O ensino de odontologia garante o conhecimento necessário da oclusão e da articulação temporomandibular?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.17589Palavras-chave:
Odontologia; Oclusão dentária; Ensino; Articulação temporomandibular.Resumo
O estudo da oclusão, além ser uma das áreas mais controversas da odontologia, também traz medo a diversos profissionais quanto a seus conceitos e correta aplicação e correlação. Entretanto, a correta análise do sistema estomatognático e da relação oclusal do paciente garante, apesar de tudo, uma reabilitação mais segura para o paciente e para o profissional. O objetivo desse estudo foi analisar e exibir índices através de uma revisão sistemática relacionada ao ensino contemporâneo da odontologia e o preparo dos profissionais para diagnosticar e tratar condições temporomandibulares e oclusais, incluindo suas disfunções. A revisão foi realizada segundo parâmetros da organização Cochrane, através de referências inclusas por buscas nas bases Science Direct, PubMed, LILACS e Google Scholar, todas em inglês. A pesquisa mostrou apresentou um grande desconhecimento por parte de estudantes e profissionais sobre o estudo da oclusão, evidenciando uma lacuna na didática dessa área que se arrasta por décadas. Essa realidade perpetua a difusão de conceitos sem embasamento científico, enquanto alguns profissionais se preocupam, e tentam por si mesmos, definir parâmetros de diagnóstico e tratamento para os pacientes cobertos por essa área de abrangência.
Referências
Abduo, J., Tennant, M., & McGeachie, J. (2013). Lateral occlusion schemes in natural and minimally restored permanent dentition: a systematic review. Journal of oral rehabilitation, 40(10), 788–802. https://doi.org/10.1111/joor.12095
Aldrigue, R. H. S., Sánches-Ayala, A., Urban, V. M., Pavarina, A. C., Jorge, J. H., Campanha, N. H. (2016). A Survey of the Management of Patients with Temporomandibular Disorders by General Dental Practitioners in Southern Brazil. Journal of Prosthodontics, vol. 25, pp. 33-38.
Badel, T., Marotti, M., Pavicin, I. S.; Basic-Kes, V. (2012). Temporomandibular disorders and occlusion. Acta Clinica Croatica, vol. 51, n.3, pp. 419-424.
Badel, T., Juric, I. B., Fugosic, V., Zajc, I., Carek, A., Zadrevec, D. (2017). Undergraduate student’s knowledge on temporomandibular disorders in Croatia. Acta Clinica Croatica, vol. 56, n.3, pp. 460-468.
Borromeo, G. L., & Trinca, J. (2012). Understanding of basic concepts of orofacial pain among dental students and a cohort of general dentists. Pain medicine (Malden, Mass.), 13(5), 631–639. https://doi.org/10.1111/j.1526-4637.2012.01360.x
Caldas, W., Conti, A. C. C. F., Janson, G., Conti, P. C. R. (2016). Occlusal changes secondary to temporomandibular joint conditions: a critical review and implications for clinical practice. Journal of Applied Oral Science, vol. 24, n.4, pp. 411-419.
Carlsson, G.E. (2010). Some dogmas related to prosthodontics, temporomandibular disorders and occlusion. Acta Odontologica Scandinavica, vol. 68, pp. 313-322.
de Kanter, R., Battistuzzi, P., & Truin, G. J. (2018). Temporomandibular Disorders: "Occlusion" Matters! Pain research & management, 2018, 8746858. https://doi.org/10.1155/2018/8746858
Espinosa, I. A., Pérez, E. M., Gonzalez, Y. M., Corona, A. (2016). Assessment of knowledge on temporomandibular disorders among mexican dental educators. Acta Odontológica Latinoamericana, vol. 29, n.3, pp. 206-213.
Esposito, C. J., Farman, A. G., & Veal, S. J. (1983). Occlusion in the dental curriculum: 1980-1981. The Journal of prosthetic dentistry, 49(3), 419–426. https://doi.org/10.1016/0022-3913(83)90288-3
Ifteni, G., Apostu, A., Tanculescu, O. (2016). Dental occlusion and the importance of its proper investigation – part 1. Romanian Journal of Oral Rehabilitation, vol. 8, n.2, pp. 95-102.
Kundapur, P. P., Bhat, K. M., & Bhat, G. S. (2009). Association of trauma from occlusion with localized gingival recession in mandibular anterior teeth. Dental research journal, 6(2), 71–74.
Laksono, H., Dahlan, A., Harwasih, H. S. (2012). The importance of mascatory functional analysis in the diagnostic finding and treatment planning for prosthodontic rehabilitation. Dent. J. (Maj. Ked. Gigi), vol. 45, n.2, pp. 59-67.
Lee, W. Y., Choi, J. W., Lee, J. W. (2000). A Study of Dentists' Knowledge and Beliefs Regarding Temporomandibular Disorders in Korea. The Journal of Craniomandibular & Sleep Practice, vol. 18, n.2, pp. 142-146.
Makiguchi, M., Funaki, Y., Kato, C., Okihara, H., Ishida, T., Yabushita, T., Kokai, S., Ono, T. (2016). Effects of increased occlusal vertical dimension on the jaw-opening reflex in adult rats. Archives of Oral Biology, vol. 72, pp. 39-46.
Manfredini, D., & Poggio, C. E. (2017). Prosthodontic planning in patients with temporomandibular disorders and/or bruxism: A systematic review. The Journal of prosthetic dentistry, 117(5), 606–613. https://doi.org/10.1016/j.prosdent.2016.09.012
Manfredini D. (2018). Occlusal Equilibration for the Management of Temporomandibular Disorders. Oral and maxillofacial surgery clinics of North America, 30(3), 257–264. https://doi.org/10.1016/j.coms.2018.04.002
Michelotti, A., Farella, M., Gallo, L. M., Veltri, A., Palla, S., & Martina, R. (2005). Effect of occlusal interference on habitual activity of human masseter. Journal of dental research, 84(7), 644–648. https://doi.org/10.1177/154405910508400712
Moreno, J. M. L, Oliveira, D., Sales, P. S. M., Marchiolli, C. L., Mendes, B. C. Barion, A. R., Toscano, R. A., Rocha, E. P., Assunção, W. G. (2021). Os índices de trincas e fraturas em laminados cerâmicos são por razões oclusais? Uma revisão sistemática. Research, Society and Development, v. 10, n. 5, e7810514620. http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14620
O'Carroll, E., Leung, A., Fine, P. D., Boniface, D., Louca, C. (2019). The teaching of occlusion in undergraduate dental schools in the UK and Ireland. British Dental Journal, vol. 227, n.6, pp. 512-517.
Ommerborn, M. A., Kollmann, C., Handschel, J., Depprich, R. A., Lang, H., Raab, W. H. M. (2010). A survey on German dentists regarding the management of craniomandibular disorders. Clinical Oral Investigations, vol. 14, pp. 137-144.
Patil, S.; Iyengar, A. R., Ramneek. (2016). Assessment of knowledge, attitude and practices of dental practitioners regarding temporomandibular joint disorders in India. Journal of Advanced Clinical & Research Insights, vol. 3, n.2, pp. 64-71.
Racich, M. J. (2018). Occlusion, temporomandibular disorders, and orofacial pain: An evidence-based overview and update with recommendations. The Journal of Prosthetic Dentistry, vol. 120, n.5, pp. 678-685.
Simm, W., Guimarães, A.S. (2013). The teaching of temporomandibular disorders and orofacial pain at undergraduate level in Brazilian dental schools. Journal of Applied Oral Science, vol. 21, n.6, pp. 518-524.
Simmons H. C., 3rd (2016). Why are dentists not trained to screen and diagnose temporomandibular disorders in dental school?. Cranio: the journal of craniomandibular practice, 34(2), 76–78. https://doi.org/10.1080/08869634.2016.1140365.
Steenks, M. H. (2007). The gap between dental education and clinical treatment in temporomandibular disorders and orofacial pain. Journal of Oral Rehabilitation, vol. 34, pp. 475-477.
Türp, J. C., & Schindler, H. (2012). The dental occlusion as a suspected cause for TMDs: epidemiological and etiological considerations. Journal of oral rehabilitation, 39(7), 502–512. https://doi.org/10.1111/j.1365-2842.2012.02304.x
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Paulo Sergio Morais Sales; Jessica Monique Lopes Moreno; Danila de Oliveira; Bruno Coelho Mendes; Ricardo Alves Toscano; Caroline Liberato Marchiolli; Wirley Gonçalves Assunção
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
