A política nacional de doação de sangue pela comunidade LGBTQIA+

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19306

Palavras-chave:

Doadores de Sangue; Infecções Sexualmente Transmissíveis; Minorias sexuais e de gênero.

Resumo

A exclusão sistemática de LGBTQIA+ na triagem para doação de sangue não apresenta justificativa médica absoluta, uma vez que os testes usados para seleção do sangue possuem critérios rigorosos. O presente trabalho tem por objetivo analisar a Política Nacional de Doação de Sangue no que diz respeito à população LGBTQIA+ considerando em especial o perfil de doadores de sangue em relação a comportamento de risco de contrair Infecções Sexualmente Transmissíveis quanto ao gênero e a sexualidade. Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre a evolução de políticas públicas de doação de sangue no Brasil e no mundo entre 1970 a 2020, sendo selecionados 90 artigos científicos. Apesar da ação coercitiva do judiciário, que reconheceu que as portarias do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária eram discriminatórias em relação à doações de sangue pela população não-heterossexual, não se pode dizer que isso é condição suficiente para mitigar o preconceito e os estereótipos que recaem sobre esta população.

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Publicado

17/08/2021

Como Citar

GONÇALVES, G. C.; BENEVIDES , M. G. .; AMORIM , R. F. de .; MORAIS , P. B. de . A política nacional de doação de sangue pela comunidade LGBTQIA+. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 10, p. e517101019306, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i10.19306. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/19306. Acesso em: 18 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais