Criação e validação de um fluxograma de encaminhamento do paciente idoso para uso do médico não-geriatra
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20304Palavras-chave:
Geriatria; Assistência Integral à Saúde; Encaminhamento.; Idoso; Assistência integral à saúde; Fluxograma.Resumo
A população mundial vem sofrendo transformações no âmbito social, político e tecnológico, caracterizando a transição demográfica, o qual modificou a pirâmide etária, com envelhecimento em maior velocidade do que a natalidade. Essas mudanças geraram impactos no atendimento em saúde. Com isso, objetivou-se criar e validar um fluxograma de encaminhamento do paciente idoso para uso do médico não geriatra. Esta pesquisa foi constituída por três etapas. A primeira consistiu em um estudo transversal analítico, através de um questionário autoaplicável para 49 médicos não-geriatras, o qual avaliou o grau de conhecimento do profissional médico quanto ao encaminhamento correto; a segunda, na criação do Fluxograma para orientar os profissionais não-geriatras ao encaminhamento correto para o ambulatório de saúde do idoso; e, na terceira etapa, realizado questionário aos médicos especialistas para validar o fluxograma criado. Com análise de 44 questionários, 65,9% dos profissionais encaminharam um idoso em algum momento da carreira. Demonstrou-se que 43,2% dos participantes acertaram quatro questões, tendo maior grau de conhecimento quanto à síndrome de incapacidade cognitiva e menor de instabilidade postural. Foi desenvolvido um fluxograma de encaminhamento para orientação que foi validado pela opinião dos especialistas com aprovação de 84,4%. Mediante resultados obtidos, a implementação do fluxograma padronizou e contribuiu para uma decisão clínica mais acurada, rápida e eficiente, a fim de tornar mais eficiente o atendimento das demandas do ambulatório de saúde do idoso e aumentar o número de vagas para atendimento de idosos que realmente necessitam do atendimento especializado.
Referências
Aires, I. O. et al. (2019). Food consumption, lifestyle and its influence on the aging process. Research, Society and Development, 8 (11), e098111437. DOI: 10.33448/rsd-v8i11.1437. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/1437. Acesso em: 6 sep. 2021.
Agência de Notícias IBGE. (2019). Em 2018, expectativa de vida era de 76,3 anos. Disponível em: < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/26104-em-2018-expectativa-de-vida-era-de-76-3-anos >. Acesso em: 15 de mai. de 2020.
APÓSTOLO, J. L. A. (2012). Instrumentos para avaliação em geriatria (Geriatric Instruments). Escola Superior de Enfermagem de Coimbra. Coimbra.
Brasil. Lei n.º 8.842, de 4 de janeiro de 1994. Dispões sobre a Política Nacional do Idoso, Cria o Conselho Nacional do Idoso e dá Outras Providências. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, D.O. de 05/01/1994, p. 77. 01 ago. 2003. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8842.htm
Carqueja, C. L. et al. (1999). Detecção de problemas clínico-sociais de pacientes geriátricos internados nas enfermarias de clínica médica do Hospital Universitário.
Chaimowicz, F. et. al. (2013). Saúde do idoso. 2° Edição. Belo Horizonte: NESCON UFMG.167 p.
Coelho, L. P. et al. (2019). Rede de atenção ao idoso: fatores facilitadores e barreiras para implementação. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 28, e280404.
Damasceno, M. J. C. F.; & Chirelli, M. Q. (2019). Implementação da Saúde do Idoso na Estratégia Saúde da Família: visão dos profissionais e gestores. Ciência & Saúde Coletiva, 24, 1637-1646.
Ferreira, L. V. et al. (2017). Busca do autocuidado por idosos na rede de atenção à saúde. Revista Contexto & Saúde, 17 (32), 46-54.
Freitas, E. V. de; & Py, L. (2017). Tratado de Geriatria e Gerontologia. Rio de Jeneiro. Guanabara Koogan.
Governo do Distrito Federal. Protocolo de Atenção à Saúde do Idoso. Brasil. 2014. https://www.saude.df.gov.br/wp-conteudo/uploads/2018/04/Protocolo_Saude_do_Idoso.pdf
Hoffmann, M. C. C. L. et al. (2014). Diretrizes para o cuidado das pessoas idosas no SUS: proposta de modelo de atenção integral. Brasil.
Lopes, P. de C. et al. (2017). Estilo de vida e intervenções não farmacológicas no tratamento e na prevenção das síndromes geriátricas: uma revisão integrativa. Revista Kairós: Gerontologia, 20 (2), 375-398. Acessado em: 27 abril 2020.
Moraes, E. N. de; Marino, M. C.; Santos, R. R. (2010). Principais síndromes geriátricas. Minas Gerais, 20 (1), 54-56.
Sandri, J. V. de A. et al. (2019). Políticas do Idoso e Atendimento Multidisciplinar na Área Da Saúde. Anais do Encontro Mãos de Vida, 5 (1).
Secretaria de Saúde do Estado do Espírito Santo. (2016). Protocolos de Regulação para Acesso a Consultas e Exames Especializados. Vitória.
Secretaria de Estado da Saúde do Paraná. (2018). Avaliação multidimensional do idoso. Curitiba: SESA,113p
Silvestre, J. A.; & Costa Neto, M. M. da. (2003). Abordagem do idoso em programas de saúde da família. Brasil. Cadernos de Saúde Pública, 19 (3), 839-847.
Veras, R. P. et al. (2013). Modelos de atenção à saúde do idoso: repensando o sentido da prevenção. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 23, 1189-1213.
World Health Organization. (2015). Relatório mundial sobre envelhecimento e saúde: resumo. Geneva. Retrieved Sep 6, 2021. http://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/186468/WHO_FWC_ALC_15.01_por.pdf?sequence=6
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Tanise Nazaré Maia Costa; Cristiane Ribeiro Maués; Amanda dos Santos Duarte; Felipe Aguiar Parente
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.