersmith, C. M.; Hotchkiss, R. S., Levy, M. M., Marshall, J. C., Martin, G. S., Opal, S. M., Rubenfeld, G. D., van der Poll, T., Vicent, J.-L., Angus, D. C. (2016). The third international consensus definitions for sepsis and septic shock (sepsis-3). JAMA, 315(8), 801–810. https://doi.org/ 10.1001/jama.2016.0287
Viderman, D., Umbetzhanov, Y., Temirov, T., & Kuzkov, V. V. (2021). Refractory gram-negative septic shock complicated by extended purpura fulminans and multiple organ failure in a 23-year-old puerpera -a case report. Korean journal of anesthesiology, 74(3), 266–270.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Antonio Paulo Nunes da Silva; Pollyana Rodrigues Diniz; Polyana Felipe Ferreira da Costa; Pauliana Valéria Machado Galvão; Valda Lúcia Moreira Luna; George Alessandro Maranhão Conrado
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.