Trombose venosa profunda relacionada ao ciclo gravídico-puerperal e alterações fisiopatológicas com o advento do COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i15.23097Palavras-chave:
Trombose Venosa Profunda; Gravidez; COVID-19.Resumo
Objetivo: Avaliar os principais fatores de risco para Trombose Venosa Profunda (TVP) em pacientes gestantes e puérperas e se há relação do COVID-19 com elevação dos casos. Metodologia: Revisão sistemática de literatura, no qual foram realizadas buscas nas plataformas eletrônicas PubMed, LILACS e Scielo, utilizando os descritores: deep venous thrombosis, pregnancy e COVID-19. Resultados: A amostra resultou em 15 artigos. 93,3% das pesquisas afirmam que mulheres no período gestacional ou puerperal apresentam maior probabilidade de desenvolver TVP devido a alterações fisiológicas do período, com 26,6% dos estudos totais demonstrando fatores de risco para piora do quadro, como cardiopatias, gestação em idade superior a 35 anos, parto cesárea, cirurgia recente entre outros. Não foi relatado em nenhum estudo o aumento de incidência dos casos de TVP em gestantes infectadas pelo vírus SARS-CoV-2, contudo 20% dos artigos demonstram o aumento do número de complicações associadas a infecção, como parto prematuro, aborto e óbito fetal. Conclusão: Há riscos elevados para eventos trombóticos na gestação, especialmente em gestantes com fatores de agrave, como os desencadeadores da tríade de Virchow (estase, hipercoagulação e dano vascular), com a necessidade de atenção especial a essas pacientes. Não há associação estabelecida entre aumento de casos de TVP com infecção por COVID-19, recomendado o uso profilático de Heparina de Baixo Peso Molecular (HBPM) nestas pacientes, embora sejam necessários mais estudos sobre o assunto em virtude do pouco tempo de aparecimento da doença.
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