Desafios de Osteorradionecrose incomum dos ossos maxilares: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19632Palavras-chave:
Neoplasias; Radioterapia; Osteorradionecrose.Resumo
Em relação ao tratamento das neoplasias de cabeça e pescoço, a osteorradionecrose (ORN) é a complicação tardia mais preocupante da radioterapia. É uma condição em que o osso irradiado se torna desvitalizado e exposto através de fístulas na pele ou mucosa, além de permanecer sem cicatrização por um período mínimo de três meses. Apesar de ser uma condição conhecida pelos profissionais que tratam essas neoplasias, se trata de uma doença muito controversa, desde sua classificação até o plano de tratamento mais adequado. Seus principais sinais e sintomas são dor, drenagem de secreção, fístulas, úlceras da mucosa oral, exposição óssea e necrose do osso e dos tecidos moles circundantes. Este estudo tem como objetivo relatar um caso clínico de paciente com ORN em mandíbula atendido na Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública e no Hospital Geral Roberto Santos. Paciente masculino, 60 anos, portador de neoplasia maligna em região amigdaliana, foi diagnosticado com ORN em mandíbula, três anos após radioterapia. Foi realizado tratamento conservador (ozonioterapia, oxigenação hiperbárica e enxaguante bucal com clorexidina) associado ao desbridamento cirúrgico, com resultados positivos através da reabilitação dos pacientes. Pode-se concluir que a associação de terapias conservadoras com a cirurgia demonstrou resultados satisfatórios, além de melhorar a qualidade de vida de pacientes oncológicos diagnosticados com ORN.
Referências
Anzolin, A. P., & Bertol, C. D. (2018). Ozone therapy as an integrating therapeutic in osteoartrosis treatment: a systematic review. BrJP, 1(2), 171-175. https://www.scielo.br/j/brjp/a/yMmx8KdmxqkTfjx4f77Xhwx/?lang=pt&format=pdf
Aldunate, J. L. C. B., Coltro, P. S., Busnardo, F. D. F., & Ferreira, M. C. (2010). Osteorradionecrose em face: fisiopatologia, diagnóstico e tratamento. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, 381-387. http://www.rbcp.org.br/details/604/pt-BR/osteorradionecrose-em-face--fisiopatologia--diagnostico-e-tratamento
Amorim, W. D. (2016). Manejo de osteorradionecrose em pacientes oncológicos. [Monografia].
Brasil, Ministério da Saúde. (2014). Manual de Bases Técnicas da Oncologia–SIA/SUS-Sistema de Informações Ambulatoriais. https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//manual-oncologia-26a-edicao.pdf
Caparrotti, F., Huang, S. H., Lu, L., Bratman, S.V., Ringash, J., Bayley, A., Cho, J., Giuliani, M., Kim, J., & Waldron, J. (2017). Osteoradionecrosis of the mandible in patients with oropharyngeal carcinoma treated with intensity‐modulated radiotherapy. Cancer, 123(19), 3691-3700. 10.1002/cncr.30803.
Dantas, J. B. L., & Reis, J. V. N. A. (2019). New therapeutic approaches to osteoradionecrosis: Literature Review. Journal of Health Sciences, 21(3), 243-9. http://dx.doi.org/10.17921/2447-8938.2019v21n3p243-249
dos Santos, R., kuhn Dall'Magro, A., Giacobbo, J., Lauxen, J. R., & Dall’Magro, E. (2015). Osteorradionecrose em pacientes submetidos à radioterapia de cabeça e pescoço: relato de caso. Revista da Faculdade de Odontologia-UPF, 20(2), 232-37. https://doi.org/10.5335/rfo.v20i2.4497
Epstein, J., Van der Meij, E., McKenzie, M., Wong, F., Lepawsky, M., & Stevenson-Moore, P. (1997). Postradiation osteonecrosis of the mandible: a long-term follow-up study. Oral Surgery, Oral Medicine, Oral Pathology, Oral Radiology, and Endodontology, 83(6), 657-662. 10.1016/s1079-2104(97)90314-0
He, Y., Liu, Z., Tian, Z., Dai, T., Qiu, W., & Zhang, Z. (2015). Retrospective analysis of osteoradionecrosis of the mandible: proposing a novel clinical classification and staging system. International Journal of Oral Maxillofacial Surgery, 44(12), 1547-57. 10.1016/j.ijom.2015.04.006
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. (2019). Estimativa 2020: incidência de câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA. https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil
Karagozoglu, K. H., Dekker, H. A., Rietveld, D., de Bree, R., Schulten, E. A. J. M., & Kantola, S. (2014). Proposal for a new staging system for osteoradionecrosis of the mandible. Med Oral, Pat Oral and Cir Bucal, 1(19), 433-7. 10.4317/medoral.19623
Lyons, A., Osher, J., Warner, E., Kumar, R., & Brennan, P. (2014). Osteoradionecrosis—A review of current concepts in defining the extent of the disease and a new classification proposal. Brazilian Journal Oral Maxillofacial Surgery, 52, 392–395. 10.1016/j.bjoms.2014.02.017
Martos-Fernández, M., Saez-Barba, M., López-López, J., Estrugo-Devesa, A., Balibrea-del-Castillo, J. M., & Bescós-Atín, C. (2018). Pentoxifylline, tocopherol, and clodronate for the treatment of mandibular osteoradionecrosis: a systematic review. Oral Surgery, Oral medicine, Oral Pathology and Oral Radiology, 125(5), 431-439. 10.1016/j.oooo.2018.02.004
Marx, R. E. (1983). Osteoradionecrosis: a new concept of its pathophysiology. Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, 41(5), 283-288. 10.1016/0278-2391(83)90294-x
Moraes, P. D. C., Thomaz, L. A., Silva, M. B. F., Junqueira, J. L. C., & Teixeira, R. G. (2016). Successful in a conservative treatment of osteoradionecrosis of the jaw: a case report and review of literature. RGO-Revista Gaúcha de Odontologia, 64(2), 212-218. https://doi.org/10.1590/1981-863720160002000143190
Oliveira, C. C. B., Dantas, J. B. L., Borges, D. P. O., Martins, G. B., Medrado, A. R. A. P., Reis, J. V. N. A., & Marchionni, A. M. T. (2021). Ozonotherapy for Treatment of Radiation Therapy-induced Jaw Osteonecrosis and Bisphosphonates: Case Report. Revista Brasileira de Cancerologia, 67(2), e-02785. https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2021v67n2.785
Raber-Durlacher, J. E., Elad, S., & Barash, A. (2010). Oral Mucositis. Oral Oncology, 46(6), 452-6. 10.1016/j.oraloncology.2010.03.012
Raz, D. J., Clancy, S. L., & Erhunmwunsee, L. J. (2017). Surgical management of the radiated chest wall and its complications. Thoracic Surgery Clinics, 27(2), 171-179. 10.1016/j.thorsurg.2017.01.011
Ribeiro, G. H., Chrun, E. S., Dutra, K. L., Daniel, F. I., & Grando, L. J. (2018). Osteonecrosis of the jaws: a review and update in etiology and treatment. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, 84(1), 102-108. https://doi.org/10.1016/j.bjorl.2017.05.008
Store, G., & Larheim, T. (1999). Mandibular osteoradionecrosis: a comparison of computed tomography with panoramic radiography. Dentomaxillofacial Radiology, 28(5), 295-300. 10.1038/sj/dmfr/4600461
Zhang, Z., Xiao, W., Jia, J., Chen, Y., Zong, C., Zhao, L., & Tian, L. (2020). The effect of combined application of pentoxifylline and vitamin E for the treatment of osteoradionecrosis of the jaws: a meta-analysis. Oral Surgery, Oral medicine, Oral Pathology and Oral Radiology, 129(3), 207-214. 10.1016/j.oooo.2019.08.005
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Susiane Silva de Sousa ; Bruno Antônio Veloso Cerqueira; Antônio Lucas Castro Pimentel; Juliana Borges de Lima Dantas; Antônio Márcio Teixeira Marchionni; Alena Ribeiro Alves Peixoto Medrado

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.