Potencial antimicrobiano de Allium sativum L.: uma revisão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21699

Palavras-chave:

Allium sativum L; Potencial antimicrobiano; Fitoquímicos.

Resumo

O Brasil tem uma longa história de uso de plantas medicinais no tratamento de problemas de saúde da população, uso baseado na experiência e disseminado pela oralidade e vivência, sendo amplamente utilizado até meados do século XX. O Allium sativum L. é um dos medicamentos mais antigos do mundo. Por suas diversas atividades biológicas. No Allium sativum L. e encontrado a alicina resultante da ação da enzima alinase junto a aliina após esmagamento do bulbo do alho, Além de alicina, o extrato de alho possui como metabolitos secundários, alcalóides, saponinas, taninos, terpenos e flavonoides, os quais podem estar suscetíveis à atividade antimicrobiana. Uma revisão integrativa de literatura foi realizada, com buscas de documentos científicos individualizados nas bases de dados bem como:  Scielo, Medline (PubMed), Lilacs, Scopus, ScienceDirect, Periódicos Capes e em repositórios científicos, foi como critério de inclusão de documentos de cunho cientifico, nos idiomas português, inglês e espanhol, que apresentou relação do potencial antimicrobiano de Allium sativum L. Diante disso, a pesquisa teve como objetivo mostrar os principais metabólitos provenientes do Allium sativum L. e verificar sua resposta e relatar a concordância de diferentes estudos em relação ao potencial do Allium sativum L., as propriedades antimicrobianas e fúngicas frente a bactérias gram positiva e gram negativas e fungos, envolvendo levantamento bibliográfico.

Referências

Almeida, G. D., Godoi, E. P., Santos, E. C., Lima, L. R. P. D., & Oliveira, M. E. D. (2013). Extrato aquoso de Allium sativum potencializa a ação dos antibióticos vancomicina, gentamicina e tetraciclina frente Staphylococcus aureus. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, 34(4), 487-492. https://locus.ufv.br//handle/123456789/16966

Andrea, M. P. M., & Cynthia, G. V. (2014). Bacterias gram negativas. Revista de Actualización Clínica, 49, 2609-2613. http://www.revistasbolivianas.org.bo/pdf/raci/v49/v49_a05.pdf

Badke, M. R., Budó, M. D. L. D., Silva, F. M. D., & Ressel, L. B. (2011). Plantas medicinais: o saber sustentado na prática do cotidiano popular. Escola Anna Nery, 15(1), 132-139. https://doi.org/10.1590/S1414-81452011000100019

Basso, M. E., Pulcinelli, R. S. R., Aquino, A. R. C., & Santos, K. F. (2016). Prevalência de infecções bacterianas em pacientes internados em uma unidade de terapia intensiva (UTI). RBAC, 48(4), 383-8. https:/doi.10.21877/2448-3877.201600307

Botrel, N., & Oliveira, V. R. (2012). Cultivares de cebola e alho para processamento. In Embrapa Hortaliças-Artigo em anais de congresso (ALICE). Horticultura Brasileira, Brasília, DF, 30(2), 8420-8434. https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/940923/1/PAL41CBO522012.pdf

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução Da Diretoria Colegiada - RDC N° 26, De 13 De Maio De 2014. Pág. 1, Art. 2º, § 1º. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2014/rdc0026_13_05_2014.pdf

Burian, J. P. (2016). Efeito imunomodulatório e controle da infecção fúngica do extrato de alho (Allium sativum L.) em modelo murino de esporotricose. repositório institucional UNESP, Araraquara. http://hdl.handle.net/11449/138189.

Cabral, C., & Pita, R, J. (2015). "Alcalóides – Relevância na Farmácia e no Medicamento. Centro de estudos interdisciplinares do século XX - Grupo de história e sociologia da ciência e da tecnologia Ciclo de exposições. https://www.uc.pt/ffuc/patrimonio_historico_farmaceutico/exposicoes/exposicoestemporarias/1exposicao.pdf

Caetano, G. M., Garcia, G. A., Gonçalves, T. B., & da Silva, J. L. M. (2021). Atividade Antifúngica Do Alho (Allium Sativum) Sobre Candida Albincans/Antifungal Activity Of Garlic (Allium Sativum) About Candida Albicans. Revista Brasileira Multidisciplinar (ReBram), 24(1), 112-127. https://revistarebram.com/index.php/revistauniara

Caldas, F. F, Silva Filho, J. P, Rodrigues, C. A. R, & da Silva, D. P (2019). Atividade antimicrobiana do alho (Allium sativum L.) frente a bactéria causadora de infecção do trato urinário. Journal of Biotechnology and Biodiversity, 7(1), 217-224. DOI: https://doi.org/10.20873/jbb.uft.cemaf.v7n1.caldas

Cruz, A. C. R. D. (2015). Potencial terapêutico do alho. Instituto Superior De Ciências Da Saúde Egas Moniz. http://hdl.handle.net/10400.26/11322

Cruz, A. J., Brito, I. P., Sobral, M. A., Sousa, A. T., Alves, E. F., Andreza, R. D. S., & Aquino, P. E. (2016). Avaliação da atividade antibacteriana e moduladora dos extratos metanólico e hexânico da folha de Allium cepa. Ciencias de la salud, 14(2), 191-200. doi.org/10.12804/revsalud14.02.2016.04

Cunha, A. L., Moura, K. S., Barbosa, J. C., & dos Santos, A. F. (2016). Os metabólitos secundários e sua importância para o organismo. Diversitas Journal, 1(2), 175-181. https://doi.org/10.17648/diversitas-journal-v1i2.332

Felix, A. L., Medeiros, I. L., & de Medeiros, F. D. (2018). Allium Sativum: uma nova abordagem frente a resistência microbiana-uma revisão. Brazilian Journal of Health Review, 1(1), 201-207. https://www.brazilianjournals.com/index.php/BJHR/article/view/662/562

Figueredo, C. A. D., Gurgel, I. G. D., & Gurgel Junior, G. D. (2014). A Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos: construção, perspectivas e desafios. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 24, 381-400. https://doi.org/10.1590/S0103-73312014000200004

Fonseca, A., Quefi, B., Alcócer, J. C., Pinto, O. & Carvalho, R. M. (2019). Análise fitoquímica e atividades biológicas do alho. Enciclopédia Biosfera, 16(29), 156. DOI: 10.18677/EnciBio_2019A10

Fonseca, G. M., Passos, T. C., Ninahuaman, M. F. M. L., Caroci, A. S., & Costa, L. S. (2014). Avaliação da atividade antimicrobiana do alho (Allium sativum Liliaceae) e de seu extrato aquoso. Revista brasileira de plantas medicinais, 16, 679-684. https://doi.org/10.1590/1983-084X/12_150

Foster, T. J., & Geoghegan, J. A. (2015). Chapter 37-Staphylococcus aureus. Molecular Medical Microbiology, 2nd ed.; Tang, Y.-W., Sussman, M., Liu, D., Poxton, I., Schwartzman, J., Eds, 655-674. Academic Press: Boston, NY, USA, p. 655–674. https://doi.org/10.1016/B978-0-12-397169-2.00037-8

Freire, J. C. P., Nóbrega, M. T. C., de Oliveira-Júnior, J. K., Freire, S. C. P., Ribeiro, E. D., & de Oliveira Lima, E. (2016). Atividade antifúngica de fitoterápicos sobre espécies de Candida: uma revisão de literatura. Archives Of Health Investigation, 5(6). 307-310 http://dx.doi.org/10.21270/archi.v5i6.1790Arch

Goés, A. C. C., da Silva, L. S. L., & de Castro, N. J. C. (2019). Uso de plantas medicinais e fitoterápicos: saberes e atos na Atenção Primária à Saúde. Revista de Atenção à Saúde. 17(59) 2359-4330. https://doi.org/10.13037/ras.vol17n59.5785

Kallel, F., Driss, D., Chaari, F., Belghith, L., Bouaziz, F., Ghorbel, R., & Chaabouni, S. E. (2014). Garlic (Allium sativum L.) husk waste as a potential source of phenolic compounds: Influence of extracting solvents on its antimicrobial and antioxidant properties. Industrial Crops and Products, 62, 34-41. https://doi.org/10.1016/j.indcrop.2014.07.047

Kifayatullah, M., Senguptha, P., Mustafa, M. S., Das, S. K., & Sisugoswomi, M. (2015). Evaluation of ethanolic extract of Pericampylus glaucus (Lamk.) Merr for total phenolic, total flavonoids contents and in-vitro anti-oxidant activity. International Journal of Pharmacognosy and Phytochemical Research, 7, 677-683.

Kumar, S. M., Kumar, V. A., Natarajan, P., & Sreenivasan, G. (2018). Antifungal efficacy and the mechanical properties of soft liners against Candida albicans after the incorporation of garlic and neem: An in vitro study. Journal of International Society of Preventive & Community Dentistry, 8(3), 212. DOI: 10.4103 / jispcd.JISPCD_343_17

Lawal, B., Shittu, O. K., Oibiokpa, F. I., Mohammed, H., Umar, S. I., & Haruna, G. M. (2016). Antimicrobial evaluation, acute and sub-acute toxicity studies of Allium sativum. Journal of Acute Disease, 5(4), 296-301. https://doi.org/10.1016/j.joad.2016.05.002

Li, W. R., Shi, Q. S., Dai, H. Q., Liang, Q., Xie, X. B., Huang, X. M., ... & Zhang, L. X. (2016). Antifungal activity, kinetics and molecular mechanism of action of garlic oil against Candida albicans. Scientific Reports, 6(1), 1-9. http://dx.doi.org/10.1038/srep22805

Lima, M. F. P., Borges, M. A., Parente, R. S., Victoria, R. C. V., & De Oliveira, M. E. (2015). Staphylococcus aureus e as infecções hospitalares–Revisão de Literatura. Revista Uningá Review, 21(1). http://34.233.57.254/index.php/uningareviews/article/view/1616/1227

Lima, A. A., Alexandre, U. C., & Santos, J. S. (2021). O uso da maconha (Cannabis sativa L.) na indústria farmacêutica: uma revisão. Research, Society and Development, 10(12), e46101219829-e46101219829 http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v10i12.19829

Lozano, A. F. Q., Bagne, L., & Hora, D. (2015). Uma abordagem dos efeitos terapêuticos do Allium sativum (alho) no sistema imunológico. Revista Científica da FHO| UNIARARAS v, 3(1). http://www.uniararas.br/revistacientifica/_documentos/art.9-3-1.pdf

Menezes, J. M. R., Porto, M. L. S., & Pimenta, C. L. R. (2016). Perfil da infecção bacteriana em ambiente hospitalar. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, 15(2), 204-207. https://periodicos.ufba.br/index.php/cmbio/article/download/15027/12746

Milani, H. L., Teixeira, A. X. V., de Sousa, E. C., de Abreu, V. A., & Ninahuaman, M. F. M. L. (2016). Avaliação da atividade antimicrobiana in vitro do alho (Allium sativum) in natura. Acta Scientiae Biological Research, 1(1), 47-58. https://www.revistas.unasp.edu.br/acb/article/view/732

Oliveira, E. B., da Silva Cavalcante, L. B., & Ribeiro, D. L. R. (2021). Atividade antimicrobiana do Allium Sativum em combate a Cândida Albicans e Staphylococcus Aureus: uma revisão de literatura. Brazilian Journal of Development, 7(1), 9205-9231. http://dx.doi.org/10.34117/bjdv7n1-623

Pigatto, G., Lovison, O. V. A., & Cattani, F. (2019). Prevalência de infecções fúngicas em um laboratório de análises clínicas da cidade de Veranópolis, Rio Grande do Sul. Revista Brasileira Análises Clínica. 51(3): 202-207. http://dx.doi.org/10.21877/2448-3877.201900794

Ribeiro, B. D. (2012). Estratégias de Processamento Verde de Saponinas da Biodiversidade Brasileira. Escola de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 187. http://tpqb.eq.ufrj.br/download/processamento-verde-de-saponinas.pdf

Rivaroli, D. C. (2014). Níveis de óleos essenciais na dieta de bovinos de corte terminados em confinamento: desempenho, características da carcaça e qualidade da carne. Repositório institucional, UNESP. Botucatu. http://hdl.handle.net/11449/95277

Santana, D. P., Ribeiro, E. L., Menezes, A. C. S., & Naves, P. L. F. (2013). Novas abordagens sobre os fatores de virulência de Candida albicans. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, 12(2), 229-233. http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23079

Santos, D. S., & Rodrigues, M. M. F. (2017). Atividades farmacológicas dos flavonoides: um estudo de revisão. Estação Científica (UNIFAP), 7(3), 29-35. ttp://dx.doi.org/10.18468/estcien.2017v7n3.p29-35

Santos, J. C., Carvalho Filho, C. D., Barros, T. F., & Guimarães, A. G. (2011). Atividade antimicrobiana in vitro dos óleos essenciais de orégano, alho, cravo e limão sobre bactérias patogênicas isoladas de vôngole. Semina: Ciências Agrárias, 32(4), 1557-1564. http://dx.doi.org/10.5433/1679-0359.2011v32n4p1557

Silva, P. L., Silva, E. M., do Carmo, M. D. G. T., & de Souza Cardoso, F. (2016). Fitoterapia, Allium sativum e hipercolesterolemia: uma revisão. Revista de Atenção à Saúde, 14(49), 78-83. https://doi.org/10.13037/ras.vol14n49.3746

Souza, L. C. D. (2019). Atividade antifúngica de extrato Hidroalcóolico de alho em matriz de gel contra Candida albicans. Repositório Institucional, Mangabeira. http://dx.doi.org/131.0.244.66:8082/jspui/handle/123456789/1924.

Taylor T. A, Unakal C. G. (2017). Staphylococcus Aureus. Livro da In: StatPearls. StatPearls Publishing, Treasure Island (FL). https://europepmc.org/article/nbk/nbk441868

Teixeira, C. C. L. (2020). A Fitoterapia Como Alternativa Terapêutica: O Alho Bravo (Mansoa Sp) E Seus Constituintes Químicos. Repositório Instrucional da UFPI. Teresina. https://repositorio.ufpi.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/2299/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20%20FINAL%20CAPA%20DURAOK.pdf?sequence=1

Tomczak, M., & Reichert, S. Estudos Fitoquímicos Adicionais com as folhas E. Itajai. https://www.greenmebrasil.com/wp-content/uploads/2016/10/Marcelo-Tomczak-Simone-Reichert.pdf

Veríssimo, C., Sabino, R., Martins, C., & Brandão, J. (2016). Infecção fúngica em Portugal-o gigante adormecido. Infeção e Sepsis, 2, 19-27.

Downloads

Publicado

27/10/2021

Como Citar

LEITE, A. S. .; SANTOS, J. S. Potencial antimicrobiano de Allium sativum L.: uma revisão. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 14, p. e108101421699, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i14.21699. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/21699. Acesso em: 27 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão