Infusão a vácuo de PME e CaCl2 matem a firmeza e as características físico-químicas dos frutos de tomate
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20574Palavras-chave:
Cloreto de cálcio; Cloreto de cálcio, Pectinametilesterase, Solanum lycopersicon; Pectinametilesterase; Solanum lycopersicon.Resumo
O tomate é uma fruta de grande importância comercial e muito cultivada. No entanto, as perdas pós-colheita representam um dos principais problemas desta cultura e podem ser minimizadas como técnicas alternativas. Portanto, o objetivo do presente trabalho foi manter a firmeza do tomate por meio da aplicação de pectina-metilesterase (PME) associada ao cloreto de cálcio pelo método de infusão a vácuo. Tomates da cultivar IAP-6 foram submetidos à infusão a vácuo com água, infusão a vácuo com cloreto de cálcio a 5% e infusão a vácuo com PME associada a cloreto de cálcio a 5%, frutos sem infusão foram utilizados como controle. Foram avaliadas a perda de massa fresca, firmeza do fruto, cor da casca, teor de sólidos solúveis, pH, acidez total, atividade de PME e atividade de cálcio. O experimento foi conduzido em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 4x5 com três repetições por 12 dias, avaliadas a cada 3 dias. As médias foram comparadas pelo teste de Tukey (p <0,05). Os dados foram analisados graficamente com intervalo de confiança (IC p <0,05). Em relação à perda de massa fresca, houve aumento ao longo do tempo em todos os tratamentos. O tratamento PME + CaCl2 5% foi o mais adequado para reduzir a perda de firmeza, além de apresentar a menor variação de atividade da PME, além de baixos teores de ácidos orgânicos. Portanto, a infusão a vácuo com PME + CaCl2 em tomates mantém a firmeza e as características físico-químicas aceitáveis, assim como a infusão de CaCl2.
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