Análise do Índice de Anomalia de Chuva na região do extremo sul do Estado do Espírito Santo – ES
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19278Palavras-chave:
IAC; Períodos secos e chuvosos; Precipitação pluviométrica.Resumo
Objetivou-se analisar a variabilidade temporal da precipitação pluviométrica na região das ottobacias dos Rios Itapemirim, Benevente e Itabapoana, sul do Espírito Santo, identificando assim os períodos secos e chuvosos por meio do Índice de Anomalia de Chuva. Foram selecionadas 10 estações pluviométricas pertencentes ao Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), cuja a extensão da série foi de 1991 a 2020. Foram identificados em todas as estações períodos com anomalias positivas e negativas. Destaca-se as estações Vila Nova Maravilha, Ibitirama e Domingos Martins (DNOS) que foram classificadas como extremamente secas nos últimos anos. Em contra partida, as estações Ponta da Fruta, Fazenda Monte Alegre, Santa Cruz – Caparaó e Burarama apresentam uma condição hídrica mais favorável, de maneira geral, ocorre alternância entre anos com anomalias positivas e negativas. Foi identificado um possível “ponto de inflexão” em 2015, a partir do qual ocorre uma provável mudança no padrão de chuvas, quando se analise o Índice de Anomalia de Chuva médio. A precipitação média anual da região foi de 1466,4 mm, com variações entre 975,6 mm (estação Domingos Martins (DNOS), zona natural seca – sudeste da ottobacia do Rio Itapemirim) a 2010,1 mm (estação Vila Nova Maravilha, zona natural chuvosa – sudoeste da ottobacia Rio Benevente). Destaca-se a estação Burarama (região central da ottobacia do Rio Itapemirim) que apesar de localizada na zona natural seca, apresentou o segundo maior total precipitado (1659,6 mm). Os meses de fevereiro, abril, maio, junho, julho e setembro, apresentaram totais precipitados inferiores à média da região, cujo valor foi de 122,2 mm.
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