Em terra de Iara, Iracema e Macyrajara, quais práticas de saúde vou ofertar?: Análise das trajetórias e perspectivas das políticas de saúde aos povos indígenas no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.18992Palavras-chave:
Saúde da população indígena; Saúde da População Indígena; Políticas públicas de saúde; Políticas Públicas de Saúde; Saúde pública; Saúde Pública; Saúde indígena.; Saúde IndígenaResumo
Os indígenas são caracterizados como os povos que já habitavam o continente americano antes mesmo das invasões portuguesa, espanhola, francesa, inglesa e/ou holandesa. Com a colonização europeia, muitas dessas populações foram escravizadas, cristianizadas e dizimadas quase que completamente. No cenário atual, além dos desafios cotidianos, tais como o direito e acesso à terra e os conflitos com o agronegócio, percebe-se também uma precariedade na oferta/gestão do cuidado em saúde direcionado aos ameríndios. Este artigo teve como objetivo descrever a trajetória histórica da saúde dos povos indígenas brasileiros, com a identificação dos seus sujeitos, retratação dos contextos e diálogo com os marcos legais. Percebeu-se que essas políticas são (ou pelo menos deveriam ser) um lugar de centralidade na oferta de cuidado em saúde às populações indígenas, ao oferecer uma saúde integral, universal e equânime. Apesar disso, é preciso reconhecer a existência de algumas fragilidades/dificuldades que cotidianamente circunscrevem a gestão/oferta do fazer saúde aos indígenas.
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