Hábito alimentar, consumo de ultraprocessados e sua correlação com o estado nutricional de escolares da rede privada
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2300Palavras-chave:
Escolares; Avaliação nutricional; Alimentação; Industrializados.Resumo
O pres
O presente estudo tem como objetivo avaliar o hábito alimentar, o consumo de alimentos ultraprocessados e sua correlação com o estado nutricional de escolares da rede privada em Teresina - PI. Trata-se de estudo observacional transversal, uma pesquisa de campo descritiva, exploratória, quantitativa, realizada com 82 crianças de 7 a 10 anos, de ambos os sexos, no período de maio de 2019. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com parecer 3.158.930. Foram coletados dados antropométricos, tabulados no Excel 2016 e analisados no SPSS (versão, 20.0) e analisados dois recordatórios de 24 horas para verificação do consumo de alimentos ultraprocessados, utilizando o software Dietbox. Usou-se o teste Qui-quadrado para as variáveis qualitativas e o teste t Student para amostras pareadas com o intuito de verificar diferenças de proporções entre os dados adotando em ambos os testes um nível de significância de p < 0,05. Destacou-se a ocorrência de 24,4% de crianças (n=20) com sobrepeso/obesidade; 12,2% dos escolares (n=10) com excesso de adiposidade abdominal, fator que indica risco para doenças cardiovasculares. Os escolares apresentaram uma maior frequência no consumo de sucos industrializados, leite em pó, seguido dos bolos e biscoitos doces, achocolatado em pó e embutidos. Constatou-se que embora existiu um alto consumo de ultraprocessados, não foram encontradas relações significativas entre o estado nutricional e o consumo desses alimentos. Também foram obeservados taxas de sobrepeso/obesidade e excessos de gordura abdominal preocupantes, visto seu fator importante para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
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