A política nacional de doação de sangue pela comunidade LGBTQIA+

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19306

Palavras-chave:

Doadores de Sangue; Infecções Sexualmente Transmissíveis; Minorias sexuais e de gênero.

Resumo

A exclusão sistemática de LGBTQIA+ na triagem para doação de sangue não apresenta justificativa médica absoluta, uma vez que os testes usados para seleção do sangue possuem critérios rigorosos. O presente trabalho tem por objetivo analisar a Política Nacional de Doação de Sangue no que diz respeito à população LGBTQIA+ considerando em especial o perfil de doadores de sangue em relação a comportamento de risco de contrair Infecções Sexualmente Transmissíveis quanto ao gênero e a sexualidade. Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre a evolução de políticas públicas de doação de sangue no Brasil e no mundo entre 1970 a 2020, sendo selecionados 90 artigos científicos. Apesar da ação coercitiva do judiciário, que reconheceu que as portarias do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária eram discriminatórias em relação à doações de sangue pela população não-heterossexual, não se pode dizer que isso é condição suficiente para mitigar o preconceito e os estereótipos que recaem sobre esta população.

Referências

Allegretti, A. C. V. (2018). Redes sociais na produção científica em administração pública da saúde no brasil. Rev. Adm. Pública.

Aragusuku, H. A. (2018). Políticas públicas e cidadania LGBT em Mato Grosso: Uma década de avanços e retrocessos (2007-2017). Sex., Salud Soc. Rio de Janeiro.

Benevides, M. G. (2021). Direitos Humanos de Gênero: produção e reprodução de saberes. Ciências Sociais Contemporâneas: Objetos de Pesquisa. EDUC.

Butler, J. (2018). Quadros de guerra. Civilização Brasileira.

Carpinelli, A. P. T. (2016). Doação de sangue por homens que fazem sexo com outros homens à luz do princípio da igualdade no direito brasileiro. Iuris in mente: revista de direito fundamentais e políticas públicas, 1(1):10.

Foucault, M. (2014). Microfísica do poder. (28a ed.), Paz & Terra.

Feitosa, C. (2019). Políticas públicas LGBT no Brasil: um estudo sobre o Centro Estadual de Combate à Homofobia de Pernambuco. Sexualidad, Salud y Sociedad.

Guedes, H. C. S. (2020). Integralidade na Atenção Primária: análise do discurso acerca da organização da oferta do teste rápido anti-HIV. Escola Anna Nery. Rio de Janeiro.

Giddens, A. (1993). New Rules of Sociological Method (2a ed.). Stanford University Press.

Mello, L. (2012). Questões LGBT em debate: sobre desafios e conquistas. Soc. e Cult, 15(1): 151-161.

Milagres, S. V. (2020). Expressão das relações de poder na conformação das práticas de doação de sangue. Dissertação (Mestrado): Universidade Federal de Minas Gerais.

Offergeld, R. (2014). Sexual risk behaviour and donor deferral in Europe. Vox Sang, 107(4): 420–427.

Silva, A. S. (2012). Memória, Consciência e Políticas Públicas: as Paradas do Orgulho LGBT e a construção de políticas públicas inclusivas. Revista Electrónica de Psicologia Política.

Vianna, C. P. (2015). O movimento LGBT e as políticas de educação de gênero e diversidade sexual: perdas, ganhos e desafios. Educação e Pesquisa.

Downloads

Publicado

17/08/2021

Como Citar

GONÇALVES, G. C.; BENEVIDES , M. G. .; AMORIM , R. F. de .; MORAIS , P. B. de . A política nacional de doação de sangue pela comunidade LGBTQIA+. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 10, p. e517101019306, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i10.19306. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/19306. Acesso em: 27 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais