Efetividade de intervenções na redução do tempo de tela: Revisão sistemática

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18023

Palavras-chave:

Tempo de Tela; Vídeo games; Televisão; Computador; Telefone celular; Adolescente.

Resumo

Trata-se de uma revisão sistemática de ensaios clínicos, realizada de julho a agosto/2020 em quatro bases de dados. A seleção dos artigos ocorreu em duas fases por dois investigadores de forma independente e pareada. O risco de viés foi avaliado pelas diretrizes da Cochrane no Review Manager versão 5.5. Assim, o estudo teve como objetivo avaliar a efetividade de intervenções na redução do tempo de tela em adolescentes. Dessa maneira foram incluídos quatro artigos que atenderam aos critérios de elegibilidade para inclusão e análise. No que se refere aos tipos de tela, as seguintes foram abordadas nos estudos: televisão, videogame, computador e celular. As intervenções que envolveram atividade física mostraram-se mais eficazes, no entanto, a meditação mostrou-se mais efeitos benéficos em desfechos secundários como diminuição do vício em smartphones e níveis de estresse, além da melhora do autocontrole e estratégias de enfrentamento do estresse. Portanto, as intervenções utilizadas nos estudos foram parcialmente efetivas visto que após o período de intervenção os adolescentes voltaram a apresentar aumento de tempo de exposição.

Biografia do Autor

Allan Dantas do Santos, Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Enfermagem

Diego Moura Tanajura, Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Educação e Saúde

Andreia Freire de Menezes, Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Enfermagem

Referências

Aadahl, M., et al. (2013). Recent temporal trends in sleep duration, domain-specific sedentary behaviour and physical activity. Scand J Public Health. 41(7), 706–11.

Associação Brasileira para o estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, ABESO (2019). From: https://abeso.org.br/telas-no-escuro-antes-de-dormir-prejudicam-o-tempo-e-qualidade-do-sono/.

Almeida-Brasil, C. C. et al. (2017). Qualidade de vida e características associadas: aplicação do WHOQOL-BREF no contexto da Atenção Primária à Saúde. Rev Ciência & Saúde Coletiva. 22 (5), 1705-1716.

Andrade, S. et al. (2015). School-based intervention on healthy behaviour among Ecuadorian adolescents: effect of a cluster-randomized controlled trial on screen-time. BMC Public Health. 15:942.

An, R., & Yang, Y. (2016). Diabetes diagnosis and screen-based sedentary behavior among US adults. Am J Lifestyle Med.

Araujo, L. et al. (2018). Patterns of physical activity and screen time among Brazilian children. J Phys Act Health.15(6), 457–61.

Bilgrami, Z., et al. (2017). Health implications of new-age technologies: A systematic review. Minerva Pediatrica. 69(4), 348–67.

Carrel, A. L., et al. (2005). Improvement of fitness, body composition, and insulin sensitivity in overweight children in a school-based exercise program: a randomized, controlled study. Arch Pediatr Adolesc Med. 159, 963-8.

Cichocki, M.., et al (2017). Atividade Física e Modulação Cardiovascular. Rev Bras Med Esporte. 23(1).

Choi, E. H., et al. (2020). The Eject of Mind Subtraction Meditation Intervention on Smartphone Addiction and the Psychological Wellbeing among Adolescents. Int. Journal. Environ. Rev. Public Health. 3217- 3263.

Florêncio Júnior, P. G., Paiano, R. & Costa, A. S (2020). Isolamento social: consequências físicas e mentais da inatividade física em crianças e adolescentes. Rev. Bras Ativ Fis Saúde. doi: 10.12820/rbafs.25e0115

Ford, E. S., Caspersen, C. J. (2012). Sedentary behaviour and cardiovascular disease: a review of prospective studies. Int J Epidemiol. 41(5), 1338–53.

Friedrich RR, Polet JP, Schuch I, Wagner MB (2014). Effect of intervention programs in schools to reduce screen time: a meta-analysis. Jornal de Pediatria. 90(3), 232−241. doi:10.1016/j.jped.2014.01.003

Hale, L., & Guan, S. (2015). Screen time and sleep among school-aged children and adolescents: a systematic literature review. Sleep Med Rev.

Hammersley, M. L., Jones, R. A. & Okely, A. D. (2016). Parent-Focused Childhood and Adolescent Overweight and Obesity eHealth Interventions: A Systematic Review and Meta-Analysis. Journal Med Internet Res.

Hamer, M., & Stamatakis, E. (2014). Prospective study of sedentary behavior, risk of depression, and cognitive impairment. Med Sci Sports Exerc. 46(4), 718–23.

InformaSuS, Ufscar 2020. Disponivel em: https://www.informasus.ufscar.br/pandemia-e-o-tempo-de-tela-por-criancas-e-adolescentes/.

Knebel, M. T. G. et al. (2020). Mediating role of screen media use on adolescents' total sleep time: A cluster-randomized controlled trial for physical activity and sedentary behaviour. Child Care Health Dev. 46, 381–3389.

Levine, G. N. et al. (2017). Meditation and cardiovascular risk reduction: A scientific statement from the American heart association. J Am Heart Assoc, 6(10).

Lima, T. R. et al. (2020). Fatores associados à presença isolada e simultânea de excesso de peso e obesidade abdominal em adolescentes. Rev Paulista de Pediatria.

Liu, M., Wu, L. & Yao, S. (2016). Dose-response association of screen time-based sedentary behaviour in children and adolescents and depression: a meta-analysis of observational studies. Br J Sports Med. 50(20), 1252–8.

Mitchell JA, Rodriguez D, Schmitz KH, Audrain-McGovern J (2013). Greater screen time is associated with adolescent obesity: a longitudinal study of the BMI distribution from ages 14 to 18. Obesity (Silver Spring). 21(3), 572–5.

Neto, J. M. S. et al. (2021). Prática de atividade física, tempo de tela, estado nutricional e sono em adolescentes do nosdeste brasileiro.

Perichart-Perera, O. (2008). A program to improve some cardiovascular risk factors in Mexican school age children. Salud Publica Mex. 50, 218-26.

Pitanga, F. J. G., Beck, C. C. & Pitanga, C. P. S. (2020). Physical Activity And Reducing Sedentary Behavior During The Coronavirus Pandemic. Arq Bras Cardiol.

Regional Center for studies on the development of the information society (2019). Ictkidsonlinebrazilsurvey, 3-4.

Roever, L. Guia Prático de Revisão Sistemática e Metanálise. Thieme Revinter.

Sá, C. S. C. et al. (2021). COVID-19 social isolation in Brazil: effects on the physical activity routine of families with children. Rev Paul Pediatria.

Schmidt, M. E. et al. (2012). Systematic Review of Effective Strategies for Reducing Screen Time Among Young Children. Jornal Pediatric Obesity. (20), 1338–1354. doi:10.1038/oby.2011.348.

Silva, A. O. et al. (2017). Tempo de tela, percepção da qualidade do sono e episódios de parassonia em adolescentes. Revista Bras. Med Esporte. 23(5), 375-379.

Staiano, A. E. et al. (2017). Twelve weeks of dance exergaming in overweight and obese adolescente girls: Transfer effects on physical activity, screen time, and self-efficacy. Journal of Sport and Health Science 6, 4–10.

Teychenne, M., Costigan, S. A., & Parker, K. (2015). The association between sedentary behaviour and risk of anxiety: a systematic review. BMC Public Health. 15-513.

Tremblay, M. S. et al. (2011). Systematic review of sedentary behaviour and health indicators in school-aged children and youth. Int J Behav Nutr Phys Act. 8 (98). doi: https://doi.org/10.1186/1479-5868-8-98

Wahi, G. et al. (2011). Effectiveness of Interventions Aimed at Reducing Screen Time in Children. Revista Arch Pediatr Adolesc Med. 165(11), 979-986. doi:10.1001/archpediatrics.2011.122

Wang, G. et al (2020). Mitigate the effects of home confinement on children during the COVID-19 outbreak. Lancet. 395(10228), 945-7. doi:/10.1016/S0140-6736(20)30547-X

World Health Organization (WHO) (2020). Coronavirus disease (COVID-19) pandemic, from https://www.who.int/emergencies/diseases/novel-coronavirus-2020.

Downloads

Publicado

24/07/2021

Como Citar

MENDONÇA, R. G. de .; VASCONCELOS , G. M. T.; SANTOS, A. D. do; TANAJURA, D. M.; MENEZES, A. F. de. Efetividade de intervenções na redução do tempo de tela: Revisão sistemática. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 9, p. e22410918023, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i9.18023. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/18023. Acesso em: 27 set. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão