Efeito da cafeína sobre a performance no treinamento intervalado de alta intensidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.17413

Palavras-chave:

Cafeína; Exercício físico; Treinamento intervalado de alta intensidade.

Resumo

No presente estudo, foram investigados através de uma revisão sistemática, os efeitos da utilização de cafeína sobre o indivíduo nas sessões de HIIT. A seleção de artigos foi realizada nas bases de dados Medline/PubMed, Science Direct, Scholar Google e Scielo, e encontraram-se 2301 estudos. Após aplicar os critérios de inclusão e exclusão foram considerados elegíveis apenas cinco artigos para a revisão sistemática. Entre esses estudos, o total de participantes foi de 80 indivíduos, sendo 24 mulheres e 56 homens, com idades entre 18 e 30 anos. Os protocolos utilizados consistiram em dois tipos: agudos e crônico, avaliando parâmetros antropométricos e/ou metabólicos. Nos experimentos que utilizaram uma abordagem crônica, foram encontrados resultados favoráveis à perda de gordura corporal e melhora de índices metabólicos. Por outro lado, os estudos com abordagem aguda observaram melhora na performance através do retardo da fadiga muscular, embora, sem diferença significativa de massa corporal ao final da sessão. Ainda, um dos estudos com intervenção crônica não observou diferença significativa entre os grupos. A cafeína associada ao HIIT é capaz de trazer benefícios ao indivíduo, independentemente de seu condicionamento físico. Entretanto, ainda é preciso mais estudos para um melhor entendimento da extensão e condição desses benefícios.

Referências

Aguiar, R. A. D., Turnes, T., Cardoso, T. E., Vasconcellos, D. I. C., & Caputo, F. (2012). Efecto de la ingesta de cafeína en diferentes tareas de tiempo de reacción. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 34(2), 465-476.

Alkhatib, A., Hsieh, M. J., Kuo, C. H., & Hou, C. W. (2020). Caffeine Optimizes HIIT Benefits on Obesity-associated Metabolic Adversity in Women. Medicine and science in sports and exercise.

Belmiro, W., & Navarro, A. C. (2016). Os efeitos do treinamento intervalado de alta intensidade para o emagrecimento. RBONE-Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, 10(59), 224-230.

Bhaktha, G., Nayak, B. S., Mayya, S., & Shantaram, M. (2015). Relationship of caffeine with adiponectin and blood sugar levels in subjects with and without diabetes. Journal of clinical and diagnostic research: JCDR, 9(1), BC01.

Boullosa, D. (2019). Muitas palavras para poucos conceitos: O caso do ‘HIIT’. Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde, 5(10), 27-30.

Braga, L. C., & Alves, M. P. (2008). A cafeína como recurso ergogênico nos exercícios de endurance. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 8(3), 33-38.

Brix-Christensen, V., Andersen, S. K., Andersen, R., Mengel, A., Dyhr, T., Andersen, N. T., ... & Tønnesen, E. (2004). Acute hyperinsulinemia restrains endotoxin-induced systemic inflammatory response: an experimental study in a porcine model. The Journal of the American Society of Anesthesiologists, 100(4), 861-870.

Collado, C. F., LUCIO, P. B., & Sampieri, R. H. (2013). Metodologia de pesquisa. Editora Penso.

Conde, S. V., da Silva, T. N., Gonzalez, C., Carmo, M. M., Monteiro, E. C., & Guarino, M. P. (2012). Chronic caffeine intake decreases circulating catecholamines and prevents diet-induced insulin resistance and hypertension in rats. British Journal of Nutrition, 107(1), 86-95.

Consumo mundial de café em 2019 atinge 168 milhões de sacas. (n.d.). Retrieved from https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/48512453/consumo-mundial-de-cafe-em-2019-atinge-168-milhoes-de-sacas

Da Costa Santos, V. B., Ruiz, R. J., Vettorato, E. D., Nakamura, F. Y., Juliani, L. C., Polito, M. D., ... & de Paula Ramos, S. (2011). Effects of chronic caffeine intake and low‐intensity exercise on skeletal muscle of Wistar rats. Experimental physiology, 96(11), 1228-1238.

De Oliveira Mattos, F., de Salles Painelli, V., Gualano, B., & Lancha Jr, A. H. (2014). Eficácia ergogênica da suplementação de cafeína sobre o desempenho de força? Uma análise crítica. Journal of Physical Education, 25(3), 501-511.

Devenney, S., Mangan, S., Shortall, M., & Collins, K. (2018). Effects of carbohydrate mouth rinse and caffeine on high-intensity interval running in a fed state. Applied Physiology, Nutrition, and Metabolism, 43(5), 517-521.

Dos Santos, J. E. T., & Rocha, J. B. T. (1994). Tolerance to methylxanthines and interaction with Dopaminergic System clinical implications. Ciência e Natura, 16(16), 113-124.

Ferreira, G. A., Felippe, L. C., Bertuzzi, R., Bishop, D. J., Ramos, I. S., De-Oliveira, F. R., & Lima-Silva, A. E. (2019). Does caffeine ingestion before a short-term sprint interval training promote body fat loss?. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, 52(12).

Ferreira, G. A., Felippe, L. C., Bertuzzi, R., Bishop, D. J., Barreto, E., De-Oliveira, F. R., & Lima-Silva, A. E. (2018). The effects of acute and chronic sprint-interval training on cytokine responses are independent of prior caffeine intake. Frontiers in physiology, 9, 671.

Gomes, C. B., de Sá Barreto, A. F. C., Almeida, M. M., Mello, A. O. T., Ide, B. N., & dos Santos, C. P. C. (2014). Uso de suplementos termogênicos à base de cafeína e fatores associados a qualidade de vida relacionada à saúde em praticantes de atividade física. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício (RBPFEX), 8(49), 695-704.

Guerra, R. O., Bernardo, G. C., & Gutiérrez, C. V. (2000). Cafeína e esporte. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 6(2), 60-62.

Guest, N., Corey, P., Vescovi, J., & El-Sohemy, A. (2018). Caffeine, CYP1A2 genotype, and endurance performance in athletes. Medicine & Science in Sports & Exercise, 50(8), 1570-1578.

Kasper, A. M., Cocking, S., Cockayne, M., Barnard, M., Tench, J., Parker, L., ... & Morton, J. P. (2016). Carbohydrate mouth rinse and caffeine improves high-intensity interval running capacity when carbohydrate restricted. European journal of sport science, 16(5), 560-568.

Machado, A. F. (2017). HIIT: manual prático. Phorte Editora LTDA.

Machado, A. F., Evangelista, A. L., Miranda, J. M. Q., Teixeira, C. V., Rica, R. L., Lopes, C. R., ... & Bocalini, D. S. (2018). Description of training loads using whole-body exercise during high-intensity interval training. clinics, 73.

Machado, A. F., Evangelista, A. L., Miranda, J. M. D. Q., Teixeira, C. V. L. S., Leite, G. D. S., Rica, R. L., ... & Bocalini, D. S. (2018). Sweat rate measurements after high intensity interval training using body weight. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 24(3), 197-201.

Machado, A. F., Baker, J. S., Figueira Junior, A. J., & Bocalini, D. S. (2019). High‐intensity interval training using whole‐body exercises: training recommendations and methodological overview. Clinical physiology and functional imaging, 39(6), 378-383.

Mohr, M., Nielsen, J. J., & Bangsbo, J. (2011). Caffeine intake improves intense intermittent exercise performance and reduces muscle interstitial potassium accumulation. Journal of applied physiology, 111(5), 1372-1379.

Mundt, M. P., & Bertolini, E. L. (2016). Eficiência do HIIT comparado ao exercício moderado contínuo voltado ao emagrecimento. Anais do EVINCI-UniBrasil, 2(1), 101-101.

Nehlig, A. (2016). Effects of coffee/caffeine on brain health and disease: What should I tell my patients?. Practical neurology, 16(2), 89-95.

Santos, A. L. P., Santos, C. O., Rosa, N. R., Souza, P., & Mazeto, T. K. (2015). Efeito da cafeína no organismo. Rev. Saberes, Rolim de Moura, 3, 45-52.

Silveira, L. R., Alves, A. A., & Denadai, B. S. (2008). Efeito da lipólise induzida pela cafeína na performance e no metabolismo de glicose durante o exercício intermitente. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, 12(3), 21-26.

Sousa, T. C. D. (2018). Efeitos agudos do high intensity interval training (hiit) sobre o metabolismo glicolítico e oxidativo na corrida em diferentes tipos de recuperação.

Sutton-Tyrrell, K., Wildman, R. P., Matthews, K. A., Chae, C., Lasley, B. L., Brockwell, S., ... & Torréns, J. I. (2005). Sex hormone–binding globulin and the free androgen index are related to cardiovascular risk factors in multiethnic premenopausal and perimenopausal women enrolled in the Study of Women Across the Nation (SWAN). Circulation, 111(10), 1242-1249.

Tanno, A. P., & Marcondes, F. K. (2002). Estresse, ciclo reprodutivo e sensibilidade cardíaca às catecolaminas. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 38(3), 273-289.

Downloads

Publicado

14/07/2021

Como Citar

MACHADO, M. A. da S.; MACHADO, A. F.; CAMPOS, A. da S. F.; FELZENSZWALB, I. Efeito da cafeína sobre a performance no treinamento intervalado de alta intensidade . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 8, p. e39610817413, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i8.17413. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/17413. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão