Recursos didáticos para o processo de ensino-aprendizagem de conteúdos botânicos para educação básica no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i13.21500

Palavras-chave:

Ensino de Botânica; Ensino Regular; Ciências e biologia; Jogos didáticos; Prática docente.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento acerca dos recursos didáticos produzidos no Brasil, para auxiliar no processo de ensino-aprendizagem de conteúdos botânicos para a educação básica. Para tal, foi realizada uma revisão integrada da literatura com metanálise através da plataforma Google Scholar, utilizando como descritores: “ensino de botânica”, “recurso didático” e “educação básica”, no período de 2000 a maio de 2021. A análise de conteúdo foi utilizada para expressar nuances do conteúdo, categorizando os recursos encontrados a partir de semelhanças. Foi identificado que, de forma geral, houve um aumento das produções didáticas para o ensino de botânica ao longo dos anos, especialmente concentradas no nordeste brasileiro. Ao total, foram selecionados 59 recursos, distribuídos em seis categorias (audiovisual, jogo, material vegetal, modelo didático, textual-visual e tecnológico), que tiveram suas principais informações didáticas como nome, tipo, objetivo, conteúdos, modalidade, limitações e resultados obtidos descritos de uma forma integradora para facilitar o acesso de docentes à recursos possíveis de serem utilizados em sua prática pedagógica. Desta forma, o levantamento, descrição e integração dos recursos didáticos direcionados ao ensino de botânica aqui apresentados, pode facilitar o acesso e escolha docente do recurso que melhor se encaixe ou esteja mais próximo de sua realidade e prática pedagógica, em aulas sobre conteúdos botânicos, a partir do conhecimento das informações didáticas dessas produções. Isso pode favorecer um aumento na frequência de utilização dessas produções pedagógicas em sala de aula.

Biografia do Autor

José Laurindo dos Santos Júnior, Universidade Federal de Sergipe

Graduando da Universidade Federal de Sergipe (UFS) desde de 2017. Foi estagiário e bolsista de Iniciação Científica (IC) do Laboratório de Fisiologia e Ecofisiologia Vegetal (LFEV) da mesma instituição pela COPES(UFS). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Fisiologia Vegetal com destaque para: estresses abióticos, especialmente déficit hídrico, acúmulo de solutos orgânicos osmoticamente ativos e análise de crescimento de plantas submetidas a esses estresses ambientais. Realiza pesquisas com plantas do semiárido brasileiro (Caatinga). Trabalhou avaliando Memória hídrica em sementes de dois representante da família Annonaceae, a Annona squamosa L. e Annona muricata L. Avaliou os efeitos da alta temperatura na germinação de sementes e desenvolvimento de plantas do semiárido brasileiro. Atuou com trabalho de coleta, identificação e conservação de material botânico. Ademais, atuou como Monitor da disciplina de Elementos de Anatomia Humana na Universidade Federal de Sergipe e é Membro do Grupo de Anatomia Molecular (GAM) da mesma instituição. Atualmente é residente do programa Residência Pedagógica e faz estágio em docência no componente curricular Ciências em turmas dos anos finais em escola municipal de Socorro, SE.

Lucas Siqueira dos Santos, Universidade Tiradentes

Acadêmico de enfermagem pela Universidade Tiradentes e formado em técnico de nível médio integrado em informática pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS). Estagiário de enfermagem na CONSTAT - Home Care no setor da inteligência competitiva. Ex-estagiário de enfermagem do Núcleo de Segurança do Paciente (NSP) pela Fundação de Beneficência Hospital de Cirurgia (FBHC). Aluno bolsista/pesquisador pela Fundação de Apoio à Pesquisa e à Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe (FAPITEC/SE) em parceria com Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) e Universidade Tiradentes (UNIT). Ex-aluno bolsista do Programa de Bolsas de Iniciação Científica do IFS (PIBIC EM CNPq). Ex-Membro do Grupo de Pesquisa em Biodireito, Bioética e Sustentabilidade (Bios Pesquisa) pela Universidade Tiradentes. E diretor científico da Liga Acadêmica de Enfermagem em Saúde Comunitária (LAESC).

Marcos Vinicius Meiado, Universidade Federal de Sergipe

Possui graduação em Ciências Biológicas - Bacharelado pela Universidade Federal de Pernambuco (2005), Mestrado (2008) e Doutorado (2012) em Biologia Vegetal pela mesma instituição. Atualmente é professor do Departamento de Biociências (DBCI), da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Ecofisiologia Vegetal de Ambientes Semiáridos, atuando, principalmente, nos seguintes temas: alelopatia, banco de sementes do solo, Cactaceae, conservação de espécies ameaçadas de extinção, desenvolvimento inicial, germinação e memória hídrica de sementes. Professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação (PPEC / UFS São Cristóvão), onde realiza estudos e orienta trabalhos nas linhas de pesquisa "Biodiversidade da Caatinga" e "Restauração de Áreas Degradadas"; bem como do Programa de Pós-Graduação em Ciências Naturais (PPGCN / UFS Itabaiana), orientando na linha de pesquisa "Biodiversidade e Meio Ambiente".

Elizamar Ciriaco da Silva, Universidade Federal de Sergipe

Possui graduação em Licenciatura Plena em Biologia pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1991), mestrado (2002) e doutorado (2008) em Botânica pela mesma instituição, na área de Fisiologia Vegetal. Atualmente é professor Associado nível I da Universidade Federal de Sergipe, atuando na área de Fisiologia e Ecofisiologia Vegetal. Tem experiência em pesquisas com relações hídricas, trocas gasosas e análise de crescimento de plantas nativas e cultivadas submetidas a estresses ambientais, com ênfase nos estresses hídrico e salino. Atualmente desenvolve projetos com plantas de ambientes semiáridos (Caatinga) e fruteiras tropicais avaliando a ocorrência de memória em plântulas obtidas por sementes condicionadas (hardening) através da hidratação descontínua (hydropriming) e alta temperatura (thermo-priming).

Referências

Abdalla, D. F.; Moraes, M. G. Circuito florístico: uma estratégia para o ensino de botânica. Enciclopédia Biosfera, v. 10, p. 3547–3558, 2014.

Avelino, F. M., Avelino, C. M., da Silva, L. C. M., da Ferreira, J. C. M., & de Oliveira Lima, M. M. (2019). Jogo didático como proposta no ensino de bot nica: desenvolvendo metodologia inovadora com alunos de uma escola estadual de Floriano (PI). International Journal Education and Teaching (PDVL) ISSN 2595-2498, 2(3), 1-14.

Bacich, L. & Moran, J. (org). (2018). Metodologias ativas para uma educação inovadora. Penso.

Barboza, R. M, Edson-Chaves, B., & Lucena, E. M. P. (2020). Glossário online de botânica como recurso didático para o ensino médio. In: Lemos, J. R. Ciências biológicas: campo promissor para pesquisas, v. 4, Ponta Grossa: Atena, p.127-140.

Bardin, L. Análise de Conteúdo. Tradução: Luís Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2016.

Barreto Luiz, A. J. (2002). Meta-análise: definição, aplicações e sinergia com dados espaciais. Cadernos de Ciência & Tecnologia, 19(3), 407-428. DOI: http://dx.doi.org/10.35977/0104-1096.cct2002.v19.8814

Barros, T. De J. C. & Lemos, J. R. (2016). Construção de um jardim didático como ferramenta educacional para o ensino de botânica em uma escola pública no ensino médio na cidade de Parnaíba, Piauí. In: Lemos, J.R. (org.). Botânica na escola: enfoque no processo de ensino e aprendizagem.CRV, 43-67.

Bezerra, A., Rodrigues, D. V., Cavalcante, F. S. A., Nogueira, P. G., & Lima, R. A. (2018). Ensinando botânica por meio da confecção de sabonetes de plantas medicinais. EDUCA-Revista Multidisciplinar em Educação, 5(11), 147-158. DOI: http://dx.doi.org/10.26568/2359-2087.2018.2719

Brasil-Peixoto, S. N. R., Carneiro Júnior, G. R., Morais, C. R. S.., Mendes, R. M. de S.., & Edson-Chaves, B. (2021). Criação de um herbário virtual como recurso didático para o ensino de Botânica. Research, Society and Development, 10(1), e52210111920. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i1.11920

Canto, A. R., & Zacarias, M. A. (2009). Utilização do jogo Super Trunfo Árvores Brasileiras como instrumento facilitador no ensino dos biomas brasileiros. Ciências & Cognição, 14(1), 144-153.

Costa, E. A., Duarte, R. A. F., & Gama, J. A. S. (2019). A gamificação da botânica: uma estratégia para a cura da “cegueira botânica”. Revista Insignare Scientia, 2(4), 79-99.

Edson-Chaves, B., de Oliveira, R. D., dos Santos Chikowski, R., de Souza Mendes, R. M., & de Pontes Medeiros, J. B. L. (2015). Ludo Vegetal: uma nova alternativa para a aprendizagem de Botânica. Revista Brasileira de Biociências, 13(3).

Freitas, J. F., Silva, D. A., Cavalcante, F. S. A., & Lima, R. A. (2018). O ensino-aprendizagem de briófitas em uma escola pública município de Porto Velho-RO. Biota Amazônia, 8(4), 42-44. DOI: http://dx.doi.org/10.18561/2179-5746/biotaamazonia.v8n4p42-44

Furon, R., Vercoutter, J., Lefebvre, G., Labat, R., Virolleaud, C., Dupont-Sommer, P., ... & Needham, J. (1959). A ciência antiga e medieval. TATON, R. História geral das ciências. São Paulo: Difusão Européia do Livro. 207 p.

Gonçalves, H. F., & Moraes, M. G. D. (2011). Atlas de anatomia vegetal como recurso didático para dinamizar o ensino de botânica. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer, 7(13), 1608-1619.

Iglesias, J. O. V. (2014). Tradições curriculares dos conteúdos de Botânica nos livros didáticos: em foco a década de 1960 e o início do século XXI. 140 p. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação, Campinas, SP.

Laburú, C. E., Arruda, S. D. M., & Nardi, R. (2003). Pluralismo metodológico no ensino de ciências. Ciência & Educação (Bauru), 9(2), 247-260. DOI: https://doi.org/10.1590/S1516-73132003000200007

Lima, A. J. de, & Barbado, N. (2020). Herbário de plantas medicinais como estratégia no ensino de Botânica. Research, Society and Development, 9(11), e73991110295. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v9i11.10295

Lima, R. B. C. (2020). Fotossíntese e seu ensino para alunos surdos por meio das TIC. 91 p. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Biologia) —Universidade de Brasília, Brasília.

Matos, G. M. A., Maknamara, M., Matos, E. C. A., & Prata, A. P. (2015). Recursos didáticos para o ensino de botânica: uma avaliação das produções de estudantes em universidade sergipana. Holos, 5, 213-230. DOI: https://doi.org/10.15628/holos.2015.1724

Neta, M. A. F.; Paes, L. S.; Alencar, B. C. M.; Lucena, J. M. (2010). Estratégia Didática Para o Ensino de Botânica Utilizando Plantas da Medicina Popular. Congresso Norte-Nordeste De Pesquisa E Inovação, 5, 2010, Maceió. Anais...Maceió.

Pereira, T. M., Fonseca, D. B. de F., Ribeiro, M. B., & Almeida, M. N. de. (2020). Mata ciliar, erosão e assoreamento: construindo saberes de forma lúdica. Revista De Ensino De Ciências E Matemática, 11(4), 212-231. DOI: https://doi.org/10.26843/rencima.v11i4.1564

Paiva Barbosa, P., & Ursi, S. (2019). Motivação para formação continuada em Educação a Distância: um estudo exploratório com professores de Biologia. Revista ElectróNica De EnseñAnza De Las Ciencias, 18(1), 148-172.

Rocha, . I. da S., Andrade, T. E. G., Cavalcanti, Ágata L. L. A., & Costa, M. F. (2021). BIO V: aplicativo para o ensino de botânica nas escolas do campo. Revista Prática Docente, 6(2), e040. https://doi.org/10.23926/RPD.2021.v6.n2.e040.id988

Salatino, A., & Buckeridge, M. (2016). Mas de que te serve saber botânica? Estudos avançados, 30, 177-196. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142016.30870011.

Salvador, D. F., Crapez, M. A. C., Rolando, R. F. R., Rolando, L. G. R., & Magarão, J. F. L. (2010). Um panorama da formação continuada de professores de biologia e ciências através da ead no estado do rio de janeiro. EaD Em Foco, 1(1). DOI: https://doi.org/10.18264/eadf.v1i1.19

Salvador, D. F., Rolando, R. F. R., & Rolando, L. G. R. (2012). Colaborar para aprender e avaliar para formar: Um relato de experiência na formação continuada de professores de biologia. Revista Brasileira de Aprendizagem Aberta e a Distância, 11. DOI: https://doi.org/10.17143/rbaad.v11i0.238

Santos, L. E. S. dos, & Santos, L. S. dos. (2021). O impacto do coronavírus em pacientes cardiopatas. Research, Society and Development, 10(5), e0110514539. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14539

Silva, J. J. L., Cavalcante, F. L. P., Xavier, V. F., & Gouveia, L. D. F. P. (2019). Produção de Exsicatas como Auxílio para o Ensino de Botânica na Escola. Conexões-Ciência e Tecnologia, 13(1), 30-37. DOI: https://doi.org/10.21439/conexoes.v13i1.1488

Silva, J. R. S. D. (2013). Concepções dos professores de botânica sobre ensino e formação de professores (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).

Silva, L. M., Cavallet, V. J., & Alquini, Y. (2006). O professor, o aluno e o conteúdo no ensino de botânica. Educação (UFSM). DOI: http://dx.doi.org/10.5902/19846444

Silva, J. N., & Ghilardi-Lopes, N. P. (2014). Botânica no Ensino Fundamental: diagnósticos de dificuldades no ensino e da percepção e representação da biodiversidade vegetal por estudantes. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 13(2), 115-136.

Souza, C. A. S., Prata, A. D. N., & Maknamara, M. (2014). Utilização de frutos da vegetação de Sergipe como recurso didático para o ensino de Ciências e Biologia. Ciência em tela, 7(2), 1-9.

Souza, I. R. de, Gonçalves, N. M. N., Pacheco, A. C. L., & Abreu, M. C. de. (2021). Modelos didáticos no ensino de Botânica. Research, Society and Development, 10(5), e8410514559. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i5.14559

Souza, S. M. D. L., Duque, D. C., & Borim, E. (2017). Propostas pedagógicas para o ensino de Botânica nas aulas de ciências: diminuindo entraves. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciencias, 16(2), 298-315.

Uno, G. E. (2009). Botanical literacy: What and how should students learn about plants?. American journal of botany, 96(10), 1753-1759.

Vieira, V. J. da C., & Corrêa, M. J. P. (2020). O uso de recursos didáticos como alternativa no ensino de Botânica. Revista De Ensino De Biologia Da SBEnBio, 13(2), 309-327. https://doi.org/10.46667/renbio.v13i2.290

Wandersee J & Schussler E (2001) Toward a theory of plant blindness. Plant Science Bulletin, 47: 2-9.

Downloads

Publicado

18/10/2021

Como Citar

SANTOS JÚNIOR, J. L. dos; SANTOS, L. S. dos; MEIADO, M. V.; SILVA, E. C. da. Recursos didáticos para o processo de ensino-aprendizagem de conteúdos botânicos para educação básica no Brasil. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 13, p. e448101321500, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i13.21500. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/21500. Acesso em: 5 jan. 2025.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas