A reação racista das elites contra o sistema de cotas nas universidades
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2372Palavras-chave:
Cotas raciais; Racismo; Universidades.Resumo
O presente artigo tem como objetivo é refletir acerca do racismo sofrido pelos alunos cotistas na educação superior brasileira. A metodologia utilizada foi: estudo do tipo bibliográfico, constituído à luz de obras já publicadas consultadas em livros e também nos meios eletrônicos via rede mundial de computadores com consultas realizadas na base minerva da UFRJ, google acadêmico e scielo. O critério de pesquisa foi através de palavras-chave como racismo, cotas raciais e racismo nas Universidades. É um estudo descritivo, por se propor a apresentar o cenário de uma realidade existente sem alterá-la. A análise foi realizada qualitativamente. O artigo investigou no referencial teórico, como os alunos oriundos de cotas raciais trafegam nas Instituições de Ensino superior, e apresenta os seguintes resultados: a questão racial no Brasil teve algum avanço sobretudo quando se considera a Lei antirracismo; o próprio sistema de cotas; a discussão e reflexão sobre o tema na agenda de diversos espaços sociais. As conclusão do Estudo foi que ainda não se atingiu um nível satisfatório de igualdade social, pois a própria academia, que deveria fomentar e fortalecer o discurso e prática de igualdade social e equidade de acesso ao Ensino, muitas vezes os discrimina. Assim, no Ensino Superior, o sistema de cotas que emergiu como política pública visando auxiliar na reparação de danos causados aos negros, se transformou em objeto de racismo.
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