Indicadores de qualidade, reintrodução de alimentação por via oral e a atuação fonoaudiológica na UTI

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18950

Palavras-chave:

Transtornos de Deglutição; Indicadores de Qualidade em Assistência à Saúde; Resultado e Avaliação de Processos (Cuidados de saúde); Fonoterapia; Unidade de terapia intensiva.

Resumo

Objetivo: Quantificar os indicadores de resultados da Equipe de Fonoaudiologia da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Métodos: Trata-se de uma pesquisa observacional, transversal, quantitativo, descritivo, retrospectivo. Foram utilizados os registros dos livros-ata da equipe de fonoaudiologia inserida na UTI de um hospital universitário. Do total de pacientes atendidos pela equipe, foram anotados os registros idade, sexo, principal motivo de internação na UTI, presença de intubação orotraqueal, presença de traqueostomia, presença de via alternativa de alimentação, tipo de terapia fonoaudiológica realizada e tipo de dieta liberada/ ofertada. O escopo considerado na pesquisa foi o biênio 2014-2016. A escala utilizada para determinar o grau de disfagia foi desenhada pela American Speech-Language-Hearing Association (ASHA NOMS). O tempo para reintrodução da alimentação por via oral foi determinado a partir da subtração entre o início da terapia Fonoaudiológica e o início da alimentação por via oral para o mesmo período. Metodologia: pacientes com no mínimo 3 atendimentos sequencializados de Fonoaudiologia; via oral recomendada para avaliação e/ou apto para iniciar o processo de decanulação; de exclusão: dados incompletos nos livros ata; óbitos durante a internação na UTI. Resultados: Cerca de 88,3%, 88,9% dos pacientes tiveram a via oral reintroduzida; via alternativa de alimentação retirada, respectivamente, nos primeiros cinco dias de internação. Conclusão: O acompanhamento intensivo da Fonoaudiologia permite a interdisciplinaridade e cuidado integral do paciente, culminando em tempo menor: de internação e percentual de colocação de vias alternativas para alimentação.

Referências

Abdulmassih, E. M. S., Macedo Filho, E. D., Santos, R. S. & Jurkiewicz, A. L. (2009). Evolução de Pacientes com Disfagia Orofaríngea em Ambiente Hospitalar. Arq. Int. Otorrinolaringol, 13(1), 55-62.

ASHA. (2003). National Outcomes Measurement System (NOMS): Adult Speech-Language Pathology User’s Guide. http://www.gawendaseminars.com/wpgawenda/wp-content/uploads/2013/03/ASHA-NOMS-Document-for-G-Codes.pdf.

Cavalcante, T., Araújo, T. L. & Oliveira, A. R. S. (2014). Efeitos da sondagem nasogástrica em pacientes com acidente cerebrovascular e disfagia. Rev Bras Enferm., 67(5), 825-31. http://www.scielo.br/pdf/reben/v67n5/0034-7167-reben-67-05-0825.pdf.

Conselho Federal de Fonoaudiologia. (2008). Dispõe sobre a competência técnica e legal do fonoaudiólogo para atuar nas disfagias orofaríngeas. Diário Oficial da União. Brasília. http://www.fonoaudiologia.org.br/legislacaoPDF/Res%20356-08%20DISFAGIA.pdf

Costa, C. N., Lima, G. R. S., Jorge, R. M., Malta, R. A. C. G. & Nemr, K. (2007). Efetividade da intervenção fonoaudiológica no tempo de alta hospitalar do recém-nascido pré-termo. Rev. CEFAC, 9(1), 72-78. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462007000100010&lng=en.

Costa, M. L. G., Fedosse, E. & Lefèvre, A. P. (2014). Doenças crônicas não transmissíveis – Cuidado em Fonoaudiologia. IN: Marchesan, I. Q., Silva, H. J. & Tomé, M. C. Tratado das Especialidades em Fonoaudiologia (pp. 806-813.). Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan.

D’Innocenzo, M., Adami, N. P. & Cunha, I. C. K. O. ( 2006). O movimento pela qualidade nos serviços de saúde e enfermagem. RevBrasEnferm, 59(1), 84-8. http://www.scielo.br/pdf/reben/v59n1/a16v59n1.pdf.

Donabedian, A. (1988). The quality of care: how can it be assessed? Journal of American Medical Association, New York, 260(12), 1743-1748.

Frank, U., Mader, M. & Sticher,H. (2007). Dysphagic patients with tracheotomies: a multidisciplinary approach to treatment and decannulation management. Dysphagia, 22(1), 20–29. http://link.springer.com/article/10.1007%2Fs00455-006-9036-5.

Furkim, A. M. & Rodrigues, K. A. (2014). Disfagias nas Unidades de Terapia Intensivas (p.101-110). São Paulo: Editora Roca.

Inaoka, C. & Albuquerque, C. (2014). Efetividade da intervenção fonoaudiológica na progressão da alimentação via oral em pacientes com disfagia orofaríngea pós AVE. Rev. CEFAC, 16(1), 187-196. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462014000100187&lng=en&nrm=iso.

Logemann, J. A. (2007). Swallowing disorders. Best Practice & Research Clinical Gastroenterology. 21(4), 561-751. https://www.clinicalkey.com/#!/content/playContent/1-s2.0-S1521691807000340?returnurl=null&referrer=null.

Malandraki, G. A., Markaki, V., Georgopoulos, V. C., Psychogios, L. & Nanas, S. (2016). Postextubation Dysphagia in Critical Patients: A First Report From the Largest Step-Down Intensive Care Unit in Greece. American Journal of Speech-Language Pathology, 25(1), 150-56. http://ajslp.pubs.asha.org/article.aspx?articleid=2518768.

Mangilli, L. D., Sassi, F. C., Medeiros, G. C. & Andrade, C. R. F. (2012). Rehabilitative management of swallowing and oral-motor movements in patients with tetanus of a public service in Brazil, Acta Tropica, 122(3), 241-246. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0001706X12001374.

Ministério da Saúde. (2011). Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Diário Oficial da União. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_ enfrent_dcnt_2011.pdf.

Miranda, V. H. M., Scarpel, R. D. A., Torres, A. C. M. & Agra, I. M. G. (2015). Efetividade da fonoterapia em pacientes com paralisia facial pós-parotidectomia. Rev. CEFAC, 17(3), 984-995. http://www.scielo.br/pdf/rcefac/v17n3/1982-0216-rcefac-17-03-00984.pdf.

Moraes, D. P. & Andrade, C. R. F. (2011). Indicadores de qualidade para o gerenciamento da disfagia em Unidades de Internação Hospitalar. J. Soc. Bras. Fonoaudiol, 23(1), 89-94. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-64912011000100018&lng=en&nrm=iso.

Padovani, A. R., Moraes, D. P., Sassi, F. C.& Andrade, C. R. F. (2013). Avaliação clínica da deglutição em unidade de terapia intensiva. CoDAS. 25(1), 1-7. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-17822013000100002&lng=en.

Pereira, S. R. M., Coelho, M. J., Mesquita, A. M. F., Teixeira, A. O. & Graciano, S. A. (2013). Causas da retirada não planejada da sonda de alimentação em terapia intensiva. Acta paul. Enferm., 26(4), 338-344. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-21002013000400007&lng=en.

Portaria nº 665. (2012). Dispõe sobre os critérios de habilitação dos estabelecimentos hospitalares como Centro de Atendimento de Urgência aos pacientes com Acidente Vascular Cerebral – Brasil. Brasília. Data SUS. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/PRT0665_12_04_ 2012.html.

Resolução CFFa nº 492. (2016). Dispõe sobre a regulamentação da atuação do profissional fonoaudiólogo em disfagia. Diário Oficial da União. Brasília. http://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/index.php/resolucoes/

Resolução nº 7. (2010). Dispõe sobre os requisitos mínimos para funcionamento de Unidades de Terapia Intensiva e dá outras providências. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Diário Oficial da União. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2010/res0007_24_02_2010.html

Sodré, Francis, Littike, Denilda, Drago, Leandra Maria Borlini, & Perim, Maria Clara Mendonça. (2013). Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares: um novo modelo de gestão?. Serviço Social & Sociedade, (114), 365-380. https://dx.doi.org/10.1590/S0101-66282013000200009

Soller, S. A. L. & Regis Filho, G. I. (2011). Uso de indicadores da qualidade para avaliação de prestadores de serviços públicos de odontologia: um estudo de caso. Rev. Adm. Pública, Rio de Janeiro, 45(3), 591-610. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-76122011000300003&lng=en&nrm=iso.

Vignochi, Luciano, Gonçalo, Cláudio Reis, & Rojas Lezana, Álvaro Guillermo. (2014). COMO gestores hospitalares utilizam indicadores de desempenho?. Revista de Administração de Empresas, 54(5), 496-509. https://dx.doi.org/10.1590/S0034-759020140504

Yeh, S. J., Huang, K. Y., Wang, T. G., Chen, Y. C., Chen, C. H., Tang, S. C., Tsai, L. K., Yip, P. K. & Jeng, J. S. (2011). Dysphagia screening decreases pneumonia in acute stroke patients admitted to the stroke intensive care unit. Journal of the Neurological Sciences, (306), 38-41. http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0022510X11001821

Downloads

Publicado

14/08/2021

Como Citar

BATISTA, M. M. da S. L. .; BRITO, F. E. V.; SÁ, G. M. M. H. T. de .; ARAÚJO, M. S. dos S. de . Indicadores de qualidade, reintrodução de alimentação por via oral e a atuação fonoaudiológica na UTI. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 10, p. e390101018950, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i10.18950. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/18950. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde