Proposta metodológica para desenvolvimento de grupos para promoção da alimentação adequada e saudável
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i11.19883Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde; Educação Permanente; Alimentação saudável.Resumo
Analisou-se, sob a perspectiva do gestor e de profissionais de saúde, uma proposta metodológica de trabalho em grupos para promoção da alimentação adequada e saudável (PAAS) na Atenção Primaria à Saúde baseada no referencial de Paulo Freire. Trata-se de um estudo qualitativo, no qual foram realizadas entrevistas com roteiro semiestruturado e, posteriormente, transcritas e analisadas pela técnica da análise de conteúdo. Os participantes avaliaram positivamente a metodologia de grupo de PAAS por sua aplicabilidade prática; pela valorização do usuário como sujeito autônomo e protagonista do cuidado; por permitir adaptações para diversas temáticas, inclusive, fora da área da Nutrição; e por constituir uma abordagem educativa que se distancia da tradicional baseada em aulas expositivas. Adicionalmente, ficou clara a fragilidade dos processos de formação e de qualificação dos profissionais para a condução de atividades educativas coletivas na perspectiva emancipadora dos sujeitos e a influência do modelo biomédico na organização dos serviços de saúde em que atuam. Metodologias inovadoras e ativas, como aqui analisada, podem ser úteis no aprimoramento das ações coletivas de promoção da saúde e da alimentação adequada e saudável.
Referências
Azevedo, A. B., Pezzato, L. M., & Mendes, R. (2017) Formação interdisciplinar em saúde e práticas coletivas. Saúde debate, 41 (113). https://www.scielosp.org/article/sdeb/2017.v41n113/647-657/pt/.
Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Edições 70.
Brasil. Ministério da Saúde. (2011). Portaria nº 2.488, de 21 de outubro de 2011. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica à Saúde, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica à Saúde, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2488_21_10_2011.html.
Brasil. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. (2012a). Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. (2012b). Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html.
Brasil. Ministério da Saúde. (2014a). Cadernos de Atenção Básica, n. 39. Núcleo de Apoio à Saúde da Família – volume 1: ferramentas para a gestão e para o trabalho cotidiano. Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. (2014b). Guia alimentar para a população brasileira promovendo a alimentação saudável. Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal de Minas Gerais. (2016a). Instrutivo: metodologia de trabalho em grupos para ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica à Saúde. Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal de Minas Gerais. (2016b). Desmistificando dúvidas sobre alimentação e nutrição: material de apoio para profissionais de saúde. Ministério da Saúde.
Brasil. Ministério da Saúde. Universidade Federal de Minas Gerais. (2016c). Na cozinha com as frutas, legumes e verduras. Ministério da Saúde.
Fontana, S. Z., Weyh, C. B., & Busnello, M. B. (2020) O dilema da fome no Brasil: diálogo(s) entre Paulo Freire e Josué de Castro. Brazilian Journal of Development. Curitiba, 6(7). https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/12853/10872.
França, C. J., & Carvalho, V. C. H. S. (2017) Estratégias de educação alimentar e nutricional na Atenção Primária à Saúde: uma revisão de literatura. Saúde Debate, 114, 932-948. https://www.scielo.br/j/sdeb/a/zcPb36wCbgPrYxRZrkycCQk/abstract/?lang=pt.
Freire, P. (2014). Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. (48a ed.), Paz e terra.
Júnior, J. P. B., & Moreira, D. C. (2017). Educação permanente e apoio matricial: formação, vivências e práticas dos profissionais dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família e das equipes apoiadas. Cadernos de Saúde Pública, 33(9). https://www.scielo.br/j/csp/a/8dTstJy4fjXWTkTPN kMTgrn/?lang=pt.
Marques, R. J. R., Alves, K. R., Soares, C. S., et al. (2020). Análise do trabalho em equipe multiprofissional para ações de alimentação e nutrição na atenção básica. Trabalho Educação e Saúde, 18(1). https://www.scielo.br/j/tes/a/c8bGmyHvhgKmBz73dQprKcN/.
Mendonça, F. T. N. F., Santos, A. S., Buso, A. L. Z., et al. (2017). Health education with older adults: action research with primary care professionals. Revista Brasileira de Enfermagem, 70(4). https://www.scielo.br/j/reben/a/qqfkxgNfmT7gNcpqYLztJDS/?lang=pt&format=pdf.
Minayo, M. C. S. (Org.). (1994). Pesquisa Social: teoria, método e criatividade. (16a ed.), Editora Vozes.
Perondi, C., & Machado, C.L.B. (2021) Uso de metodologias dialógicas em grupos de educação alimentar e nutricional na atenção primária à saúde: desafios e Potencialidades. Saberes Plurais Educ. Saúde, 5(1). https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/223761.
Starfield, B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços e tecnologia. (2002). Ministério da Saúde.
Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: Pesquisa qualitativa em educação. Ed. Atlas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Katiusse Rezende Alves; Rayane Jeniffer Rodrigues Marques ; Kelly Alves Magalhães ; Aline Cristine Souza Lopes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
