Identidade de gênero e orientação sexual na escola: Um debate necessário
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i9.18409Palavras-chave:
Identidade de gênero; Orientação sexual; Diversidade.Resumo
A sociedade é marcada por constructos tecidos no decorrer da história e que são incutidos no imaginário social dos sujeitos como legitimadores de uma ordem estabelecida e, quando se propõe debates num itinerário contrário ao normativo, estes são tidos como temas polêmicos. A inclusão da identidade de gênero e orientação sexual como pauta a ser discutida traz consigo esta inquietação, pois involuntariamente mexe com estruturas de pensamento construídas sob a égide de um padrão indiscutível de comportamento sexual e expressão de gênero, mormente quando o lócus de discussão se dá na escola. Nesse sentido, este trabalho tem como temática analisar panoramicamente escritos publicados e legislações que possam subsidiar o debate acerca da identidade de gênero e orientação sexual, principalmente dentro do espaço escolar. Buscou-se fazer um levantamento bibliográfico a partir de fontes e legislações concernentes à área, sem a pretensão de traçar qualquer imposição ideológica que pressuponha um esgotamento do assunto quando este se esbarra em padrões hegemônicos de pensamento. Propôs-se, então, uma pesquisa qualitativa, objetivando retirar da invisibilidade temas como este que carregam o mote central deste trabalho. Assim, pôde-se verificar que o adentrar desta discussão na sociedade e na escola é urgente e necessário e isso só se faz com a abertura ao debate qualificado, na tentativa de retirar a diversidade da invisibilidade e destruir barreiras construídas pela perpetuação de conceitos sociais que se fizeram ao longo do tempo e foram apropriados como sendo verdades imutáveis dentro de uma lógica padrão validada socialmente ao longo dos séculos.
Referências
Brasil. Ministério da Educação. (2018). Base Nacional Comum Curricular. Brasília. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/.
Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 5 de outubro de 1988. Brasília.
Butler, Judith. (2003). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.
Daher, A. F. B. (2017). Aluno e professor: protagonistas do processo de aprendizagem. Website do SEMED/MS. http://www.campogrande.ms.gov.br/semed/wp-content/uploads/sites/5/2017/03/817alunoeprofessor.pdf
Godoy. A. S. (1995). Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de administração de Empresas, 35 (3), 20-29. https://www.scielo.br/j/rae/a/ZX4cTGrqYfVhr7LvVyDBgdb/?lang=pt&format=pdf
Guareschi, P. A. (2008). Ética e relações sociais entre o existente e o possível. Rio de Janeiro. Scielo. http://books.scielo.org/id/6j3gx/pdf/jacques-9788599662892-03.pdf
Guedes, M. E. F. (1995). Gênero: o que é isso. Psicologia, Ciência e Profissão. https://www.scielo.br/j/pcp/a/np6zGkghWLVbmLtdj3McywJ/?lang=pt&format=pdf
Jacó -Vilela, A. M., & Sato, L. (2012). Diálogos em Psicologia Social. Scielo. http://books.scielo.org/id/vfgfh/pdf/jaco-9788579820601.pdf
Jesus, J. G. de. (2012). Orientações sobre identidade de gênero: conceitos e termos. (2a ed.). Brasília: [s.n.].
Lei n. 9394, de 20 de dezembro de 1996. (1996). Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF.
Libâneo, J. C., & Oliveira, J.F. de., & Toschi, M. S. (2012). Educação escolar: políticas, estrutura e organização. (10a ed.). São Paulo: Cortez.
Louro, G. L. (2008). Gênero e sexualidade: pedagogias contemporâneas. Pró-posições, 19 (2), 17-23. http://www.scielo.br/pdf/pp/v19n2/a03v19n2.pdf
Martins, J. (2010). A pesquisa qualitativa. In FAZENDA, I. (Org). Metodologia da pesquisa educacional. (12a ed.). São Paulo: Cortez.
Mendes, W. G., & Silva, C. M. F. P. da. (2020). Homicídios da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT) no Brasil: uma Análise Espacial. Ciência e saúde coletiva, 25 (5), 1709-1722. https://prceu.usp.br/wp-content/uploads/2021/03/Homicidios-da-Populacao-de-Lesbicas-Gays-Bissexuais-Travestis-Transexuais-ou-Transgeneros-LGBT-no-Brasil-uma-Analise-Espacial.pdf
Miskolci, Richard. (2012). Teoria queer: um aprendizado pelas diferenças. Belo Horizonte: Autentica Editora: UFOP - Universidade Federal de Ouro Preto.
Mott, L., & Cerqueira, M. (2003). Matei porque odeio gay. Salvador: Grupo Gay da Bahia.
Nogaro, A., & Francio, L. E. C. (2009). Por dentro da escola: contradições vividas por professores e alunos na cultura da incerteza. Revista de Ciências humanas. http://revistas.fw.uri.br/index.php/revistadech/article/download/390/702
Nogueira, D. M. (2010). Gênero e sexualidade na educação. Website do Grupo de Pesquisa Gênero, Corporalidades, Direitos Humanos e Políticas Públicas (GEPOP). http://www.uel.br/eventos/gpp/pages/arquivos/2.DanielaNogueira.pdf
Orientações Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – Linguagens, códigos e suas tecnologias. (2006). Brasília.
Pupo. K. (2007). Questão de gênero na escola. Portal do Ministério da Educação. http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Etica/20_pupo.pdf
Rosa, J. G. (2019). Grande sertão: veredas – “O diabo na rua, no meio do redemoinho...”. (22a ed.). São Paulo: Companhia das Letras.
Severino, A. J. (2007). Metodologia do trabalho científico. (23a ed.). São Paulo: Cortez.
Silva, A. K. L. S. da. (2013). Diversidade sexual e de gênero: A construção do sujeito social. Revista NUFEN [Online], 5(1), 12-25. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rnufen/v5n1/a03.pdf
Silva, J. C. da., Maraschin, A. de. A., Funari, C. A., Mello, E. M. B., & Junqueira, S. M. da. S. (2020). Gênero e sexualidade na BNCC: uma análise sob a perspectiva freireana. Revista Diversidade e Educação, 8 (2), 152-176. https://periodicos.furg.br/divedu/article/view/12104/8470
Silva, M. F. R. (2014). Gênero e sexualidade: práticas pedagógicas na escola. Monografia, UEPB. Guarabira, Paraíba, Brasil.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Gerson Avelino Fernandes Pereira; Gilmara Gonçalves Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.