A política nacional de doação de sangue pela comunidade LGBTQIA+
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.19306Palavras-chave:
Doadores de Sangue; Infecções Sexualmente Transmissíveis; Minorias sexuais e de gênero.Resumo
A exclusão sistemática de LGBTQIA+ na triagem para doação de sangue não apresenta justificativa médica absoluta, uma vez que os testes usados para seleção do sangue possuem critérios rigorosos. O presente trabalho tem por objetivo analisar a Política Nacional de Doação de Sangue no que diz respeito à população LGBTQIA+ considerando em especial o perfil de doadores de sangue em relação a comportamento de risco de contrair Infecções Sexualmente Transmissíveis quanto ao gênero e a sexualidade. Foi realizado um levantamento bibliográfico sobre a evolução de políticas públicas de doação de sangue no Brasil e no mundo entre 1970 a 2020, sendo selecionados 90 artigos científicos. Apesar da ação coercitiva do judiciário, que reconheceu que as portarias do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária eram discriminatórias em relação à doações de sangue pela população não-heterossexual, não se pode dizer que isso é condição suficiente para mitigar o preconceito e os estereótipos que recaem sobre esta população.
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