Violência contra adolescentes lésbicas no ambiente escolar e suas consequências: revisão integrativa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20256

Palavras-chave:

Violência; Minorias Sexuais e de Gênero; Instituições Acadêmicas; Enfermagem; Homofobia.

Resumo

Objetivo: discutir as evidências científicas produzidas na literatura sobre o impacto da violência no ambiente escolar na saúde mental de adolescentes lésbicas. Métodos: revisão integrativa de literatura, utilizando descritores controlados e termos alternativos nas bases de dados MEDLINE, WOS, LILACS, SCOPUS, CINAHL, SciELO e BDENF. Resultados: foram selecionados quatro artigos que relacionam fortemente as experiências de violência e vitimização contra as lésbicas com problemas relacionados aos indicadores de saúde mental e de risco. As meninas demonstraram números superiores aos dos meninos quanto ao uso de substâncias, comportamentos de risco e transtornos mentais. Conclusão: as experiências de violência e insegurança na escola de adolescentes lésbicas são diferentes daqueles de alunos heterossexuais. O papel do enfermeiro no contexto da saúde sexual de adolescentes deve buscar identificar situações de vulnerabilidades e promover o livre exercício da percepção da sexualidade, a autonomia corporal, o reconhecimento de direitos sexuais, de saúde e controle dos sofrimentos e desgastes psicoemocionais.

Referências

Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. (2016). Pesquisa nacional sobre o ambiente educacional no Brasil 2015: as experiências de adolescentes e jovens lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais em nossos ambientes educacionais. (Relatório de pesquisa). Curitiba, PR, Secretaria da Educação do Estado do Paraná.

Borrillo, D. (2009). A homofobia. In: T. Lionço & D. Diniz (Orgs.). Homofobia & educação: um desafio ao silêncio. (1a ed, Cap 2, pp. 15 -46). Brasília: LetrasLivres,.

Brasil, E. G. M., Silva, R. M., Silva, M. R. F. & Queiroz, M. V. O. (2017). Adolescent health promotion and the School Health Program: complexity in the articulation of health and education. Rev Esc Enferm USP, 51(03), 276. DOI: 10.1590/S1980-220X2016039303276.

Brasil, Ministério da Saúde. (2011). Passo a passo PSE: Programa Saúde na Escola: tecendo caminhos da intersetorialidade. Brasília: MS.

Calixto, T.G. & França, M. H. O. (2016). Lgbtfobia no ambiente escolar: desafios da prática docente. In Anais do III Congresso Nacional de Educação. (p. 05-07). Campina Grande, PB, Brasil: Realize.

Cicogna, J. I. R., Hillesheim, D. & Hallal, A. L. L. C. (2019). Mortalidade por suicídio de adolescentes no Brasil: tendência temporal de crescimento entre 2000 e 2015. J. bras. Psiquiatr, 68(1), 1-7. DOI: 10.1590/0047-2085000000218.

Dahlberg, L. L. & Krug, E.G. (2006). Violência: um problema global de saúde pública. Ciênc. Saúde Colet, 11(supl.),1163-1178. DOI: 10.1590/S1413-81232006000500007.

D'augelli, A. R., Pilkington, N.W. & Hershberger, S. L. (2002). Incidence and Mental Health Impact of Sexual Orientation Victimization of Lesbian, Gay, and Bisexual Youths in High School. Sch Psychol Q, 17(2), 148–167. DOI: 10.1521/scpq.17.2.148.20854.

Diniz, A. M. (2019). Saúde das mulheres lésbicas: uma análise de discursos e invisibilidades. (Monografia, ICICT-Fiocruz, Rio de Janeiro, RJ, Brasil). Recuperado de https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/35878

Espelage, D. L., Merrin, G. J. & Hatchel, T. (2016). Peer Victimization and Dating Violence Among LGBTQ Youth: The Impact of School Violence and Crime on Mental health outcomes. Youth Violence Juv Justice, 16(2), 156-173. DOI: 10.1177/1541204016680408.

Estrela, C. (2018). Metodologia Científica: Ciência, Ensino, Pesquisa. Editora Artes Médicas.

Fineout-Overholt, E. & Stillwell, S.B. (2010). Asking compelling, clinical questions. In: Melnyk BM, Fineout-Overholt E. Evidence-based practice in nursing & healthcare: a guide to best practice. AJN, 110(3), 58-61. DOI: 10.1097/01.NAJ.0000368959.11129.79.

Fish, J.N., Schulenberg, J.E. & Russell, S.T. (2019). Sexual Minority Youth Report High-Intensity Binge Drinking: The Critical Role of School Victimization. J Adolesc Health, 64(2), 186-193. DOI: 10.1016/j.jadohealth.2018.07.005.

Joia, L. dos S., Mendes, A. A., Daré, M. F., Fonseca, L. M. M., & Domingues, A. N. (2020). Práticas educativas do enfermeiro no contexto da saúde escolar: revisão integrativa da literatura. RBM, 23(2Supl.),115-26. DOI: 10.25061/2527-2675/ReBraM/2020.v23i2Supl.876.

Louro, G.L. (1997). Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista (6a ed.). Rio de Janeiro: Vozes.

Meyer, I. H. (1995) Minority Stress and Mental Health in Gay Men. J Health Soc Behav. 36(1), 38-56. DOI: 10.2307/2137286.

Brasil, Ministério da Saúde (2009). Cadernos de atenção básica n. 24: Saúde nas Escolas. Brasília: MS.

Mooij, T. (2016). School Indicators of Violence Experienced and Feeling Unsafe of Dutch LGB Versus NonLGB Secondary Students and Staff, 2006-2010. J. Interpers. Violence, 31(20), 3413–3442. DOI: 10.1177/0886260515585527.

Natarelli, T. R. P., Braga, I. F, Oliveira WA & Silva, M. A. I. (2015). O impacto da homofobia na saúde do adolescente. Esc. Anna Nery, 19(4):664-670. DOI: 10.5935/1414-8145.20150089.

Pinto, I. V. (2020). Perfil das notificações de violências em lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, Brasil, 2015 a 2017. Rev. bras. epidemiol, 23(supl.1). DOI: 10.1590/1980-549720200006.supl.1.

Raga, K. D. S, Ribeiro, A. I. M & Caetano, M. R. V. (2017). Discussões iniciais sobre lesbianidades e educação escolar. e-Mosaicos, 6(11), 54-63. DOI: 10.12957/e-mosaicos.2017.28603.

Ribeiro, J. M. & Moreira, M. R. (2018). Uma abordagem sobre o suicídio de adolescentes e jovens no Brasil. Ciênc. Saúde Colet, 23(9), 2821-2834. DOI: 10.1590/1413-81232018239.17192018.

Rodrigues, L., Oliveira, J. M. & Nogueira, C. (2015). Discriminação contra jovens lésbicas em contexto escolar. Latitude, 9(1), 55-71. DOI: 10.28998/2179-5428.20150104.

Rosa, L.C. (2017). A LGBTfobia como fenômeno cultural e seus impactos psíquicos. (Monografia, FACES-UNICEUB, Brasília, DF, Brasil. Recuperado de https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/235/11482.

Senna, S. R. C. M. & Dessen, M. A. (2015). Reflexões sobre a saúde do adolescente brasileiro. Psicologia, Saúde e Doenças, 16(2), 223-235. Recuperado de https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=36242128008.

Sousa, L. M. M., Marques-Vieira C, Severino, S. S. P. & Antunes, A.V. (2017). A metodologia de revisão integrativa da literatura em enfermagem. RIE, 21(2),17-26. Recuperado de http://hdl.handle.net/20.500.12253/1311.

Souza, M. T., Silva, M. D. & Carvalho, R. (2010). Revisão integrativa: o que é e como fazer. Einstein, 8(1), 102-106. DOI: 10.1590/S1679-45082010RW1134.

Ursi, E. S. & Gavao, C.M. (2006). Prevenção de lesões de pele no perioperatório: revisão integrativa da literatura. Rev. Latino-Am, 14(1), 124-131. DOI: 10.1590/S0104-11692006000100017.

Downloads

Publicado

18/09/2021

Como Citar

CORREIA, L. de A. B. .; SANTOS , C. M. R. dos .; FRAZÃO , I. da S. .; FRAZÃO , C. M. F. de Q. .; CRISPIM , M. de O.; QUEIROZ, G. H. de O. .; ARAÚJO, M. R. N. de; BRITO, R. A. de A. L. Violência contra adolescentes lésbicas no ambiente escolar e suas consequências: revisão integrativa. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 12, p. e198101220256, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i12.20256. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/20256. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde