As perspectivas da felicidade na era digital: o caso brasileiro

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23518

Palavras-chave:

Felicidade; Internet; Individuação; Sociedade em rede; Autocomunicação de massas.

Resumo

Este artigo tem como objetivo principal investigar o impacto das novas tecnologias de informação e comunicação nas relações humanas e sociais, no que tange ao sentimento de felicidade e de bem-estar subjetivo. Em outras palavras, procuramos demonstrar, como hipótese de trabalho, que há uma relação estreita entre as novas mediações sociais e a instauração de uma cultura mais autônoma e, portanto, de bem-estar, que está na gênese da Sociedade em Rede nesta Era Digital. Redes sociais constituem-se em uma plataforma digital que possibilita e potencializa a autocomunicação de massas, a sociabilidade, cuja prática tende a instaurar uma cultura ligada à autonomia e ao empoderamento, criando o processo de individuação. Os dados analisados de nossa pesquisa apontam que pessoas mais conectadas na rede tendem a ser mais felizes, nutrindo um sentimento de maior liberdade e autonomia. A base empírica deste artigo é a Sétima Onda da Pesquisa Mundial de Valores (WVS, 2017-2020), pesquisa quantitativa, tipo survey, que utilizaremos para demonstrar nosso argumento.

Biografia do Autor

Honor de Almeida Neto, Universidade Luterana do Brasil

O professor Honor de Almeida Neto é Pós-doutor em Diversidade Cultural e Inclusão Social Feevale (2020), Doutor (2004) e Mestre (1999) em Serviço Social pela PUCRS. Professor Permanente do Programa de Pós-graduação em Promoção da Saúde, Desenvolvimento Humano e Sociedade/ ULBRA. Integra a Linha de Pesquisa "Desenvolvimento Humano e Sociedade”. Sua principal publicação é: -ALMEIDA NETO, Honor de.; SANTOS, E. R. . O preço da bola: processo de formação de crianças do Sport Club Internacional no contexto do futebol em rede.. Educação e Cultura Contemporânea, v. 14, p. 64-82, 2017.  E-mail: honorneto@terra.com.br    

Atribuições: Revisão de literatura, metodologia, análise dos dados.

Everton Rodrigo Santos, Universidade FEEVALE

O professor Everton Rodrigo Santos, é Pós-doutor em Ciência Política (2013), Doutor (2005) e Mestre (1996) em Ciência Política pela UFRGS. Professor Permanente do Programa de Pós-Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social na Universidade Feevale. Integra o Grupo de Pesquisa Mundial de Valores (WVS). É Consultor e Avaliador do Ministério da Educação CAPES. Sua principal publicação é: -SANTOS, E. R.; BAQUERO, M. Capital social e políticas públicas na região metropolitana de Porto Alegre: comparando Novo Hamburgo e Estância Velha. Opinião Pública, v. 21, p. 431-461, 2015. E-mail: chabert89@gmail.com   

Atribuições: Revisão de literatura, metodologia, análise dos dados.

Henrique Carlos de Oliveira Castro, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

O professor Henrique Carlos de Oliveira Castro, é doutor e mestre em Ciência Política - UFRGS. Professor do PPG em Ciência Política e do Deptº de Economia e RI da UFRGS. Pesquisador Principal da Pesquisa de Valores Mundial (WVS) e Diretor Nacional no Brasil. Pesquisador e professor convidado na Universidade de Notre Dame (EUA), na École des hautes études en science sociales (Paris, França), e na Universidade de Michigan (EUA) e na Universidade Técnica Privada de Loja (Equador). Sua principal publicação é: - CASTRO, Henrique Carlos de Oliveira de. Cultura Política Comparada: democracia e mudanças econômicas: Brasil, Argentina e Chile. 1. ed. Brasília: Verbena, 2014. E-mail: henrique@ufrgs.br 

Atribuições: Revisão de literatura, metodologia, análise dos dados.

José Antônio Ribeiro de Moura, Universidade FEEVALE

Por fim, o professor José Antônio Ribeiro de Moura é Graduado em Ciências Econômicas pela Faculdade de Economia, Finanças e Administração de São Paulo (1990), Especialização em Economia de Empresas FAAP (1991), Especialização na Implementação e Gestão de EAD, pela UFF (2013), Especialização em Gestão Pública pela Universidade Católica Dom Bosco (2017) e Mestrado em Administração pela Universidade Metodista de São Paulo (2001). Doutorando do PPG Diversidade e Inclusão da Universidade Feevale. Professor de Ensino Superior na Feevale do Instituto de Ciências Humanas e Sociais. Sua principal publicação é: MOURA, J.A.R.; SANTOS, E. R.; BAQUERO PEDRUZZI, Políticas de Desenvolvimento e Democracia no Brasil: um estudo do período de 1995 a 2010. Anais do Congresso Internacional Inovamundi-Universidade Feevale; Novo Hamburgo/RS, pg. 2348, 2020. E-mail: mourareis@uol.com.br

Atribuições: Revisão de literatura.

Referências

Abranches, S. (2017). A Era do Imprevisto: a grande transição do século XXI. Companhia das Letras.

Almeida, C. A. (2007). A cabeça do brasileiro. Ed Record.

Barbetta, P. A. (2010). Estatística aplicada as Ciências Sociais. Ed. UFSC.

Bauman, Z. (2010). Modernidade Líquida. Editora Jorge Zahar.

Bauman, Z. (2009). Vida Líquida. Zahar.

Carballo, M. (2021). La Felicidade de Las Naciones: claves para um mundo melhor. Argentina, Ed. Sudamericana, https://ler.amazon.com.br/?asin=b00u497qj0.

Castells, M. (2015). O Poder da Informação. Paz e Terra.

Castells, M. (2013). Redes de Indignação e Esperança: Movimentos Sociais na Era da Internet. Zahar.

Castells, M. (2004). A Sociedade em Rede. Paz e Terra, 1, (6a.ed.).

Castells, M. (2003) A galáxia da Internet: reflexões sobre a Internet, os negócios e a sociedade. Jorge Zahar.

Bachelard, G. (1985). O novo espírito científico. Tempo Brasileiro.

Bourdieu, P. (1999). Razões Práticas. Papirus.

Diener, E., Suh, E. M., Lucas, R. E., & Smith, H. L. (1999). Subjective well- being: Three decades of progress. Psychological Bulletin, 125.

Ellison, C. G. (1991). Religious involvement and subjective well-being. Journal of Health and Social Behavior.

Frey, B., & Stutzer, (2012). A. The use of happiness research for public policy. Social Choice and Welfare, 38(4), 659-674.

Inglehart, R. (2000). Modernización y Posmodernizacion. El Cambio cultural, econômico y politico en 43 sociedades. Siglo XXI. Madrid.

Inglehart, R., & Welzel, C. (2009). Modernização, mudança cultural e democracia: e sequencia do desenvolvimento humano. Francis.

Inglehart, R., & Welzel, C.; (2012). A Revolução Silenciosa na Europa: Mudança Intergeracional nas Sociedades Pós-Industriais. Revista de Sociologia e Política, 20(43), 159-191.

Inglehart, R., & Welzel, C. (1977). The Silent Revolution. Princeton University Press.

Inglehart, R., & Welzel, C. (2020). Giving Up on God. The Global Decline of Religion. Foreign Affairs. 99(5). 110/118.

Lane, R. E. (2000). The Loss of Happiness in Market Democracies. Yale University Press.

Levy, P. (1999). Cibercultura. Ed. 34.

Morin, E. (2020). É hora de mudarmos de via: as lições do coronavírus. Tradução de Ivone Castilho Benedetti.: Bertrand Brasil, 97 p.

Pesquisa Mundial de Valores. (2020), http://www.worldvaluessurvey.org/WVSOnline.jsp.

Rennó, L. (2001). Confiança Interpessoal e Comportamento Político: microfundamentos da teoria do capital social na América Latina. Campinas, SP: Opinião Pública, 7(1),.33-59.

Rennó, L. (2015). Corrupção, cultura política e capital social negativo no Brasil. Revista Debates, 2(9), 139-157.

Rennó, L. (2007). Democracia e capital social na américa latina: uma análise comparativa. Curitiba, PR: Revista Sociologia Política., (28), 221-234.

Santos. E. R. (2021). Ciência Política: lições sobre o jogo do poder. Ijuí, RS: Ed. Unijuí.

Seligman. M. (2002). Authentic happiness: Using the new Positive Psycology to realize your potencial for lasting fulfillment. London: Nicholas Brealey Publishing.

Sen, A. (2000). Desenvolvimento como liberdade. Cia das Letras.

Snedecor, G. W., Cochran, W. G. (1996). Statistical methods. (5a ed.), Ames: Iowa State University Press, 503 p.

Veenhoven, R. (1991). Questions on happiness: Classical topics, modern answers, blind spots. In: F. Strack, M. Argyle, & N. Schwarz (Eds.), Subjective well-being: An interdisciplinary perspective, p. 7-26. Oxford, England: Pergamon Press, 1991, repub.eur.nl/pub/16149/91c-full.pdf >.

World Happiness Report. (2020). Online data analysis, 2019, https://worldhappiness.report.

Downloads

Publicado

07/12/2021

Como Citar

ALMEIDA NETO, H. de .; SANTOS, E. R. .; CASTRO, H. C. de O. .; MOURA, J. A. R. de . As perspectivas da felicidade na era digital: o caso brasileiro. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 16, p. e95101623518, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i16.23518. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/23518. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais