A construção da subjetividade do/a professor/a: implicações no ser docente na atualidade
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i2.1927Palavras-chave:
educação; professor; subjetividadeResumo
A docência deveria uma das profissões da mais alta relevância para a sociedade atual, mas o que se tem observado é o seu descenso e desvalorização. A consolidação desta profissão, no contexto da Educação brasileira foi marcada por avanços e recuos que por vezes ameaçaram interesses e projetos de uma classe dominante. Neste contexto, o/a docente também foi se constituindo, tanto como sujeito no social como profissional da Educação, com base naquilo que acreditava e concebia como importante para construção de sua subjetividade. Portanto, o presente trabalho objetiva a compreender como tem se dado a construção da subjetividade desse professor no transcurso da trajetória profissional docente no contexto brasileiro. Por meio de um estudo teórico, de cunho qualitativo, primeiramente se fez um levantamento histórico da Educação e do professor no contexto brasileiro, para em um segundo momento compreender como pôde/pode se dar a construção da subjetividade deste profissional até o presente momento. Diante do encontrado compreendeu-se que este profissional da Educação esteve/está sujeito aos efeitos de interesses/organizações político-econômicas, que tem resultado na construção de uma subjetividade absorvida por um sistema que prima pela produtividade em detrimento do próprio crescimento intelectual. Essa construção se dá em um território existencial onde há uma diversidade de vínculos, relações e ações, portanto, compreender estes diferentes processos de subjetivação no contexto da docência, refletir e dialogar sobre eles pode abrir portas para se inventar outros modos de ser e trabalhar como professor/a.
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