Emprego de água biossalina na germinação de sementes de espécies florestais da Caatinga – uma revisão
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19419Palavras-chave:
Salinidade; Processo germinativo; Estabelecimento inicial de plântulas.Resumo
Com a redução das águas de boa qualidade e o aumento de águas biossalinas no mundo tornam-se necessários estudos voltados para a produção de mudas de espécies florestais, visto que há uma necessidade de recuperação de áreas degradadas e estas podem estar sujeitas a diversos estresses, sobretudo o salino. A presente revisão de literatura possui como objetivo avaliar artigos científicos sobre o emprego de águas biossalinas na germinação de sementes de espécies florestais da Caatinga, assim como averiguar as temáticas abordadas (salinidade, estresse salino, águas biossalinas, efeito dos sais na germinação de sementes, tolerância à salinidade, estratégias para uso de águas biossalinas, produção de mudas com águas biossalinas, sementes florestais submetidas à salinidade) nas publicações, idiomas adotados (português, inglês e espanhol) e o número de artigos por base de dados. Com as temáticas utilizadas abordadas foi possível encontrar um número muito elevado de artigos nas bases de dados (Scielo, Web of Science, Periódico Capes e Google Acadêmico) durante os 20 anos analisados, totalizando 217.477, entretanto com maior aprofundamento das temáticas para espécies florestais da Caatinga esse número reduziu drasticamente chegando a 183 artigos, com maior predominância na base de dados Google Acadêmico. Os resultados sugerem que são necessárias mais pesquisas com relação ao estresse salino, ao qual as espécies florestais da Caatinga estão sujeitas, pois a salinidade é uma realidade nesta floresta tropical seca.
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