Neurociência e educação: um mapeamento sobre influências, conexões e desafios para o ensino-aprendizagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.22458

Palavras-chave:

Cérebro; Neurociência cognitiva; Neuroeducação; Metodologias de aprendizado; Formação de professores.

Resumo

Estudos neurociêntíficos, especialmente na área de cognição, possuem importantes contribuições para o processo de ensino-aprendizagem, o que torna necessário o desenvolvimento de investigações que se debrucem nas conexões entre os saberes neurológicos e pedagógicos. Sendo assim, este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica integrativa de artigos científicos que mostram a importância da neurociência na eficiência dos processos educacionais. A busca de dados foi realizada no Google Scholar, enquanto a análise seguiu as diretrizes de mapeamento propostas por Biembengut. Um total de 12 artigos foram mapeados, produzidos entre 2003-2017, os quais demonstram um percurso histórico da neurociência (descobertas, aplicações e limitações), bem como, as várias contribuições desta área para o embasamento de metodologias mais eficientes de ensino, bem como, a importância da implementação de componentes curriculares com as bases neurais do aprendizado, dentro dos cursos de formação de professores. A pesquisa revela, portanto, a potencialidade da neurociência como facilitadora do processo de ensino-aprendizagem, que não é implementada de modo eficaz, possivelmente devido as dificuldades epistemológicas em sintonizar neurobiologia e educação.

Referências

Aguiar, A. & Baillargeon, R. (2002). Developments in Young infants’ reasoning about occluded objects. Cognitive Psychology, 45(2): 267-336.

Andrade, P. E. & Prado, P. S. T. (2003). Psicologia e Neurociência cognitivas: Alguns avanços recentes e implicações para a educação. Interação em Psicologia, 7: 73-80.

Baiardi, A. (2014). Gênese e evolução da agricultura familiar: desafios na realidade brasileira e as particularidades do semiárido. Revista Econômica do Nordeste, Salvador, 45: 143-156.

Bartoszeck, A. B. (2015). Neurociência na Educação. Disponível em: <http://www.geocities.ws/flaviookb/neuroedu.pdf.>. Acesso em: 21 de setembro de 2018.

Bartoszeck, A. B. (2014). Neurociências, Altas Habilidades e implicações no currículo. Revista Educação Especial, 27: 611-626.

Bartoszeck, A. B. & Bartoszeck, F. K. (2009). Percepção do professor sobre neurociência aplicada à educação. EDUCERE- Revista da Educação, Umuarama, 9: 7-32.

Benarós, S. et al. (2010). Neurociência y educación: hacia la construcción de puentes interactivos. Revista de neurologia, Buenos Aires, 50: 86–179.

Biembengut, M. S. (2007). Modelagem matemática & Implicações no Ensino e na Aprendizagem de Matemática. 2. ed. Blumenau: Edifurb.

Carvalho, F. A. H. (2010). Neurociências e educação: uma articulação necessária na formação docente. Trabalho, Educação e Saúde, 8: 537-550.

Chiaro, S. & Leitão, S. (2005). O papel do professor na construção discursiva da argumentação em sala de aula. Psicologia: reflexão e crítica, 18(3): 350-357.

Grossi, M. G. R. & Leroy, F. S. & Almeida, R. B. S. (2015). Neurociência: contribuições e experiências nos diversos tipos de aprendizagem. Abakós, Belo Horizonte, 4: 34-50.

Kubo, O. M. & Botomé, S. P. (2001). Ensino-aprendizagem: uma interação entre dois processos comportamentais. Interação em Psicologia, 5(1).

Markova, D. (2000). O natural e ser inteligente: padrões básicos de aprendizagem a serviço da criatividade e educação. São Paulo: Summus.

Noronha, F. (2012). Contribuições da Neurociência para a Formação de Professores. Disponível em: . Acesso em: 30 de outubro de 2018.

Oliveira, G. G. (2014). Neurociências e os processos educativos: um saber necessário na formação de professores. Educação Unisinos, 18: 13-24.

Piaget, J. & Szeminska, A. (1941/1981). A gênese do número na criança (3ª ed.). (C. M. Oiticica, Trad.). Rio de Janeiro: Zahar Editores.

Rato, J. R. & Caldas, A. C. (2010). Neurociências e educação: Realidade ou ficção?, In: Actas do VII Simpósio Nacional de Investigação em Psicologia Universidade do Minho.

Rotta, N. T. & Ohlweiler, L. & Riesco, R. S. (2015). Transtornos da Aprendizagem: Abordagem neurobiológicas e multidisciplinar. 2. ed. Editora Artmed.

Santiago, C. O. J. & Herran, V. C. S. (2017). Neurociência cognitiva e educação infantil: possibilidades de Aprendizado. Amazônica-Revista de Psicopedagogia, Psicologia escolar e Educação, 19: 53-63.

Silva, C. L. (2012). Professores pensando sobre neurociência e educação. Revista acadêmica de Educação do ISE Vera Cruz, 2: 232-247.

Silva, F. & Morino, C. R. I. (2012). A importância das neurociências na formação de professores, Momento-Diálogos em Educação, Rio Grande, 21: 29-50.

Vigostky, L. S. (1992). Aprendizagem e desenvolvimento intelectual na idade escolar. In: VIGOSTKY, Lev S.; LURIA, Alexander; LEONTIEV, Alexis. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 4. ed. São Paulo: Ícone.

Zaro, M. A. et al. (2010). Emergência da Neuroeducação: a hora e a vez da neurociência para agregar valor à pesquisa educacional. Ciências & Cognição, 15: 199-210.

Downloads

Publicado

05/01/2022

Como Citar

OLIVEIRA, M. G. S. de .; NOGUEIRA, E. M. de S.; VASCO-DOS-SANTOS, D. R.; LOPES, I. V. .; SOUZA, J. G. da S. G. de .; GUTZEIT, E. M. .; LOPES, T. V. . Neurociência e educação: um mapeamento sobre influências, conexões e desafios para o ensino-aprendizagem. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 1, p. e21811122458, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i1.22458. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/22458. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde