Qualidade do sono em jogadores de basquetebol em cadeira de rodas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23761Palavras-chave:
Sono; Treinamento físico; Lesões da medula espinhal.Resumo
Introdução: A privação ou restrição do sono, reflete na qualidade de vida das pessoas e no aumento da sonolência diurna. Por outro lado, o exercicio físico contribui na melhora da qualidade do sono. Um sono de baixa qualidade é mais prevalente em pessoas com lesão medular (LM) do que na população sem LM. Objetivo: Avaliar a qualidade do sono e a sonolência em Jogadores de basquetebol em cadeira de rodas (JBCR). Métodos: A amostra foi constituída por 11 voluntários do sexo masculino, atletas de basquete em cadeira de rodas, com LM completa ou incompleta de torácica 5 (T5) a lombar 1 (L1). Os voluntários responderam ao questionário de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI) e para avaliar a sonolência diurna foi utilizada a versão traduzida da Escala de Sonolência de Epworth. Foi utilizada uma estatística descritiva para apresentação dos dados. Resultados: 8 atletas (72%), tem a qualidade de sono ruim atingindo pontuações acima de 5 no PSQI. Com relação ao tempo total de sono, os resultados encontrados mostram uma duração do sono ou tempo total de sono (TTS) de 7,5 horas. A eficiência do sono foi de 84% e 7 atletas (63%) apresentaram latência superior a 15 minutos. Conclusão: Os JBCR apresentam uma qualidade de sono ruim, como demonstrado pelo PSQI. Entretanto, nós acreditamos que a prática regular do exercício físico pode ter atenuado os efeitos deletérios da LM sobre o sono.
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