Lúpus Eritematoso Sistêmico Senil: relato de caso e revisão da literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19837Palavras-chave:
Lúpus Eritematoso Sistêmico; Diagnóstico tardio; Anticorpos antinucleares; Gravidade do paciente.Resumo
Introdução: O início do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), após 50 anos de idade, ocorre em 3 a 18% dos pacientes e é denominado Lúpus Tardio ou Lúpus Senil (LESS). Objetivo: descrever o caso clínico de um paciente diagnosticado com Lúpus Eritematoso Sistêmico Senil que esteve internado no Hospital Geral Doutor Waldemar de Alcântara, além de fazer uma revisão bibliográfica sobre o tema a fim de compartilhar com a comunidade médica a experiência e o conhecimento obtidos. Métodos: Estudo descritivo do tipo relato de caso, utilizando-se informações obtidas através de interação com o paciente durante a internação, bem como dados obtidos no prontuário dos resultados de exames laboratoriais e de imagens. Discussão: A gravidade do lúpus diminui com a idade. Alguns estudos evidenciaram que pessoas acometidos por LES de início tardio apresentam menor envolvimento de órgãos específicos em comparação aos pacientes de início precoce. Da mesma forma, eles apresentam mais frequentemente serosite, síndrome de Sjögren e manifestações neurológicas. Conclusão: Apesar de rara, a hipótese diagnóstica de LESS deve ser lembrada como diagnóstico diferencial. Para isso, é necessária a solicitação precoce do FAN (fator antinuclear), que é critério mandatório do lúpus. Dado o diagnóstico precoce do LESS, o paciente pode beneficiar-se com um menor tempo de internação, além de diminuir o uso de medicamentos desnecessários.
Referências
Arnaud, L., Mathian, A., Boddaert, J., & Amoura, Z. (2012). Late-onset systemic lupus erythematosus. Drugs & aging, 29 (3), 181-189. doi: 10.2165 / 11598550-000000000-00000
Frutos, A. R.; Holgado, S.; Bergé, A. S.; Casas, I.; Olivé, Alejandro.; Longo, F. J. L.; Alén, J. C.; Galindo, M.; Nebro, A. F.; Reigosa, J. M. P.; Figueroa, I. R.; & Relesse, G. (2021). Late-onset versus early-onset systemic lupus: characteristics and outcome in a national multicentre register (RELESSER). Rheumatology, 60 (4), 1793-1803. doi: 10.1093 / reumatology / keaa477.
Lalani, S., Pope, J., Leon, F., Peschken, C., & Canios, M. (2010). Clinical features and prognosis of late-onset systemic lupus erythematosus: results from the 1000 faces of lupus study. The Journal of rheumatology, 37 (1), 38-44. doi: 10.3899 / jrheum.080957.
Choi, J. H., Park D. J., Kang J. H., Yim, Y. R., Lee, K.E., Lee, J. W., Wen, L., Kim, T. J., Park, Y. W., Lee, J. K.; & Lee, S. S. (2015). Comparison of clinical and serological differences among juvenile-, adult-, and late-onset systemic lupus erythematosus in Korean patients. Lupus, 24 (12), 1342-1349. doi: 10.1177 / 0961203315591024.
Medhat, B. M., Behiry, M.E., Sobhy, N., Yomna, F., Marzouk, H., Mostafa, N., Khalifa, I., Elkhalifa, M., Eissa, B. M., & Hassan, E. H. E. (2019). Late-onset systemic lupus erythematosus:characteristics and outcome in comparison to juvenile-and adult-onset patients—a multicenter retrospective cohort. Clinical rheumatology, 39, ( 2), 435-442. doi: 10.1007 / s10067-019-04776-y.
Aringer, M., Costenbader, K., Daikh, D., Brinnks, R., Mosca, M., Goldman, R. R., Smolen, J. S., Wofsy, D., Boumpas, D. T., Kamen, D.L., Jayne, D., Carvera, R., Chalumeau, N.C., Diamond, B., Gladman, D. D., Hahn, B., Hiepe, F., & Jacobsen, S. (2019). 2019 European League Against Rheumatism/American College of Rheumatology classification criteria for systemic lupus erythematosus. Arthritis & rheumatology, 71, (9), 1400-1412. doi: 10.1002 / art.40930.
Lucic, A. T., Petrovic, R., Perovic, M.R., Milovanovic, D., Milovanovic, J., Zivanoviz, S., Pentovic, S., & Veselinovic, M. (2013). Late-onset systemic lupus erythematosus: clinical features, course, and prognosis. Clinical rheumatology, 32, (7), 1053-1058. doi: 10.1007 / s10067-013-2238-y.
Cildag, S., Kara, Y., Cakir, E., Cildag, M. B., & Senturk, T. (2019). Comparison of clinical and laboratory findings in patients with systemic lupus erythematosus with regard to age at onset. The Eurasian journal of medicine, 51, (1), 17. doi: 10.5152 / eurasianjmed.2018.18022.
Sohn, I. W., Joo, Y. B., Won, S., & Bae, S. C. (2018). Late-onset systemic lupus erythematosus: Is it “mild lupus”?. Lupus, 27, ( 2), 235-242.doi: 10.1177 / 0961203317716789.
Medeiros, M. M. C., Bezerra, M. M. C., Braga, F. N. H. F., Feijão, M. R. M. J., Gois, A. C. R., Rebouças, V. C. R., Carvalho, T. M. A. Z., Carvalho, L. N. S., & Ribeiro, A. T. M. (2016). Clinical and immunological aspects and outcome of a Brazilian cohort of 414 patients with systemic lupus erythematosus (SLE): comparison between childhood-onset, adult- onset, and late-onset SLE. Lupus, 25, (4), 355-363. doi: 10.1177 / 0961203315606983.
Aljohani, R., Gladman, D. D., Su, J., & Urowitz, M. B. (2017). Evolution of late and early onset systemic disease lupus erythematosus. Lupus. 26 (11): 1190-1196. doi: 10.1177 / 0961203317696593.
Medlin, J. L. M. D., Hansen, M. D. M. S., Fitz, M. D. S. R., & Bartels, M. D. C. M. (2016). Uma revisão sistemática e meta-análise das manifestações cutâneas no lúpus eritematoso sistêmichanco de início tardio versus precoce. Seminários em Artrite e Reumatismo, 45 (6), 691-697. https://doi.org/10.1016/j.semarthrit.2016.01.004
Chen, Y. M., Lin C. H., Chen, H.H., Chang, S. H., Hung, W. T., Lai, K. L., Lan, J. L., Chen, D. Y., & Lan, T. H. (2014). Onset age affects mortality and renal outcome of female systemic lupus erythematosus patients: a nationwide population-based study in Taiwan. Rheumatology, 53 (1), 180-185. https://doi.org/10.1093/rheumatology/ket330
Lazaro, D. (2007). Lúpus eritematoso sistêmico de início na terceira idade. Drogas e envelhecimento, 24 (9): 701-715. doi: 10.2165 / 00002512-200724090-00001
Golmar, A. C., Moriano, C., Garijo, M., & Gonzalez, I. (2018). Clinical-epidemiological features of patients with a late-onset lupus in a tertiary care hospital. Annals of the Rheumatic Diseases, 77 (6), 1431. doi: 10.1136/annrheumdis-2018-eular.7538
Gurevitz S. L., Snyder J. A., Wessel E. K., Frey J., & Williamson B. A. (2013). Lúpus eritematoso sistêmico: uma revisão da doença e opções de tratamento. Consult Pharm, 28 (2): 110-21. doi: 10.4140 / TCP.n.2013.110.
Kaul, A., Gordon, C., Crow, M. K., Touma, Z., Urowitz., Vollenhoven, R. V., Irastorza, G. R., & Hughes, G. (2016). Lúpus Eritematoso sistêmico. Nat Ver Dis Primers. 2: 16039. Doi: 10.1038 / nrdp.2016.39
Estel, G. J. P., Gil, M. F. U., & Alarcon, G. S. (2017). Epidemiologia do lúpus eritematoso sistêmico. Expert Rev Clin Immunol. 13 (8): 799-814. doi: 10.1080 / 1744666X.2017.1327352
Kostopoulou, M., Nikolopoulos, D., Parodis, I., & Bertsias, G. (2020). Doença cardiovascular no lúpus eritematoso sistêmico: dados recentes sobre epidemiologia, fatores de risco e prevenção. Curr Vasc Pharmacol. 18 (6): 549-565. doi: 10.2174 / 1570161118666191227101636.
Montjoye, S., Boland, B., Raemdonck, J. V., & Houssiau, F. A. (2020). Lúpus eritematoso sistêmico de início muito tardio como causa incomum de deficiências funcionais e cognitivas reversíveis em um paciente octogenário. Eur J Case Rep Intern Med, 7 (8): 001570. doi: 10.12890 / 2020_001570
Pereira A. S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [free e-book]. Ed. UAB/NTE/UFSM.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Camila Aragão Borges; Larissa Oliveira Ribeiro ; Marla Rochana Braga Monteiro; Fabrício André Martins da Costa; Ítalo Crizóstomo Lima; Kristopherson Lustosa Augusto
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.