Prevalência da reatividade ao anti-hbc total (IgM, IgG) em candidatos à doação de sangue, em uma região do nordeste do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18337Palavras-chave:
Hepatite B; Anticorpos; Doadores de sangue; Sorologia.Resumo
No decorrer dos últimos anos vários avanços ocorreram na medicina transfusional, assim como o desenvolvimento de técnicas laboratoriais utilizadas na triagem sorológica de doadores de sangue, objetivando minimizar a transmissão de doenças infecciosas. A importância da detecção do anti-HBc total objetiva auxiliar no diagnóstico diferencial de hepatites, acompanhando a infecção pelo vírus da hepatite B (HBV) em conjunto com outros marcadores virais, sendo utilizado em bancos de sangue como teste de triagem para doadores de sangue, apresentando eficácia na detecção ao contato prévio com o HBV durante a “janela negativa” do HBV. O objetivo desse estudo foi avaliar o perfil sorológico para hepatite B (anti-HBc total) em candidatos à doação de sangue em uma região do nordeste do Brasil. Foi realizado um estudo transversal, de abordagem qualitativa, com o sistema de informatização de todo o ciclo de doação de sangue, com dados retrospectivos e categorizados de acordo com sexo, faixa etária, localização, grau de instrução e comportamento de risco, tendo como população-alvo candidatos à doação de sangue no, no período de janeiro de 2016 a dezembro de 2020. Dos 136.652 candidatos à doação, foi observada reatividade ao anti-HBc total em 2,69% (N=3.681). Ocorreu maior reatividade ao anti-HBc total entre os candidatos do sexo masculino 2,70% (n=2.912) e faixa etária entre 29 a 39 anos, sendo que 54,9% (n=2.024) residem no interior do estado e um total de 0,91% (n=1.247) com o 1° grau incompleto. A pré-triagem clínica, laboratorial e sorológica para o vírus da hepatite B, em candidatos à doação de sangue, é um protocolo de segurança para o ato transfusional. Tencionando ampliar a diminuição dos riscos de contaminação e perda dos insumos utilizados para a doação faz-se necessário a mobilização de campanhas de vacinação para o vírus da hepatite B, para todos que se candidatam a doar sangue nos Hemocentros.
Referências
Abdool, K.S.S., Coovadia, H.M., Windsor, I.M., Thejpal, R. Ende, J. & Fouche, A. (1998). The Prevalence and transmission of hepatitis B virus infection in urban, rural and institutionalized black children of Natal/ KwaZulu, South Africa. International Journal of Epidemiology. 17, 168-173.
ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Relatório de produção de 2000. <http://www.anvisa.gov.br/sangue/hemoterapia/produção.htm.>
Brasil, Ministério Da Saúde. (2015). Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites Virais.
Brasil, Ministério da Saúde. (2016). Portaria nº 158, de 4 de fevereiro de 2016. Redefine o regulamento técnico de procedimentos hemoterápicos. Diário Oficial da União. 5,1,37.
Brasil, Ministério da Saúde. (2017). Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Brasil, Ministério da Saúde. (2017). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/ Aids e das Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Hepatite B e Coinfecções.
Brasil, Ministério Da Saúde. (2018). Boletim Epidemiológico Hepatites Virais 2018. 1(49).
Brasil. Ministério da Saúde. (2018). Manual Técnico para o Diagnóstico das Hepatites Virais / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais. – Brasília.
Busch, M. P., Bloch, E. M. & Kleinman, S. (2019). Prevention of transfusion-transmitted infections. Blood. 133(17), 1854-64.
Carlesso, L., Guimarães, R. F. S., Silva, S. L., Santos, C. F., Viero, V., Vieira, S. V. & Girardon-Perlini, N. M. O. (2017). Strategies Implemented in Hemotherapy Services to Increase Blood Donation. Rev Bras Promoç Saúde. 30(2), 213-220.
CDC - Centers for disease control and prevetion. (2020). Hepatitis B. Disponível em: https://www.cdc.gov/hepatitis/hbv/index.htm
Covas, D.T (2013). Doenças Infecciosas Transmissíveis por Transfusões Sanguíneas. Tratado de Hematologia.767–770.
Fonseca, J.C.F. (2007). História natural da hepatite crônica B. Rev Soc Bras Med Trop. 40(6), 672-7.
Houareau, C. & Offergeld, R. (2019). Anti-HBc screening – is it worth the effort? Results of a 10-year surveillance programme covering more than 30 million donations in Germany. Vox Sang. 114(5), 459-66.
Ismail, A. M. et al. (2011). Performance characteristics and comparison of Abbott and artus real- -time systems for hepatitis B virus DNA quantification. Journal of clinical microbiology. 49(9), 3215-21.
Martins, T. S. & Nóbrega, J. O. T. (2018). Segurança transfusional no Brasil: dos primórdios ao NAT. Revista Brasileira de Analises clinicas- RBAC. 50(4), 321- 6.
Okoroiwu, H. U., Okafor, I. M., Asemota, E. A. & Okpokam, D, C. (2018). Seroprevalence of transfusion-transmissible infections (HBV, HCV, syphilis and HIV) among prospective blood donors in a tertiary health care facility in Calabar, Nigeria; an eleven years evaluation. BMC Public Health. 18(1), 645.
Padillha, D. Z. & Witt, R. R. (2011). Competências da enfermeira para a triagem clínica de doadores de sangue. Revista Brasileira de Enfermagem. 64(2), 234-40.
Santos, N. L. P. & Stipp, M. C. (2011). O itinerário de doadores de sangue: reflexões acerca da micropolítica no cuidado de enfermagem. Physis. Revista de Saúde Coletiva. 21(1), 283-298.
WHO - World Health Organization. (2017). Hepatitis A outbreaks mostly affecting men who have sex with men: European Region and the Americas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Weber de Santana Teles; Max Cruz da Silva; Paulo Celso Curvelo Santos Junior; Ruth Cristini Torres; Marcel Vinícius Cunha Azevedo; Ângela Maria Melo Sá Barros; Alejandra Debbo; Ana Fátima Souza Melo de Andrade; André Luiz de Jesus Morais; Taíssa Alice Soledade Calasans; Maria Hozana Santos Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
