Potencial para uso da casca de coco (Cocus nucifera) como combustível alternativo na produção de farinha de mandioca
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19485Palavras-chave:
biomassa; Biomassa; casas de farinha; Casas de farinha; mandioca; Mandioca; Cocos nucifera; Piptadenia stipulacea; combustão; Combustão.Resumo
A produção de farinha de mandioca e de tapioca se destacam como atividades enraizadas na cultura familiar nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, as quais demandam o uso de lenha para alimentar os fornos das casas de farinha. Devido ao pequeno número de trabalhos nesta temática, objetivou-se avaliar a qualidade de espécies lenhosas comumente utilizadas como combustíveis sólidos na produção de farinha de mandioca no estado de Sergipe, a saber: Poincianella pyramidalis (catingueira), Cronton sonderianus (marmeleiro) e a Piptadenia stipulacea (jurema branca), bem como cascas do Cocos nucifera (coco verde), como alternativa ao uso das espécies lenhosas. Amostras representativas dos materiais foram analisadas quanto aos parâmetros: extrativos totais, lignina, holocelulose, materiais voláteis, carbono fixo, cinzas, poderes caloríficos superior (PCS) e inferior (PCI), além de análise termogravimétrica. Os dados foram analisados em delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e três repetições. As espécies Piptadenia stipulacea e Cocos nucifera apresentaram teores elevados de extrativos totais (18,14%; 29,81%), lignina (29,14%; 28,18%) e carbono fixo (28,22%; 29,62%), e menores teores de holocelulose (52,72%; 42,01%) e materiais voláteis (70,60%; 66,14%), respectivamente. Já as espécies com menores teores de cinzas foram o Croton sonderianus e a Piptadenia stipulacea. As espécies que apresentaram maiores PCS e PCI foram a Piptadenia stipulacea e o Croton sonderianus. Com relação à análise termogravimétrica, os dados revelam que o Cocos nucifera apresentou comportamento similar ao das demais biomassas, com temperatura de ignição levemente inferior e temperatura de pico superior às das demais espécies. Dentre as espécies analisadas, a lenhosa Piptadenia stipulacea e o Cocos nucifera foram as que apresentaram melhores resultados para a produção de farinha, conferindo à casca do Cocos nucifera o status de possível substituto da lenha como combustível.
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