Análise do perfil de produtividade de pesquisadores bolsistas brasileiros em fisiologia: estudo observacional
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18906Palavras-chave:
Produção científica; Produtividade em pesquisa; CNPq; Ciências biológicas; Fisiologia.Resumo
Tendo em vista a desvalorização da educação e ciência brasileira observada nos últimos anos e considerando a importância da Fisiologia não só enquanto ciência básica faz-se necessário realização do mapeamento geral dessa área por meio da análise do perfil dos pesquisadores em produtividade (PQ) e, com isso, destacar possíveis discrepâncias existentes entre os diferentes níveis de categorias. Trata-se de um estudo observacional, descritivo. Fez-se acesso livre às informações contidas no site Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para identificação dos bolsistas PQ. Encontramos 193 bolsistas PQ em Fisiologia, sendo que 72% estavam localizados na região Sudeste. Observamos ainda predominância de bolsistas do sexo masculino (54.9). No que diz respeito a distribuição por setores Público e Privado, 94.8% encontravam-se no setor Público. Dentre as Instituições em que os pesquisadores estavam locados, 6 delas são responsáveis por 52.4% dos bolsistas PQ. Quando analisada a quantidade total de programas de PG relatados no Lattes, encontramos um total de 152 programas de PG, dos quais 46 estão inseridos na área CBII. Concluímos que, embora pesquisadores de todo território brasileiro possam pleitear Bolsa Produtividade, estas ainda se mantêm concentradas na região Sudeste, revelando, assim, a disparidade presente na distribuição. Destacamos, ainda, a distribuição das bolsas por sexo, apontando predomínio do sexo masculino, especialmente em níveis hierárquicos mais altos. Baseado em nossos dados, a maioria dos pesquisadores estão vinculados em apenas um programa de pós-graduação e 27.6% deles estão alocados na área Ciências Biológicas II.
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