Diferenciais de desempenho acadêmico dos alunos da UNILAB: uma análise sobre regressões quantílicas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.23948Palavras-chave:
Regressão Quantílica; Desempenho acadêmico; UNILAB.Resumo
Este trabalho tem como objetivo detectar efeitos nos quantis da distribuição do índice de desenvolvimento educacional (IDE – Índice de Desenvolvimento Educacional) para o caso da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), permitindo identificar e verificar se determinado fator tem maior efeito em estudantes de alto, médio ou baixo desempenho acadêmico. Utilizou-se, para esse propósito, a metodologia de Regressões Quantílicas, com dados dos alunos da UNILAB para o semestre 2018.1. Dentre os principais resultados, constatou-se que a modalidade presencial tem um efeito positivo no IDE, tal que os melhores desempenhos são dos alunos com maior IDE; além disso, melhor desempenho também foi observado no caso das mulheres. Por outro lado, o fato de residir no município de Redenção, onde fica a Universidade, teve como resultado o inverso do esperado, ou seja, morar na cidade parecer ter impacto negativo no rendimento do discente.
Referências
Acemoglu, D. & Angrist, J. (2000) How large are the social returns to education? Evidence from compulsory schooling laws. NBER Working papers, 7444, 9-59.
Alves, M. T. G., & Soares, J. F. (2008). O efeito das escolas no aprendizado dos alunos: um estudo com dados longitudinais no ensino fundamental. Educação e Pesquisa. São Paulo, 34(3), 527-544.
Amaral, L. F. L. E. do., & Menezes-Filho, N. A. (2008). A relação entre gastos educacionais e desempenho escolar. Anais. Rio de Janeiro: ANPEC.
Amaral, L. F. L. E. do., & Menezes-Filho, N. A. (2011). Os determinantes dos gastos educacionais e seus impactos sobre a qualidade do ensino. 2011. Dissertação (Mestrado em Economia) – Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Angrist, J., & Pischke, J.S. (2009).Most Harmless Econometrics: an empiricist's companion. Princeton, New Jersey: Princeton University Press.
Akaike, H. A new look at the statistical model identification. (1974). IEEE Transactions on Automatic Control. Boston, 19(6), 716-723.
Alon, S., & Tienda, M. (2007). Diversity, opportunity and the shifting meritocracy in higher education. American Sociological Review. California, 72(4), 487-511.
Arraes, R.A., & Mariano, F.Z. (2019). Decomposição Quantílica Incondicional dos Diferenciais de Desempenho entre Alunos de Escolas Privadas e Públicas Profissionalizantes. Pesquisa e Planejamento Econômico (PPE). 49(3).
Backer, J. (2000). Evaluating the impact of development projects on poverty: a handbook for practitioners. Washington: The World Bank.
Barbetta, P.A., Andrade, D.F., & Tavares, H.R. (2018). Estudos de Fatores Associados Através da Regressão Quantílica Hierárquica. Estudos em Avaliação Educacional29(71), 320-349.
Barros, R. P. de., & Mendonça, R. (1996). O impacto do ambiente comunitário sobre o desempenho educacional. Rio de Janeiro: IPEA.
Becker, S., & Ichino, A. (2002). Estimation of average treatment effects based on propensity scores. The Stata Journal, 2(4), 358-377.
BITTAR, Eduardo C.B.; ALMEIDA, Guilherme Assis de. (2005). Curso de Filosofia do Direito. 4. ed. São Paulo: Atlas.
BONAMINO, Alicia Catalano de. (2002). Tempos de avaliação educacional: o SAEB, seus agentes, referências e tendências. Rio de Janeiro: Quartet.
Brandão Junior, J., & Amaral, Sérgio Tibiriçá. (2007). Ações afirmativas: aspectos gerais. ETIC-ENCONTRO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA. Anais..., Presidente Prudente, 3(3).
BRASIL. Congresso Nacional. (2012). Lei nº 12.711, de 29 de agosto de 2012. Dispõe sobre o ingresso nas universidades federais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio e dá outras providências. Brasília, DF.
BRASIL. Ministério da Educação. (2015). Entenda as cotas para quem estudou todo o ensino médio em escolas públicas. Brasília.
Cameron, A. C., & Trivedi, P. K. (2009). Microeconometrics using stata. Texas: Stata press.
Cavalcanti, I. T. N., Andrade, C. S. M., Tiryaki, G. F., & Costa, L. C. C. (2009). Desempenho acadêmico e o sistema de cotas no ensino superior: evidência empírica com dados da Universidade Federal da Bahia. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior. São Paulo. 24, 305-327
Farias, P. P. (2013). Os determinantes do desempenho acadêmico dos estudantes de ciências econômicas da UFC. 2013. Monografia de Graduação – Curso de Ciências Econômicas, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza.
Fernandes, R., & Gremaud, A. P.. (2009). Qualidade da educação: avaliação, indicadores e metas. In: Educação básica no Brasil: construindo o país do futuro.
Fonseca, J. S. Da., & Martins, G. A. (1987). Curso de estatística. 3 ed. São Paulo: Atlas.
Fryer, R. G., & Loury, G. C. (2005). Affirmative Action and its Mythology. Journal of Economic Perspectives, Washington D.C, 19(3), 147-162.
Freire, G. (1951). Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. 2. ed. ampl. Rio de Janeiro: José Olympio.
Furtado, C. (1954). A economia brasileira: contribuição a análise do seu desenvolvimento. Rio de Janeiro: Noite.
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.
Gimenes, N. (2015). Avaliação em larga escala no Brasil: tensões e desafios. Estudos em Avaliação Educacional. São Paulo, 26(62), 254-261.
Gomes, V. S. (2017). O impacto das políticas de cotas no ensino superior brasileiro: uma análise a partir do ENADE para os cursos de engenharia nos anos de 2008, 2011 e 2014. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Ciências Econômicas) – Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia.
Guarnieri, F. V., & Melo-Silva, L. L. Ações afirmativas na educação. Psicol. Soc. 9(2), 70-78.
Holanda, S. B. De. (1956). Raízes do Brasil. 3. ed. Rio de Janeiro: José Olympio.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATISTICA. (2013). Estatísticas do cadastro central de empresas 2011. Rio de Janeiro: IBGE, 191.
INEP - INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. (2013). Censo da Educação Básica: 2012 – Resumo técnico. Brasília: INEP, 41.
INEP - INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA. (2013). Manual do ENADE 2013.
Koenker, R., & Bassett, G. Regression quantiles. (1978). Econometrica, New York, 46(1), 33-50.
Koenker, R., & Hallock, K. (2000). Quantile Regression: An Introduction.
LDB – Leis de Diretrizes e Bases. Lei nº 9.394. 1996.
LEON, F.L.L De.; MENEZES-FILHO, N.A. (2003). Reprovação, avanço e evasão escolar no Brasil. Pesquisa e Planejamento Econômico. 32(3), 417-452.
Libâneo, J. C. (1994). Didática.4 ed. São Paulo: Cortez.
Mendes, I.M.B.R., De Souza, W.P.S.F., Da Silva, A.C.A. (2020). Desigualdade de oportunidades e acesso à informação: evidências para a Universidade Federal da Paraíba. XXV Encontro Regional de Economia (ANPEC).
Menezes-Filho, N. A. (2001). Educação e desigualdade. In: LISBOA, M., MENEZES-FILHO, N. A. (orgs.). Microeconomia e sociedade no Brasil. Rio de Janeiro: EPGE.
Menezes-Filho, N.A.; Komatsu, B. K. (2019). Revisitando a Mobilidade Intergeracional de Educação no Brasil. Revista Brasileira De Economia. 73, 159-180.
Moehlecke, S. (2002). Ação afirmativa: história e debates no Brasil. Cad. Pesqui. São Paulo, 117, 4.
Nascimento, A. Do. (2003). As políticas de ação afirmativa como instrumentos de universalização de direitos. Revista Lugar Comum – Estudos de Mídia, Cultura e Democracia. Rio de Janeiro, 18.
Paula, A. S. De. (2004). Ação afirmativa: instrumento de cidadania ou discriminação reversa? Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina. Paraná, 25, 3-17.
Piscino, M. R. P. (2006). Teoria da ação afirmativa. 2006. Trabalho de Conclusão de Curso - UniFMU, São Paulo.
Pontes; L. A. F., & Soares, T. M. (2016). As metas escolares do Ideb: uma proposta alternativa de cálculo. Estudos em Avaliação Educacional. São Paulo, 27(66), 690-715.
Rodrigues, L. O.: Ensaios sobre diferencial de desempenho escolar entre alunos de escolas rurais e urbanas no Brasil. 2017. Dissertação de mestrado da Universidade Federal do Ceará, centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Economia Rural, Fortaleza, 2017.
Rosenbaum, P., & Rubin, R. (1983). The Central Role of the Propensity Score in Observational Studies for Causal Effects. Biometrika, 70(1), 41-55.
Sander, R. H. (2004). A systemic analysis of affirmative action in American law schools. Standford Law review. Stanford, 57(57), 367.
Santos, L. G. S. (2015). Ação afirmativa em universidades públicas brasileiras: diagnóstico da performance de beneficiados. 2015. Monografia (Bacharelado em Ciências Econômicas), Universidade de Brasília, Brasília.
Severino, A. J. (2013). Metodología do trabalho científico. São Paulo: Cortes.
Silva, A. F., Almeida, A. T. C., Lombardi Filho, S. C., & Ramalho, H. M. B. (2019). Efeitos de Políticas Afirmativas sobre Esforço e Abandono: Evidências a partir da Universidade Federal da Paraíba. In: XXIV ENCONTRO REGIONAL DE ECONOMIA, 2019, Fortaleza. Anais do XXIV Encontro Regional de Economia.
Sowell, T. (2004). Affirmative action around the world: an empirical study. New Haven: Yale University Press.
Su, X. (2005). Education hierarchy: within-group competition and affirmative action. SSRN, United States.
Tomei, M.. (2005). Ação afirmativa para a igualdade racial: características, impactos e desafios. Brasília: OIT, 2005. Documento de trabalho elaborado no âmbito do Projeto Igualdade Racial OIT/Brasil.
Velloso, J. (2009). Cotistas e não-cotistas: rendimento de alunos da Universidade de Brasília. Cad. Pesqui., São Paulo, 39(137), 621-644.
Vilela, L., Tachibana, T. Y., Menezes-Filho, N., & Komatsu, B. (2017). As cotas nas universidades públicas diminuem a qualidade dos ingressantes?. Estudos em Avaliação Educacional. São Paulo. 28, 652.
Zainko, M. A. S. (2008). Avaliação da educação superior no brasil: processo de construção histórica. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior. São Paulo. 13(3), 827–831.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Antônio Célio Ferreira dos Santos; Francisco José Silva Tabosa; José Newton Pires Reis; Pablo Urano de Carvalho Castelar; Nicolino Trompieri Neto; Domingos Isaias Maia Amorim
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.