Perfil zoossanitário de propriedades leiteiras no sul do Rio Grande do Sul, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20063Palavras-chave:
Bovinos; Perfil Sanitário; Epidemiologia.Resumo
O Estado Rio Grande do Sul tem papel de destaque na produção de leite em âmbito nacional e a região sul do estado se destaca como uma das principais bacias leiterias do Estado. Objetivou-se com este estudo caracterizar o perfil zootécnico e sanitário em 51 rebanhos bovinos na microrregião de Pelotas. A partir das informações obtidas por meio de entrevistas construiu-se um banco de dados e obteve-se a descrição dos dados pela indicação de como variam os indivíduos no grupo. Neste estudo, as propriedades apresentaram a mediana de quatro moradores (DI=3) e tempo na pecuária leiteira de 20 anos (DI=26), a área total foi de 40 ha (DI=57), sendo a área destinada exclusivamente a produção leiteira (instalações para os animais e áreas de descanso e pastoreio) de 23 ha (DI=32). As propriedades apresentaram uma mediana de 20 vacas em lactação (DI=26) e cinco vacas secas (DI=7), o efetivo de novilhas a partir de um ano de idade foi nove (DI=16) e o efetivo de terneiras com menos de um ano foi oito (DI=11), o efetivo total do rebanho foi de 44 animais (DI=63). Foi avaliado o efetivo de outras espécies de animais domésticos como cães, equinos, galinhas, suínos, ovinos e caprinos. Foram observadas medianas de três cães (DI=3), dois equinos (DI=1,75), 30 galinhas (DI=30), três suínos (DI=4), quatro ovinos (DI=10) e cinco caprinos (DI=3). Os resultados deste estudo indicam que há uma grande heterogeneidade e uma baixa pluriatividade agrícola no processo produtivo de leite no sul do Rio Grande do Sul, sustentado principalmente por pequenas propriedades, baseado na mão de obra familiar e associado ao uso de tecnologias como a inseminação artificial e ordenha mecânica.
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