Importância da suplementação com coenzima Q10 no combate aos radicais livres obtidos na atividade física de alta intensidade: uma revisão de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.23056Palavras-chave:
CoenzimaQ10; Antioxidante; Exercício intenso; Estresse Oxidativo.Resumo
Introdução: A atividade física com a devida moderação traz benefícios para nossa saúde. No entanto, quando em excesso provoca um desgaste físico causando vários danos à saúde como lesão muscular, formação de radicais livres, estresse oxidativo e doenças degenerativas. A Coenzima Q10 (CoQ10) é uma benzoquinona essencial a vida, e está presente em todas as células do organismo humano, sendo conhecida pelo seu papel antioxidante, o presente estudo teve como objetivo identificar a relação da suplementação da CoQ10 após intensa atividade física de diferentes modalidades esportivas. Metodologia: Foi realizado um estudo de revisão da literatura em português, inglês e espanhol nas bases eletrônicas Periódicos CAPES, Pubmed, Scientific Eletronic Library On-line (SCIELO) e Scholar Google (Google Acadêmico). Foram selecionados aqueles que atendiam aos critérios de inclusão, como critério de inclusão, os artigos deveriam abordar assuntos relacionados aos descritores já citadas. Resultado: Exercícios físicos que ultrapassam o limite fisiológico, overtraining, tendem a promover um aumento na produção de radicais livres conhecidos como Espécies Reativas de Oxigênio (EROS) no organismo, os quais quando não neutralizados podem iniciar um processo deletério nas células e tecidos, ocasionando várias doenças degenerativas. A CoQ10 é uma substância produzida pelo nosso organismo, podendo também ser adquirida de fontes exógenas. Essa apresenta potente ação antioxidante e representa um componente-chave da cadeia respiratória mitocondrial gerando energia. Conclusão: De acordo com os trabalhos estudados, observou-se que a CoQ10 apresenta potente ação antioxidante no combatendo aos radicais livres, que são formados em praticantes de atividade física intensa.
Referências
Alvarenga, L. F. (2020). Os efeitos da suplementação de coenzima q10 na terapêutica da insuficiência cardíaca: uma revisão bibliográfica. 15p. Monografia. Centro Universitário De Brasília – Uniceub.
Annesley, S. J. & Fisher, P. R. (2019). Mitocôndrias na saúde e na doença. Células. 8(7): 680. doi:10.3390 / cells8070680.
Barbosa, K. B. F., Costa, N. M. B. & Alfenas, R. C. G. (2010). Estresse oxidativo: conceito, implicações e fatores modulatórios. Rev. Nutr. Campinas. 23(4), 629-43.
Bhagavan, H. & Chopra, R (2007). Plasma coenzyme Q10 response to oral ingestion of coenzyme Q10 formulation. Mithocondrion, 7(S), pp. S72-S88.
Bianchi, M. L. P. & Antunes, L. M. G. (1999). Radicais livres e os principais antioxidantes da dieta. Rev Nutr. 12(2):123-30.
Brito, J. V. R., Jesus, F. M., Beserra, J. F. & Eduardo, A. M. L. N. (2019). Suplementação De Ômega-3 Em Praticante De Exercício Físico Intenso. REVISA. 8(2):215-27.
Chaturvedi, R. K. & Beal, M. F. (2008). Mitochondrial approaches for neuroprotection. Ann N Y Acad Sci.1147:395-412.
Cooke, M., Iosia, M., Buford, T. et al (2008). Effects of acute and 14-day coenzyme Q10 supplementation on exercise performance in both trained and untrained individuals. Journal of the International Society of Sports Nutrition. vol. 5, n. 8, p.1-14.
Ferreira, J. G. S., et al (2020). Envelhecimento e a influência degenerativa dos radicais livres nesse processo. VII Congresso Internacional de Envelhecimento Humano. ISSN 2318-0854.
Friesen, D. E., Craddock T. J., Kalra A. P., et al (2015). Biological wires, communication systems, and implications for disease. Rev. ScienceDirect. 127:14-
Goldfarb A. H. Antioxidants (1993). role of supplementation to prevent exercise-induced oxidative stress. Med Sci Sports Exerc; 25:232-6.
Guimarães, M. R. M. & Vianna, L. M. A. (2013). Estresse oxidativo e suplementação de antioxidantes na atividade física: uma revisão sistemática. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte. v. 12, n. 2.
Jacobs, M. A. P. & Accursio, W. (2020). Coenzima Q10: Aplicações clínicas. BWS Journal. Novembro; 3, e201100129: 1-7.
Kon, M., Tanabe, K., Akimoto, T., et al (2008). Reducing exercise-induced muscular injury in kendo athletes with supplementation of coenzyme Q10. The British Journal of Nutrition, v. 100, n. 4, p. 903-909.
Kumar, A., Kaur, H., Devi, P. & Mohan, V. (2009). Role of coenzyme Q10 (CoQ10) in cardiac disease, hypertension and Meniere-like syndrome. Pharmacol Ther. 124(3):259-68.
Littarru, G. P. & Tiano, L. (2010). Clinical aspects of coenzyme Q 10: an update. Nutrition. 26:250–254. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16205466/
Lorenzeti, F. M., Lima, W. P., Zanuto, R. et al (2011). O exercício físico modulando alterações hormonais em vias metabólicas dos tecidos musculoesquelético, hepático e hipotalâmico relacionado ao metabolismo energético e consumo alimentar. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício. v. 10, n. 3, p. 172-177.
Miles, M. (2007) The uptake and distribution of coenzima Q10. Mithocondrion, 7(S), pp. S72-S77.
Murray, A. J. & Horscroft, J. A. (2015). Mitochondrial function at extreme high altitude. J Physiol. Epub. doi: 10.1113/ JP270079.
Oliveira, C. I. A. (2012). Aspectos Farmácologicos Da Coenzima Q10. 85p. Monografia (Mestrado Ciências Farmaceúticas). Universidade Fernando Pessoa.
Orlando, P., Silvestri, S., Galeazzi, R., et al (2018). Efeito da suplementação de ubiquinol sobre os índices de estresse bioquímico e oxidativo após exercício intenso em jovens atletas. Redox Report. v. 23, n. 1, p.136–145.
Pedroso, C. O., Vicenzi, K. & Zanette, C. (2015). Efeitos do estresse oxidativo e o uso de suplementação entre atletas. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. v. 9. n. 53. p.480-490. ISSN 1981-9927.
Pereira, M. B. P. (2013). O papel dos antioxidantes no combate ao estresse oxidativo observado no exercício físico de musculação. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. v. 7. n. 40. p.233-245. Jul/Ago. ISSN 1981-9927.
Pereira, B. (2015). Biogenêse mitocondrial e exercício físico: hipótese do acoplamento elétrico-transcripcional. Rev Bras Educ Fís Esporte, São Paulo, v.17, n.1 p. 2-13.
Pinho, W. L. & Silva, A. P. R. (2013). Efeitos do exercício físico sobre a formação de espécies reativas de oxigênio e os compostos antioxidantes da dieta. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva. São Paulo. v. 7. n. 37. p.77-87. ISSN 1981-9927.
Pingitore, A., Lima, G. P., Mastorci, F., Quinones, A., Iervasi, G. & Vassalle, C. (2015). Exercise and oxidative stress: potentialeffects of antioxidant dietary strategies in sports. Nutrition (Burbank, Los Angeles County, Calif.), 31(7-8), 916922. https://doi.org/10.1016/j.nut.2015.02.005
Pinto, E. F., Felipe, T. R., et al (2014). Avaliação do conhecimento e consumo de antioxidantes por atletas lutadores de artes marciais. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício - Volume 13 Número 3.
Porsch, L., Simas, L. A. W. & Granzoti, R. O. C. (2019). Estresse Oxidativo E O Seu Impacto No Envelhecimento: Uma Revisão Bibliografica. Revista eletrônica. Brazilian Journal of Natural Sciences. ISSN: 2595-0584 - V.2 - N.2.
Santos, R. L. (2012). Trabalho de conclusão. Curso de Habilitação em Medicina Biomolecular. Estratégia Terapêutica Regulamentada na Resolução 1500/1998.
Silva, W. J. M. & Ferrari C. K. B. (2011). Metabolismo Mitocondrial, Radicais Livres e Envelhecimento. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol, Rio De Janeiro, 14(3):441-451.
Silva, F. B. F., Medeiros, H. C. D. Guelfi, M., et al (2015). Effect of coenzyme q10 in the l-thyroxine-induced oxidative damage on rat soleus muscle. Rev. Bras Med Esporte. v. 21, n. 2.
Silva, R. E., Larsson, N. G. & Mourier, A. (2016). Bioenergetic roles of mitochondrial fusion. Biochimica et Biophysica Acta - Bioenergetics, v. 1857, n. 8, p. 1277–1283.
Souza, L. M. V., Costa, R. A., Santos, J. D. M., et al (2020). Treinamento intervalado de alta intensidade e estresse oxidativo: uma breve apresentação. Research, Society and Development, v. 9, n.8, e 74198647, (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: http://dx.doi.org/10.33448/rsd-v9i8.6478
Telesi, M. & Machado, F. A. (2008). A influência do exercício físico e dos sistemas antioxidantes na formação de radicais livres no organismo humano. SaBios - Rev. Saúde e Biologia. vol. 3. n. 1. p. 40-49.
Vasconcelos, T. B., Cardoso, A., Josino, J. B. et al (2014). Radicais Livres e Antioxidantes: Proteção ou Perigo? UNOPAR Cient Ciênc Biol Saúde. 16(3):213-9.
Verazaluce, J. J. G. (2015). Efecto del Phlebodium decumanum y de la coenzima q10 sobre el rendimiento deportivo en jugadores profesionales de voleibol. Nutr Hosp. 31(1):401-414.
Wallace, DC & Chalkia, D. (2013). Mitochondrial DNA genetics and the heteroplasmy conundrum in evolution and disease. Cold Spring Harbor perspectives in biology, v. 5, n. 11, p. a021220.
Wasserman, K. & Hansen, J. E., Sue, D. Y. et al (2012). Principles of Exercise Testing and Interpretation: including pathophysiology and clinical aplications, 5th edition. Lippincott Williams & Wilkins.
Zaki, N. M. (2016). Strategies for oral delivery and mitochondrial targeting of CoQ10. Drug Delivery. v. 23, p.1868-1881.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Jaqueline dos Santos Silva; Thedemur Fortunato Soares de Oliveira; Maria Betânia Melo de Oliveira; Sivoneide Maria da Silva ; Caio Rodrigo Dias de Assis; Hévellin Talita Sousa Lins; Renata Pereira Lima da Silva; Tainara Fernandes Dantas; Karolayne Silva Souza ; Milena Roberta Freire da Silva; Ana Vitória Araújo Lima; Rafael Artur de Queiroz Cavalcanti de Sá; Rodrigo Reges dos Santos Silva; Danielly Lima da Silva; Elisa Santiago Pereira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.