Fratura radicular horizontal com cicatrização espontânea: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.19988Palavras-chave:
Endodontia regenerativa; Prognóstico; Cicatrização; Traumatismo Dentário; Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico.Resumo
A fratura radicular horizontal pode ser definida como aquela que envolve dentina, cemento, ligamento periodontal e polpa, compreendendo de 1,2 a 7% dos traumas na dentição permanente. Afeta normalmente a região de dentes anteriores, e geralmente cicatriza-se espontaneamente, dependendo da vitalidade pulpar. O diagnóstico é realizado através de exame clínico, teste de sensibilidade pulpar e exame radiográfico. Além disso, a Tomografia Computadorizada de Feixe Cônico tem sido utilizada de forma a auxiliar no diagnóstico e prognóstico, devido a reprodução de imagens tridimensionais, permitindo visualizar de forma exata a localização e trajeto da linha de fratura. Este estudo relata um caso clínico de trauma dental causado por queda de própria altura. A paciente apresentava fratura radicular horizontal no elemento 21, localizada em terço médio, que foi confirmada através do exame radiográfico. Como tratamento imediato, foi realizado o reposicionamento e esplintagem. Para a confirmação da localização exata da fratura e se houve o processo de cicatrização, foi realizada imagens de tomografia computadorizada de feixe cônico após 30 dias do trauma, pôde-se visualizar a fratura com trajeto oblíquo cicatrizada por tecido calcificado. Dessa forma, optou-se por acompanhamento da fratura radicular horizontal com tempo de controle de 15 dias, 30 dias, 60 dias, 2 anos e 5 anos. Permitindo, assim, que o dente seja preservado na cavidade bucal, sem intervenções.
Referências
Abbott, P.V. (2019). Diagnosis and management of transverse root fractures. Dent Traumatol. 00, 1–15.
Andrade, E. S., Campos Sobrinho, A. L. de, Andrade, M. G. & Matos, J. L. (2008). Root healing after horizontal fracture: a case report with a 13-year follow up. Dent Traumatology, 8 (24), e1-3.
Andreasen, F. M. (1986). Transient apical breakdown and its relation to color and sensibility changes. Endod Dent Traumatol. 2, 9–19.
Andreasen, F. M., Andreasen, J. O. & Bayer, T. (1989). Prognosis of root-fractured permanent incisors – prediction of healing modalities. Endod Dent Traumatol. 5, 11–22.
Andreasen, F. M., Andreasen, J. O. & Cvek, M. (2007) Root fractures. In:Andreasen, J.O.; Andreasen, F.M.; Andersson, L. editors. Textbook and color atlas of traumatic injuries to the teeth. 4th edn. Kopenhagen: Blackwell Munksgaard. 337–7.
Andreasen, F. M., Andreasen, J. O. & Tsilingaridis, G. (2018). Root fractures. In: Andreasen JO, Andreasen FM, Andersson L, eds. Textbook and Color Atlas of Traumatic Injuries to the Teeth. 5th ed. Oxford, UK: Wiley Blackwell. 377–412.
Andreasen, J. O.(1979). Etiology and pathogenesis of traumatic dental injuries. A clinical study of 1,298 cases. Scand J Dent Res.78, 329–42.
Andreasen, J. O. & Andreasen, F. M. (2001). Fundamentos de traumatismo dental: guia de tratamento passo-a-passo. Porto Alegre: Artmed Editora. 188.
Andreasen, J. O. & Hjording – Hansen, E. (1967). Intra-alveolar root fractures: radiographic and histologic study of 50 cases. J Oral Surg. 25, 414-26.
Andreasen, J. O, Andreasen, F. M., Mejare, J. & Cvek, M. I. (2004). Healing of 400 intra-alveolar root fractures. 1. Effect of pre-injury and injury factors such as sex, age, stage of root development, fracture type, location of fracture and severity of dislocation. Dent traumatol. 20, 192–202.
Bernardes, R. A., Moraes, I. G. de, Duarte, M. A., Azevedo, B. C., Azevedo, J. R. de & Bramante, C. M. (2009). Use of cone-beam volumetric tomography in the diagnosis of root fractures. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 108, 270–7.
Bornstein, M. M., Wolner- Hanssen, A. B., Sendi, P. & Arx, V. T. (2009). Comparison of intraoral radiography and limited cone beam computed tomography for the assessment of root-fractured permanent teeth. Dent Traumatol.25, 571–7.
Bourguignon, C., Cohenca, N. & Lauridsen, E. et al. (2020). International Association of Dental Traumatology guidelines for the management of traumatic dental injuries: 1. Fractures and luxations. Dent Traumatol. 36,314–330.
Caliskan, M. K. & Pehlivan, Y. (1996). Prognosis of root-fractured permanent incisors. Endod Dent Traumatol . 12, 129–36.
Camp, J. H. (2000). Management of sports-related root fractures. Dent Clin North Am. 44,95-109.
Cohenca, N., Simon, J. H., Roges, R., Morag, Y. & Malfaz, J. M. (2007). Clinical indications for digital imaging in dento-alveolar trauma. Part 1: traumatic injuries. Dent Traumatol. 23(2), 95-104.
Costa, F. F., Pinheiro, L. R., Umetsubo, O. S., Santos Junior, O. de, Gaia, B. F. & Cava, M. G. (2014). Influence of cone-beam computed tomographic scan mode for detection of horizontal root fracture. Journal of Endodontics. 40, 1472-6.
Cvek, M., Andreasen, J. O. & Borum, M. K. (2001). Healing of 208 intraalveolar root fractures in patients aged 7–17 years. Dent Traumatol. 17,53–62.
Cvek, M., Mejare, I. & Andreasen, J. O. (2002). Healing and prognosis of teeth with intra-alveolar fractures involving the cervical part of the root. Dent Traumatol. 18, 57–65.
Diangelis, A. J., Andreasen, J. O. & Ebeleseder, K. A. (2012). International Association of Dental Traumatology guidelines for the management of traumatic dental injuries: 1. Fractures and luxations of permanent teeth. Dent Traumatol. 28, 2–12.
Fagundes, D., Mendonça, I., Albuquerque, T. & Jacinto, I. (2014). Spontaneous healing responses detected by cone-beam computed tomography of horizontal root fractures: a report of two cases. Dent Traumatol. 30, 484–7.
Feiglin, B. (1995). Clinical management of transverse root fractures. Dent Clin North Am. 39, 53–78.
Flores, M. T., Andersson, L., Andreasen, J. O., Bakland, L. K., Malmgren, B. & Barnett, F. (2007). Guidelines for the management of traumatic dental injuries.1. Fractures and luxations of permanent teeth. Dent Traumatology. 23,66-71.
Lenzi, R. & Trope, M. (2012). Revitalization procedures in two traumatized incisors with diferente biological outcomes. J Endod. 38,411-4.
Likubo, M., Kobayashi, K., Mishma, A., Shimoda, S., Daimaruya, T. & Igashi, C. et al. (2009). Accuracy of intraoral radiography, multidetector helical CT, and limitedcone-beam CT for the detection of horizontal root fracture. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod. 108, e70-4.
Lindahl, B. (1963). Transverse intra‐alveolar root fractures: Roentgen diagnosis and prognosis. Odont Revy. 1963;9:10–24.
Mata, E., Gross, M. A. & Koren, L.Z. (1985). Divergent types of repair associated with root fractures in maxillary incisors. Endod Dent Traumatology. 1,150-3.
Neeraj, M., Kundabala, M. & Acharaya, S. (2011). A review of root fractures: diagnosis, treatment and prognosis. Dent Update. 38, 615 – 628.
Ohman, A. (1965). Healing and sensitivity to pain in young replanted human teeth. An experimental, clinical and experimental study. Odontol Tidskr. 73, 166 – 227.
Ozbek, M., Serper, A. & Semra, Ç. (2003). Repair of untreated horizontal root fracture: a case report. Dent Traumatol. 19, 296-7.
Oztan, M. D. & Sonat, B.( 2001). Repair of untreated horizontal root fractures: two case reports. Dent Traumatol. 17(5),240-3.
Pereira, A. J. A., Araújo, C. Y. T., Almeida, C. C. N. & Souza, C. (1997). Conseqüência do diagnóstico equivocado no prognóstico das fraturas radiculares. Rev Assoc Paul Cir Dent. 51(6),579-582.
Soares, J. J. & Goldberg, F. (2001). Endodontia: técnica e fundamentos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul. 376.
Wolner-Hanssen, A. B. & Von Arx, T. (2010). Permanent teeth with horizontal root fractures after dental trauma. A retrospective study. Schweiz Monatsschr Zahnmed. 120, 200-212.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Andréa Albuquerque Lima; Phillip Lucas Ricardo Pereira; Clóvis Stephano Pereira Bueno; Daniel Pinto de Oliveira; Leopoldo Cosme Silva; Dyana dos Santos Fagundes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
