O efeito dos exopolissacarídeos obtidos a partir de bactérias ácido lácticas como prebiótico: uma revisão sistemática
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.22547Palavras-chave:
Bactéria ácido lática; Exopolissacarídeo; Prebiótico.Resumo
Exopolissacarídeos de bactérias ácido láticas são biopolímeros conhecidos pela diversidade estrutural e devido a isto eles apresentam vários efeitos benéficos a saúde humana, podendo atuar como imunomoduladores, antioxidantes, antitumorais etc. Sabe-se que os exopolissacarídeos também auxiliam no equilíbrio da microbiota intestinal, porém ainda não há constatação de que seja por efeito prebiótico. Sendo assim, este estudo teve por objetivo avaliar o desempenho dos exopolissacarídeos produzidos por Bactérias ácido láticas como prebióticos por meio de uma revisão sistemática de literatura. A revisão foi realizada adotando a estratégia PRISMA. Foram coletados estudos realizados entre 2011 e 2020, utilizando 4 diferentes bases de dados. As palavras chaves empregadas foram: “exopolysaccharides”, “prebiotics”, “prebiotic potential”, “prebiotic effects”, “lactic acid bacteria” e “probiotics”. Foram analisadas ao todo, 7 referências relativas aos efeitos prebióticos de EPS em geral, e destes poucos realizaram estudos clínicos randomizados e controlados. Embora os EPS estudados tenham apresentado características típicas de um prebiótico, ainda há a necessidade de estudos futuros com melhor delineamento experimental para verificar com maior precisão esses efeitos, bem como a determinação da duração e dosagens adequadas.
Referências
Adesulu-Dahunsi, A. T., Jeyaram, K., Sanni, A. I., & Banwo, K. (2018). Production of exopolysaccharide by strains of Lactobacillus plantarum YO175 and OF101 isolated from traditional fermented cereal beverage. PeerJ INC. 6, e5326. doi: 10.7717/peerj.5326
Arora, K., Green, M., & Prakash, S. (2020). The Microbiome and Alzheimer’s Disease: Potential and Limitations of Prebiotic, Synbiotic, and Probiotic Formulations. Front. Bioeng. Biotechnol. 8:537847. doi: 10.3389/fbioe.2020.537847
Caggianiello, G., Kleerebezem, M., & Spano, G. (2016). Exopolysaccharides produced by lactic acid bacteria: from health-promoting benefits to stress tolerance mechanisms. Applied Microbiology and Biotechnology. 100(9), 3877–3886. doi:10.1007/s00253-016-7471-2
Daba, G. M., Elnahas, M. O., & Elkhateeb, W. A. (2021). Contributions of exopolysaccharides from lactic acid bacteria as biotechnological tools in food, pharmaceutical, and medical applications. International Journal of Biological Macromolecules. 173, 79–89. doi:10.1016/j.ijbiomac.2021.01.110
Das, D., Baruah, R., & Goyal, A. (2014). A food additive with prebiotic properties of an α-d-glucan from Lactobacillus plantarum DM5. International Journal of Biological Macromolecules. 69, 20–26. doi:10.1016/j.ijbiomac.2014.05.029
Gao, Z., Fang, Y., Cao, Y., Liao, H., Nishinari, K., & Phillips, G. O. (2017). Hydrocolloid-food component interactions. Food Hydrocolloids. 68, 149–156. doi 10.1016/j.foodhyd.2016.08.042
Gibson, G. R., Hutkins, R., Sanders, M. E., Prescott, S. L., Reimer, R. A., Salminen, S. J., Scott, K., Stanton, C., Swanson, K. S., Cani, P. D., Verbeke, K., & Reid, G. (2017). Expert consensus document: The International Scientific Association for Probiotics and Prebiotics (ISAPP) consensus statement on the definition and scope of prebiotics. Nature Reviews Gastroenterology & Hepatology. 14, 491-502. doi:10.1038/nrgastro.2017.75
Grosu-Tudor, S. S., Zamfir, M., Meulen, R. V. D., Falony, G., & Vuyst, L. D. (2013). Prebiotic potential of some exopolysaccharides produced by lactic acid bacteria. Romanian Biotechnological Letters. 18 (5), 8666-8676. Retrieved from
Guarner, F., Sanders, M. E., Eliakim, R., Fedorak, R., Gangl, A., Garisch, J., Kaufmann, P., Karakan, T., Khan, A. G., Kim, N., Paula, J. A. de., Ramakrihna, B., Shanahan, F., Szajewska, H., Thomson, A., & Mair, A. L. (2017). Probiotics and prebiotics. World gastroenterology organization. Retrieved set.2021, from: https://www.worldgastroenterology.org/UserFiles/file/guidelines/probiotics-and-prebiotics-english-2017.pdf
Hongpattarakere, T., Cherntong, N., Wichienchot, S., Kolida, S., & Rastall, R. A. (2012). In vitro prebiotic evaluation of exopolysaccharides produced by marine isolated lactic acid bacteria. Carbohydrate Polymers, 87(1), 846–852. doi:10.1016/j.carbpol.2011.08.085
Hussein, M. M., Ghaly, M. F., OSMAN, M. Y., Shalaby, A. S. G., & Helal, M. M. I. (2015). Production and prebiotic activity of exopolysaccharides derived from some probiotics. Egyptian Pharmaceutical Journal. 14(1), 1. doi:10.4103/1687-4315.154687
Jindal, N. & Khattar, S. J. (2018). Microbial Polysaccharides in Food Industry. Biopolymers for Food Design, 95-123. doi: 10.1016 / b978-0-12-811449-0.00004-9
Liu, C., Kolida, S., Charalampopoulos, D., & Rastall, R. A. (2020). An evaluation of the prebiotic potential of microbial levans from Erwinia sp. 10119. Journal of Functional Foods. 64, 103668. doi:10.1016/j.jff.2019.103668
Lybch, K. M, Coffey, A., & Arendt, E. K. (2018). Exopolysaccharide producing lactic acid bacteria: Their technofunctional role and potential application in gluten-free bread products. Food Research International. 110, 52-61. Doi: 10.1016/j.foodres.2017.03.012
Maldonado-Contreras, A., Noel, S. E, Ward, D. V, Velez, M., & Mangano, K. M. (2020). Associations between Diet, the Gut Microbiome, and Short-Chain Fatty Acid Production among Older Caribbean Latino Adults. Journal of the academy of nutrition and dietetics. 112(120), 2047-2060. doi: 10.1016 / j.jand.2020.04.018
Moher, D., Liberati, A., Tetzlaff, J., & Altman, D. G. (2009). Preferred reporting items for systematic reviews and meta-analyses: the PRISMA statement. PLoS medicine. 62 (10), 1006–1012. doi: 10.1016 / j.jclinepi.2009.06.005
Renschler, M. A., Wyatt, A., Anene, N., Robinson-Hill, R., Pickerill, E. S., Fox, N. E., Griffith, J. A., & McKillip, J. L. (2020). Using nitrous acid-modified de Man, Rogosa, and Sharpe medium to selectively isolate and culture lactic acid bacteria from dairy foods. Journal of Dairy Science. 103(2). doi:10.3168/jds.2019-17041
Tang, W., Zhou, J., Xu, Q., Dong, M., Fan, X., Rui, X., Zhang, Q., Chen, X., Jiang, M., Wu, J., & Li, W. (2020¹). In vitro digestion and fermentation of released exopolysaccharides (r-EPS) from Lactobacillus delbrueckii ssp. bulgaricus SRFM-1. Carbohydrate Polymers. 230, 115593. doi:10.1016/j.carbpol.2019.115593
Tang, W., Han, S., Zhou, J., Xu, Q., Dong, M., Fan, X., Rui, X., Zhang, Q., Chen, X., Jiang, M., Wu, J., & Li, W. (2020²). Selective fermentation of Lactobacillus delbrueckii ssp. Bulgaricus SRFM-1 derived exopolysaccharide by Lactobacillus and Streptococcus strains revealed prebiotic properties. Journal of Functional Foods. 69, 103952. doi:10.1016/j.jff.2020.103952
Zhou, Q., Feng, F., Yang, Y., Zhao, F., Du, R., Zhou, Z., & Han, Y. (2018). Characterization of a dextran produced by Leuconostoc pseudomesenteroides XG5 from homemade wine. International Journal of Biological Macromolecules, 107, 2234–2241. doi:10.1016/j.ijbiomac.2017.10.098
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Rejane Gonçalves Monteiro; Elaine Cristina da Silva; Anna Larissa Cerqueira Martins; Ana Lúcia Figueiredo Porto; Maria Taciana Cavalcanti Vieira Soares
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.