Perfil metabólico de pacientes obesas e não-obesas com a Síndrome dos Ovários Policísticos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20482Palavras-chave:
Síndrome dos Ovários Policísticos; Resistência à insulina; Síndrome X Metabólica; Obesidade.Resumo
Avaliar as características clínico-metabólicas de mulheres com Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) de diferentes fenótipos. Realizou-se um delineamento transversal controlado e analítico. A amostragem foi não probabilística e composta por 120 participantes, distribuídas em quatro grupos: 1A (sem SOP e com peso normal); 1B (sem SOP e com peso anormal); 2A (SOP e peso normal) e 2B (SOP e peso anormal). Formulário estruturado e prontuário eletrônico foram utilizados como instrumentos de coleta de dados. Foram realizadas estatísticas uni e bivariadas com o software IBM® SPSS® 21.0. A síndrome metabólica predominou nos grupos 2A (7,1%) e 2B (37,5%) em relação aos respectivos controles 1A (0%) e 1B (19,2%). De forma semelhante, a insulinemia foi maior nos grupos 2A (15,7±8,2) e 2B (19,8±6,7) comparativamente à 1A (6,5±4) e 1B (6,5±4,8). O Teste Oral e Tolerância a Glicose (75g -2 horas) foi maior no grupo 2B (132,1±31,3) em relação ao grupo 1B (115,2±20,8) e no grupo 2A (111,9 ±24,7) em relação ao 1A (105,4±12,1). A pressão arterial sistólica foi superior em 2B (125,8±11,7) em relação à 1B (123,3±11,7) e em 2A (122,1±10) em relação à 1A (113,7±8,7). A SOP se associa a um perfil metabólico desfavorável, em que se sobressaem a resistência insulínica e a síndrome metabólica, tornando essencial um acompanhamento clínico amplo e multiprofissional.
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