O processo da graduação em Terapia Ocupacional: traços de ansiedade
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v10i16.23854Palavras-chave:
Terapia Ocupacional; Saúde Mental; Ansiedade; Avaliação em saúde.Resumo
A ansiedade é algo intrínseco ao ser humano, que pode ser recorrente no dia a dia, a qual, em intensidades menores, é conveniente. Porém, em níveis maiores, se torna agressiva, estando dividida entre traço e estado de ansiedade. O traço de ansiedade (A-traço) refere-se a características individuais relativamente estáveis, quanto à forma de defrontar as situações geradoras de ansiedade. O estado de ansiedade (A-estado) é definido como um estado emocional inconstante que é identificado por sentimentos desagradáveis de tensão e apreensão, conscientemente percebidos. O estudo visou identificar traços de ansiedade em alunos de Terapia Ocupacional de uma universidade pública. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, onde a coleta de dados foi realizada por meio do Inventário de Ansiedade Traço de Spielberger (Idate-T), sendo aplicado através da internet (online), enviado para o e-mail pessoal e, também, da turma, e a análise de dados se deu a partir da técnica de tabulação simples softwares e posteriormente utilizada planilha eletrônica do Microsoft Excel. As indicações de traços de ansiedade encontrados na análise, foram de que os acadêmicos que tiveram indicação de níveis moderado e alto de ansiedade representaram mais de ¼ do público, sendo 88% mulheres, 9% homens e 3% não binário, atrapalhando o processo de aprendizagem na graduação, trazendo prejuízos biopsicossociais. Dessa forma, demonstra-se a importância de se aumentar os estudos referentes à saúde mental dos estudantes de Terapia Ocupacional e áreas afins, e que as universidades pensem em estratégias que possam minimizar os traços de ansiedade acima do normal.
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