Avaliação de características físico-químicas e microbiológicas de iogurte liofilizado e reidratado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i6.2446

Palavras-chave:

Bactérias lácticas; Fermentação; Liofilização; Viscosidade.

Resumo

Este trabalho teve por objetivo avaliar as características físico-químicas e a viabilidade de bactérias lácticas durante o processo fermentativo de iogurte e após a sua liofilização, bem como testar três formulações de espessantes para a reidratação do iogurte em pó. Ao longo do processo fermentativo, foi acompanhada a produção de ácido láctico e o crescimento de bactérias lácticas. Antes e após a liofilização o iogurte foi analisado em relação ao pH, acidez titulável, teor de carboidratos, proteínas, lipídios e bactérias lácticas viáveis. Após liofilização, foram testadas três formulações de espessantes para avaliar a reidratação do iogurte em pó. Ao término do processo fermentativo foi verificado que as bactérias lácticas cresceram até atingir 7,8.107 UFC.g-1 e a acidez obtida foi de 9,27 g.L-1. A contagem de bactérias lácticas viáveis de iogurte liofilizado e não-liofilizado foi de 5,6.107 UFC.g-1 e 7,8.107 UFC.g-1, respectivamente. Os iogurtes não liofilizados e liofilizados apresentaram um teor de 20,8% e 21,0% de carboidratos, 4,0% e 3,6% de proteínas e 3,7% e 2,7% de lipídios, respectivamente. A combinação de espessantes que proporcionou viscosidade semelhante ao iogurte comercial foi o mix de goma guar, pectina e maltodextrina. Assim, foi possível verificar que o processo de liofilização manteve as características físico-químicas e a viabilidade de bactérias ácido lácticas. Além disso, o iogurte desenvolvido apresentou fácil reconstituição no momento do consumo.

Referências

AOAC. Association of Official Analytical Chemist. (2016). Official Methods of Analysis International of AOAC International. 20 ed., EUA.

Becker, E. W. (2007). Micro-algae as a source of proteon. Biotechnology Advances, 25, 207-210.

Bett, S. C., Picanço, N. F. M., Faria, R. A. P. G., Nascimento, E. (2017). Elaboração e Qualidade de iogurte com polpa de mangaba. Higiene Alimentar, 31, 120-127.

Borzani, W., Aquarone, E., Schmidell, W. & Lima, U. A. (2001). Biotecnologia industrial. Engenharia Bioquimica. v.2, ed. Edgard Blücher. São Paulo.

Borreani, J., Lorca, E., Larrea, V., Hernando, I. (2016). Adding neutral or anionic hydrocolloids to dairy proteins under in vitro gastric digestion conditions. Food Hydrocolloids, 57, 169-177.

Brasil, Ministério da Saúde. (2002). RDC Nº 02, de 07 de janeiro de 2002. Technical regulation of isolated bioactive substances and probiotics with functional and health claims. Brasília.

Brasil, Ministério da Saúde. (2008). Foods with claims of functional and or health properties, novel foods / ingredients, bioactive substances and probiotics. Brasília.

Caleja, C., Barros, L., Antonio, A. L., Carocho, M., Oliveira, M. B., Ferreira, I. C. (2016). Fortification of yogurts with different antioxidant preservatives: A comparative study between natural and synthetic additives. Food Chemistry, 210, 262-268.

Cardoso, M., Souza, T. T. P., Seabra, E. B. de (2017). Dextrose, Maltodextrin and Waxy Maize: main differences in composition, mechanism of action and recommendations for sports performance. Cadernos UniFOA, 33, 101-109.

Costa, A. V. S., Nicolau, E. S., Torres, M. L. T., Fernandes, P. R., Rosa, S. I. R., Nascimento, RC (2013). Development and physicochemical, microbiological and sensory characterization of fermented milk drink made with different stabilizers/thickeners. Ciências Agrárias, 34(1), 209-226.

Costa, G. N. S., Mendes, M. F., Araújo, I. O., Pereira, C. S. S. (2012). Development of an Açaí flavored yogurt (euterpe edulis martius): Physicochemical and sensory evaluation. Revista Eletrônica TECCEN, 5(2), 43-58.

Dias, B. M., Pulzatto, M. E. (2009). Elaboration and evaluation of pectin added yogurt obtained from orange peel (Citrus sinensis L. Osbeck). Instituto de Laticínios Cândido Tostes, 367/368(64), 26-34.

Espitia, P. J. P., Batista, R. A., Azeredo, H. M. C., Otoni, C. G. (2016). Probiotics and their potential applications in active edible films and coatings. Food Research International, 90, 42-52.

FAO/WHO. (2011). Codex alimentarius: codex standards for fermented milks 243- 2003. In: Milk and Milk Products, second ed. World Health Organization, Food and Agriculture Organization of the United Nations, Rome, pp. 6-16.

Fishman, M. L., Chau, H. K., Hoagland, P., Ayyad, K. (2000). Characterization of pectin, flashextracted from orange albedo by microwave heating, under pressure. Carbohydrate Research, 323(1), 126-138.

Gomes, A. M. P., Malcata, F. X. (2002). Probiotic agents in food: physiological and therapeutic aspects, and technological applications. Biotecnologia Alimentar, 101, 12-22.

Gonçalves, N. M., Ferreira, I. M., Oliveira e Silva, A. M., Carvalho, M. G. (2018) Yoghurt with cajá jeleia (Spondias mombin l.) added probiotics: microbiological evaluation and sensory acceptance. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal, 12(1), 54 – 63.

Hong, S. H., Marshall, R. T. (2001). Natural exopolysaccharides enhance survival of lactic acid bacteria in frozen dairy desserts. Journal of Dairy Science, 84(6), 1367-1374.

Loret, C., Meunier, V., Frith, W. J., Fryer, P. J. (2004). Rheological characterization of the gelation behaviour of maltodextrin aqueous solution. Carbohydrate Polymers, 57(2), 153- 163.

Manzano, G. P. P., Daiuto, E. R., Janzantti, N. S., Rossi, E. A. (2008). Sensory and physicochemical aspects of soy yogurt with yam starch thickeners/stabilizers (Dioscorea alata), modified starch and gelatin. Boletim do Centro de Pesquisa e Processamento de Alimentos, 26(2), 287-296.

Marcotte, M., Taherian Hoshahili, A. R., Ramaswamy, H. S. (2001). Rheological properties of selected hydrocolloids as function of concentration and temperature. Food Research International, 34(8), 695- 703.

Mata, M. E. R. M. C., Duarte, M. E. M., Alsemo, G. C. S., Rodrigues, E., Guedes, M. A., Cavalcanti, A. S. R. de R. M., Oliveira, C. C. A. (2005). Obtaining soursop powder by the freeze drying process. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, 7(2), 165-172.

Mercenier, A., Pavan, S., Pot, B. (2003). Probiotics as biotherapeutic agents: present knowledge and future prospects. Current Pharmaceutical Design, 8, 99-110.

Morell, P., Piqueras-Fiszman, B., Hernando, I., Fiszman, S. (2015). How is an ideal satiating yogurt described? A case study with added-protein yogurts. Food Research International, 78, 141-147.

Morrel, P., Fiszman, S. (2016). Revisiting the role of protein-induced satiation and satiety. Food Hydrocolloids, 68, 199-210.

Oliveira, M. N., Damin, M. R. (2003). Effect of solids content and sucrose concentration on acidification, firmness and viability of yogurt and probiotic bacteria in fermented milk. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 23, 172-176.

Oliveira, P. D., Lima, S. C. G., Lourenço Júnior, J. B., Araújo, E. A. F. (2011). Sensory evaluation of açaí yogurt (euterpe oleracea mart) type "sundae". Instituto de Laticínios. Cândido Tostes, 380(66), 5-10.

Ozturkoglu-Budak, S., Akal, C., Yetisemiyen, A. (2016). Effect of dried nut fortification on functional, physicochemical, textural, and microbiological properties of yogurt. Journal of Dairy Science, 99(11), 8511-8523.

Piard, J. C., Le Loir, Y., Poquet, I., Langella, P. (2011). Lactic Bacteria: Dairy bacteria at the center of new technological challenges. Biotecnologia Ciência e Desenvolvimento. Encarte Especial.

Saad, S. M. I. (2006). Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 42, 1-16.

Silva, L. C., Machado, T. B., Silveira, M. L. R., Rosa, C. S., Bertagnolli, S. M. M. (2012). Microbiological aspects, pH and acidity of homemade yogurt compared to industrialized ones from Santa Maria - RS. Disciplinarum Scientia. Série: Ciências da Saúde, 13(1), 111-120.

Silva, N., Junqueira, V. C. A., Silveira, N. F. A. (2010). Manual de Métodos de Análise Microbiológica de Alimentos. (4ª ed.) Ed Varela. São Paulo.

Teles, C. D., Flôres, S. H. (2007). Influence of the addition of thickeners and milk powder on the rheological characteristics of nonfat yogurt. Boletim do CEPPA, 25(2), 247-256.

Toneli, J. T. C. L., Murr, F. E. X., Park, K. J. (2005). Study of rheology of polysaccharides used in the food industry. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, 7(2), 181-204.

Xu, Z. M., Emmanouelidou, D. G., Raphaelides, S. N., Antoniou, K. D. (2008). Effects of heating temperature and fat contente on the structure development of set yogurt. Journal of Food Engineering, 85, 590-597.

Yamaguchi, S. K. F., Krebs, C. S., Bertolli, S. L., Carvalho, L.F. (2017). Freeze Dairy Products: A Review. Revista Espacios, 38(22), 1-12.

Yamaguchi, S. K. F., Moreira, J. B., Costa, J. A. V., Krebs, C. S., Bertolli, S. L., Carvalho, L.F. (2019). Evaluation of adding Spirulina to freeze-dried yogurts before fermentation and after freeze-dryin. Industrial Biotechnology, 15(2), 89-94.

Downloads

Publicado

09/04/2020

Como Citar

YAMAGUCHI, S. K. F.; SOUZA, C. K. de; BERTOLI, S. L.; CARVALHO, L. F. de. Avaliação de características físico-químicas e microbiológicas de iogurte liofilizado e reidratado. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 6, p. e14962446, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i6.2446. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2446. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas