Qualidade de Sono, desejos alimentares e marcadores bioquímicos de inflamação em profissionais de Saúde
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22419Palavras-chave:
Inflamação; Transtornos do Sono do Ritmo Circadiano; Modalidades Alimentares; Impedância Elétrica.Resumo
O desejo por alimentos ocorre para aqueles alimentos que são mais palatáveis, altamente processados, com altos níveis de carboidratos e açúcares refinados e/ou gordura. Já é consolidada a relação direta entre alterações no estado nutricional ideal (como a obesidade) e as doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, metabólicas e inflamatórias e o aumento do estresse oxidativo, entretanto, para a análise da qualidade do sono ainda há poucas evidências. Delinear o perfil do estado nutricional, desejo alimentar, marcadores bioquímicos de inflamação e de qualidade sono em profissionais de saúde de um hospital universitário. Este estudo piloto teve caráter transversal, quantitativo e prospectivo. Os participantes recrutados estavam vinculados a um Hospital Universitário Brasileiro. A população alvo foi composta por profissionais de saúde do corpo clínico hospitalar, com admissão realização pelo menos de seis meses anteriores ao início da pesquisa. Foram aplicados questionários para mensuração dos Desejos Intensos por Comida – questionários de Traço e Estado; inflamação, registrados conjuntamente com os dados sociodemográficos e de composição corporal a partir de bioimpedância. Para avaliação do sono, utilizou-se o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh e da Escala de Sonolência de Epworth. Foram encontradas correlações estatisticamente significativas entre inflamação, qualidade de sono, ângulo de fase e percentual de gordura corporal. Infere-se que os desejos alimentares em grau moderado influenciam na qualidade de sono ruim, perfil bioquímico de inflamação e na composição corporal dos profissionais de saúde. Sugerimos mais estudos de intervenções longitudinais que possam avaliar estas relações à longo prazo.
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