Registros oclusais virtuais: uma revisão da literatura sobre o método digital
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21507Palavras-chave:
Oclusão dentária; Desenho Assistido por Computador; Prótese dentária.Resumo
Para produção de próteses por meio do fluxo digital é fundamental a transferência da correta relação interoclusal do paciente para o programa de software digital, possibilitando a articulação dos modelos virtuais. Portanto, o objetivo desse estudo foi realizar uma revisão de literatura narrativa para descrever e discutir aspectos relacionados à realização do registro oclusal virtual, bem como à sua precisão e acurácia diante das diferentes situações clínicas. As buscas por publicações científicas foram realizadas em diferentes bases de dados e apenas artigos em inglês relacionados ao tema foram selecionados. Diferentes métodos para o alinhamento de modelos virtuais são descritos na literatura, sendo o escaneamento do paciente em oclusão, geralmente em posição de máxima intercuspidação, o principal. Porém, essa técnica pode demonstrar alterações em relação à oclusão real do paciente devido a diversos fatores, e por isso, estudos foram realizados para verificar a precisão e acurácia desses registros. Os estudos em sua grande maioria utilizam modelos de gesso e scanner industrial para captura do registro, havendo poucos trabalhos realizados com scanner intraoral em pacientes. Apesar dos diversos sistemas de scanner disponíveis e das diferentes formas de avaliação dos mesmos, de maneira geral os trabalhos mostram uma precisão e acurácia adequada dos registros oclusais virtuais de modelos dentados. Entretanto, a ausência de elementos dentais, está relacionada à menor acurácia desses registros, sendo necessário estabelecer um método apropriado de escaneamento para essas situações clínicas.
Referências
Abdulateef, S., Edher, F., Hannam, A. G., Tobias, D. L., & Wyatt, C. C. (2019). Clinical accuracy and reproducibility of virtual interocclusal records. The Journal of prosthetic dentistry, 124(6), 667-673.
Ahlholm, P., Sipilä, K., Vallittu, P., Jakonen, M., & Kotiranta, U. (2018). Digital versus conventional impressions in fixed prosthodontics: a review. Journal of Prosthodontics, 27(1), 35-41.
Alghazzawi, T. F. (2016). Advancements in CAD/CAM technology: Options for practical implementation. Journal of prosthodontic research, 60(2), 72-84.
Batson, E. R., Cooper, L. F., Duqum, I., & Mendonça, G. (2014). Clinical outcomes of three different crown systems with CAD/CAM technology. The Journal of prosthetic dentistry, 112(4), 770-777.
Botsford, K. P., Frazier, M. C., Ghoneima, A. A., Utreja, A., Bhamidipalli, S. S., & Stewart, K. T. (2019). Precision of the virtual occlusal record. The Angle Orthodontist, 89(5), 751-757.
DeLong, R., Ko, C. C., Anderson, G. C., Hodges, J. S., & Douglas, W. H. (2002). Comparing maximum intercuspal contacts of virtual dental patients and mounted dental casts. The Journal of prosthetic dentistry, 88(6), 622-630.
DeLong, R., Knorr, S., Anderson, G. C., Hodges, J., & Pintado, M. R. (2007). Accuracy of contacts calculated from 3D images of occlusal surfaces. Journal of dentistry, 35(6), 528-534.
Edher, F., Hannam, A. G., Tobias, D. L., & Wyatt, C. C. (2018). The accuracy of virtual interocclusal registration during intraoral scanning. The Journal of prosthetic dentistry, 120(6), 904-912.
Ender, A., Attin, T., & Mehl, A. (2016). In vivo precision of conventional and digital methods of obtaining complete-arch dental impressions. The Journal of prosthetic dentistry, 115(3), 313-320.
Ender, A., Zimmermann, M., Attin, T., & Mehl, A. (2016). In vivo precision of conventional and digital methods for obtaining quadrant dental impressions. Clinical oral investigations, 20(7), 1495-1504.
Fang, Y., Fang, J. H., Jeong, S. M., & Choi, B. H. (2019). A technique for digital impression and bite registration for a single edentulous arch. Journal of Prosthodontics, 28(2), e519-e523.
Iwaki, Y., Wakabayashi, N., & Igarashi, Y. (2013). Dimensional accuracy of optical bite registration in single and multiple unit restorations. Operative dentistry, 38(3), 309-315.
Iwauchi, Y., Tanaka, S., Kamimura-Sugimura, E., & Baba, K. (2021). Clinical evaluation of the precision of interocclusal registration by using digital and conventional techniques. The Journal of Prosthetic Dentistry.
Mangano, F., Gandolfi, A., Luongo, G., & Logozzo, S. (2017). Intraoral scanners in dentistry: a review of the current literature. BMC oral health, 17(1), 1-11.
Nagarkar, S. R., Perdigao, J., Seong, W. J., & Theis-Mahon, N. (2018). Digital versus conventional impressions for full-coverage restorations: A systematic review and meta-analysis. The Journal of the American Dental Association, 149(2), 139-147.
Park, J. M., Jeon, J., & Heo, S. J. (2018). Accuracy comparison of buccal bite scans by five intra-oral scanners. Journal of Dental Rehabilitation and Applied Science, 34(1), 17-31.
Ren, S., Morton, D., & Lin, W. S. (2020). Accuracy of virtual interocclusal records for partially edentulous patients. The Journal of prosthetic dentistry, 123(6), 860-865.
Rother, E.T. Revisão sistemática X revisão narrativa. (2007). Acta paul.enferm. v.20(2).
Russo, L. L., Caradonna, G., Biancardino, M., De Lillo, A., Troiano, G., & Guida, L. (2019). Digital versus conventional workflow for the fabrication of multiunit fixed prostheses: A systematic review and meta-analysis of vertical marginal fit in controlled in vitro studies. The Journal of prosthetic dentistry, 122(5), 435-440.
Sailer, I., Mühlemann, S., Fehmer, V., Hämmerle, C. H., & Benic, G. I. (2019). Randomized controlled clinical trial of digital and conventional workflows for the fabrication of zirconia-ceramic fixed partial dentures. Part I: Time efficiency of complete-arch digital scans versus conventional impressions. The Journal of prosthetic dentistry, 121(1), 69-75.
Seo, J. M., Oh, W. S., & Lee, J. J. (2019). A technique for verifying the accuracy of the virtual mounting of digital scans against the actual occlusal contacts. The Journal of prosthetic dentistry, 121(5), 729-732.
Solaberrieta, E., Arias, A., Brizuela, A., Garikano, X., & Pradies, G. (2016). Determining the requirements, section quantity, and dimension of the virtual occlusal record. The Journal of prosthetic dentistry, 115(1), 52-56.
Solaberrieta, E., Otegi, J. R., Goicoechea, N., Brizuela, A., & Pradies, G. (2015). Comparison of a conventional and virtual occlusal record. The Journal of prosthetic dentistry, 114(1), 92-97.
Sweeney, S., Smith, D. K., & Messersmith, M. (2015). Comparison of 5 types of interocclusal recording materials on the accuracy of articulation of digital models. American Journal of Orthodontics and Dentofacial Orthopedics, 148(2), 245-252.
Wong, K. Y., Esguerra, R. J., Chia, V. A. P., Tan, Y. H., & Tan, K. B. C. (2018). Three‐dimensional accuracy of digital static interocclusal registration by three intraoral scanner systems. Journal of Prosthodontics, 27(2), 120-128.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Mariana Elias Queiroz; Eduardo Dallazen; Mariana Sati Cantalejo Tsutsumi; Ana Teresa Maluly-Proni; Eduardo Passos Rocha ; Wirley Gonçalves Assunção; Paulo Henrique dos Santos
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.