As perspectivas da felicidade na era digital: o caso brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23518Palavras-chave:
Felicidade; Internet; Individuação; Sociedade em rede; Autocomunicação de massas.Resumo
Este artigo tem como objetivo principal investigar o impacto das novas tecnologias de informação e comunicação nas relações humanas e sociais, no que tange ao sentimento de felicidade e de bem-estar subjetivo. Em outras palavras, procuramos demonstrar, como hipótese de trabalho, que há uma relação estreita entre as novas mediações sociais e a instauração de uma cultura mais autônoma e, portanto, de bem-estar, que está na gênese da Sociedade em Rede nesta Era Digital. Redes sociais constituem-se em uma plataforma digital que possibilita e potencializa a autocomunicação de massas, a sociabilidade, cuja prática tende a instaurar uma cultura ligada à autonomia e ao empoderamento, criando o processo de individuação. Os dados analisados de nossa pesquisa apontam que pessoas mais conectadas na rede tendem a ser mais felizes, nutrindo um sentimento de maior liberdade e autonomia. A base empírica deste artigo é a Sétima Onda da Pesquisa Mundial de Valores (WVS, 2017-2020), pesquisa quantitativa, tipo survey, que utilizaremos para demonstrar nosso argumento.
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