Estudo tridimensional das estruturas relacionadas à órbita de acordo com sexo, idade e deformidades esqueléticas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19381Palavras-chave:
Tomografia computadorizada de feixe cônico; Órbita; órbita; Dimorfismo sexual.; dimorfismo sexualResumo
Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar as relações entre estruturas orbitárias com o sexo, idade e deformidades esqueléticas por meio da tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC). Métodos: Este estudo retrospectivo avaliou 216 imagens consecutivas de TCFC de pacientes, que foram divididos de acordo com: sexo (masculino, n = 105; feminino, n = 111), idade (A1: 18-32 anos, n = 71; A2: 33 -47 anos, n = 78; A3: 48-62 anos, n = 67) e deformidades esqueléticas (Classe I, n = 70; Classe II, n = 75; Classe III, n = 71). Foram avaliados a localização do forame supraorbital (SOF), o volume da órbita, o canal óptico (CO) e o canal infraorbital (IOC). Os resultados foram analisados usando o teste do modelo Gamma. O teste post-hoc de Tukey-Kramer foi utilizado para comparar as variáveis com três fatores (p <0,05). Resultados: O volume do IOC apresentou valores maiores para os pacientes do sexo masculino, A3 e classe I. A localização do SOF e o volume orbital também apresentaram valores maiores para os pacientes do sexo masculino. Em relação ao volume de CO, este apresentou valores maiores para pacientes do sexo masculino e classe I. Conclusões: De acordo com nossos resultados, o sexo demonstrou ter uma influência significativa nas estruturas relacionadas à órbita. A idade e as deformidades esqueléticas também influenciaram o volume do COI e do CO. Esses resultados acabam auxiliando a prática clínica, sendo úteis para cirurgias de reconstrução orbitária, estudos antropológicos, identificação de gênero e identificação de suscetibilidade a condições patológicas relacionadas ao dimorfismo sexual.
Referências
Akdemir, G., Tekdemir, I., & Altin, L. (2004). Transethmoidal approach to the optic canal: surgical and radiological microanatomy. Surg Neurol. 62(3): 268-274. 10.1016/j.surneu.2004.01.022.
Andrades, P., Cuevas, P., Hernández, R., Danilla, S., & Villalobos, R. (2018). Characterization of the orbital volume in normal population. J Craniomaxillofac Surg. 46(4): 594-599. 10.1016/j.jcms.2018.02.003.
Aziz, S. R., Marchena, J. M., & Puran, A. (2000). Anatomic characteristics of the infraorbital foramen: a cadaver study. J Oral Maxillofac Surg. 58 (9) : 992-996. 10.1053/joms.2000.8742.
de Water, V. R., Saridin, J. K., Bouw, F., & Murawska M. M., Koudstaal, M J. (2014). Measuring Upper Airway Volume: Accuracy and Reliability of Dolphin 3D Software Compared to Manual Segmentation in Craniosynostosis Patients. J Oral Maxillofac Surg. 72(1): 139-144. 10.1016/j.joms.2013.07.034.
Diaconu, S. C., Dreizin, D., Uluer, M., Mossop, C., Grant, M. P., & Nam, A. J. (2017). The validity and reliability of computed tomography orbital volume measurements. J Craniomaxillofac Surg. 45(9): 1552-1557. 10.1016/j.jcms.2017.06.024.
Dubois, L., Steenen, S. A., Gooris, P. J. J., Mourits, M. P., & Becking, A. G. (2015). Controversies in orbital reconstruction-I. Defect-driven orbital reconstruction: a systematic review. Int J Oral Maxillofac Surg. 44(3): 308-315. 10.1016/j.ijom.2014.12.002.
Erkoç, M. F., Öztoprak, B., Gümüş, C., & Okur, A. (2015). Exploration of orbital and orbital soft issue volume changes with gender and body parameters using magnetic resonance imaging. Exp Ther Med. 9(5): 1991-1997. 10.3892/etm.2015.2313.
Friedrich, R. E., Bruhn, M., & Lohse, C. (2016). Cone-beam computed tomography of the orbit and optic canal volumes. J Craniomaxillofac Surg. 44(9): 1342-1349. 10.1016/j.jcms.2016.06.003.
Fontolliet, M., Bornstein, M. M., & von Arx, T. (2019). Characteristics and dimensions of the infraorbital canal: a radiographic analysis using cone beam computed tomography (CBCT). Surg Radiol Anat. 41(2): 169-179. 10.1007/s00276-018-2108-z.
Graillon, N., Boulze, C., Adalian, P., Loundou, A., & Guyot, L. (2017). Use of 3D Orbital Reconstruction in the Assessment of Orbital Sexual Dimorphism and Its Pathological Consequences. J Stomatol Oral Maxillofac Surg. 118(1): 29-34. 10.1016/j.jormas.2016.10.002.
Grob, S., Yonkers, M., & Tao, J. (2017). Orbital fracture repair. Semin Plast Surg. 31(1): 31-39. 10.1055/s-0037-1598191.
Hiatt, J. L & Gartner, L. P. (2001) Textbook of head and neck anatomy. (3a ed.), Lippincott Willians & Wilkins.165-174p.
Kim, Y. H., Jung, D. W., Kim, T. G., Lee, J. H., & Kim, I. (2013) Correction of orbital wall fracture close to the optic canal using computer-assisted navigation surgery. J Craniofac Surg. 24(4): 1118-1122. 10.1097/SCS.0b013e318290266a.
Koo, T. K., & Li, M. Y. (2016). A guideline of selecting and reporting intraclass correlation coefficients for reliability research. J Chiropr Med. 15(2): 155-163. 10.1016/j.jcm.2016.02.012.
Lambros, V. (2007). Observations on periorbital and midface aging. Plast Reconstr Surg. 120(5): 1367-1376; discussion 1377. 10.1097/01.prs.0000279348.09156.c3.
Lim, J. S., Min, K. H., Lee, J H., et al. (2016). Anthropometric analysis of facial foramina in Korean population: a three-dimensional computed tomographic study. Arch Craniofac Surg. 17(1): 9-13. 10.7181/acfs.2016.17.1.9.
Manana, W., Odhiambo, W. A., Chindia, M. L., & Koech, K. (2017). The pattern of orbital fractures managed at two referral centers in Nairobi, Kenya. J Craniofac Surg. 28(4): 338-342. 10.1097/SCS.0000000000003579.
Manolidis, S., Weeks, B. H., Kirby, M., Scarlett, M., & Hollier, L. (2002). Classification and surgical management of orbital fractures: experience with 111 orbital reconstructions. J Craniofac Surg. 13(6): 726-737. 10.1097/00001665-200211000-00002.
Norton, N. S. (2007). Atlas da cabeça e do pescoço. Elsevier. 50-507p.
Nout, E., van Bezooijen, J. S., Koudstaal, M. J., Veenland, J. F., Hop, W. C. J., Wolvius, E. B., & van der Wal, K. G. H. (2012). Orbital change following Le Fort III advancement in syndromic craniosynostosis: quantitative evaluation of orbital volume, infra-orbital rim and globe position. J Craniomaxillofac Surg. 40(3): 223-228. 10.1016/j.jcms.2011.04.005.
Oppenheimer, A. J., Monson, L. A., & Buchman, S. R. (2013). Pediatric orbital fractures. Craniomaxillofac Trauma Reconstr. 6(1):9-20. 10.1055/s-0032-1332213.
Sinanoglu, A., Orhan, K., Kursun, S., Inceoglu, B., & Oztas, B. (2016). Evaluation of optic canal and surrounding structures using cone beam computed tomography considerations for maxillofacial surgery. J Craniofac Surg. 27(5): 1327-1330. 10.1097/SCS.0000000000002726.
Scolozzi, P., Jacquier, P., & Courvoisier, D. S. (2017). Can clinical findings predict orbital fractures and treatment decisions in patients with orbital trauma? Derivation of a simple clinical model. J Craniofac Surg. 28(7): 661-667. 10.1097/SCS.0000000000003823.
Steiner, C. C. (1953). Cephalometrics for you and me. Am J Orthod. 39(10): 729-755.
Ugradar, S., & Lambros, V. (2019). Orbital volume increases with age: a computed tomography-based volumetric study. Ann Plast Surg. 83(6): 693-696. 10.1097/SAP.0000000000001929.
von Elm, E., Altman, D. G., Egger, M., Pocock, S. J., Gøtzsche, P. C., Vandenbroucke, J. P., & STROBE Initiative. (2007). The Strengthening the Reporting of Observational Studies in Epidemiology (STROBE) statement: guidelines for reporting observational studies. Bull World Health Organ. 85(11): 867-872. 10.2471/blt.07.045120.
Yang, J. R., & Liao, H. T. (2019). Functional and aesthetic outcome of extensive orbital floor and medial wall fracture via navigation and endoscope-assisted reconstruction. Ann Plast Surg. 82(1S Suppl 1): S77-S85. 10.1097/SAP.0000000000001700.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Tamara Fernandes de Castro; Liogi Iwaki Filho; Amanda Lury Yamashita; Fernanda Chiguti Yamashita; Naiara Caroline Aparecido dos Santos; Eduardo Grossmann; Mariliani Chicarelli; Lilian Cristina Vessoni Iwaki
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.