Estudo epidemiológico das fraturas de antebraço em um serviço de urgência e emergência de Rondônia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24622

Palavras-chave:

Fratura; Antebraço; Epidemiologia.

Resumo

O trauma ortopédico tem grande importância nos processos de saúde-doença em caráter mundial, com sequelas críticas para a saúde da população. Principalmente, quando um membro de característica biomecânica funcional importante é acometido, como ocorre nas fraturas de antebraço. Por isso, a pesquisa tem o objetivo de analisar o perfil do paciente traumatizado e das fraturas de antebraço em um serviço de urgência e emergência de Porto Velho. Sendo um estudo quantitativo epidemiológico, de caráter descritivo e corte transversal retrospectivo durante o período de janeiro e fevereiro de 2021, que reuniu dados de prontuário de um hospital de urgência e emergência de Rondônia, a pesquisa foi submetida e autorizada pelo comitê de ética em pesquisa e experimentação em humanos. O perfil dos traumatizados tem predomínio do sexo masculino 64.61% (42/65), com faixa etária bimodal de 31-40 anos e 51-60 anos. Com mecanismos do trauma pouco descritos em prontuários 20% (13/65), o perfil das fraturas se deu com prevalência das fraturas isoladas de rádio 75,38% (49/65), em especial em região óssea distal 85,71% (42/49), quando comparada as fraturas isoladas de ulna 20% (13/65) que possuíam predileção por fraturas diafisárias 61,53% (8/13). A média do tempo de internação foi 3,07, com a maior quantitativo de internações verdes (1-3 dias). Além disto, das condutas realizadas, a cirúrgica foi mais escolhida 63,07% (41/65), utilizando fios de Kirchner 73,17% (30/41). Sendo assim, no trabalho de Ryan et al. (2010), a proporção entre sexos foi a de 63.6% para o sexo masculino e 36.4%, indo ao encontro ao demonstrado por este, com dados similares.  O estudo diferiu do realizado por Oliveira et al. (2020), com tempo de internação médio de 8,19 dias, porém manteve similaridade com a escolha principal de tratamento sendo a cirúrgica 74,8%. Embora Chaudhry et al., (2015) e Woolnough et al., (2020) tenham demonstrado que a cirurgia por placas e parafusos tenham melhor resultado funcional e menor risco de complicações, ainda sim, foi a escolha cirúrgica menos optada com 26,82% (11/41). Conclui-se então que o estudo foi efetivo em seu tipo de análise, com o levantamento das variáveis relevantes para o perfil dos pacientes acometidos e as fraturas de antebraço.

Referências

American College Of Surgeons. (2018). Advanced Trauma Life Support: student course manual. 10a ed. Chicago: American College of Surgeons; 2018.

Barbosa, R. I. et al. (2013). Profile of patients with traumatic injuries of the upper limb treated in a tertiary hospital. Acta Fisiátrica, 20(1): 14–19.

Buijze, G. A. & Ring, D. Clinical Impact of United Versus Nonunited Fractures of the Proximal Half of the Ulnar Styloid Following Volar Plate Fixation of the Distal Radius. The Journal of Hand Surgery, v. 35, n. 2, p. 223–227, fev. 2010.

Brogren, E., Petranek, M. & Atroshi, I. (2007). Incidence and characteristics of distal radius fractures in a southern Swedish region. BMC Musculoskeletal Disorders, 8(1).

Chaudhry, H. et al. (2015). Are Volar Locking Plates Superior to Percutaneous K-wires for Distal Radius Fractures? A Meta-analysis. Clinical Orthopaedics & Related Research, 473(9): 3017–3027.

Chung, K. C., Spilson, S. V. (2001). The frequency and epidemiology of hand and forearm fractures in the United States. The Journal of Hand Surgery, 26(5): 908–915.

Ferreira, G. P. M. et al. (2014). Redução intrafocal e fixação percutânea das fraturas do colo do quinto metacarpo – Descrição de técnica cirúrgica. Revista Brasileira de Ortopedia, 49(2): 116–120.

Flinkkilä, T. et al. (2010). Epidemiology and seasonal variation of distal radius fractures in Oulu, Finland. Osteoporosis International, 22(8): 2307–2312.

Ikpeze, T. C. et al. (2016). Distal Radius Fracture Outcomes and Rehabilitation. Geriatric Orthopaedic Surgery & Rehabilitation, 7(4): 202–205.

Kim, J. K., Kim, J.-O. & Koh, Y. -D. (2016). Management of Distal Ulnar Fracture Combined with Distal Radius Fracture. The Journal of Hand Surgery (Asian-Pacific Volume), 21(02): 155–160.

Loisel, F. et al. (2018). Treatment goals for distal radius fractures in 2018: recommendations and practical advice. European Journal of Orthopaedic Surgery & Traumatology, 28(8): 1465–1468.

Lutz, K. et al. (2014). Complications Associated With Operative Versus Nonsurgical Treatment of Distal Radius Fractures in Patients Aged 65 Years and Older. The Journal of Hand Surgery, 39(7): 1280–1286.

Madureira, R. B. F. et al. (2021). Perfil epidemiológico das fraturas de rádio distal de pacientes internados em um Hospital do Norte de Minas Gerais. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 13(9): e8879.

Meluzinová P. et al. (2015). [Plate Osteosynthesis of Distal Ulna Fractures with Associated Distal Radius Fractures Treated by Open Reduction and Internal Fixation. Short-Term Functional and Radiographic Results]. Acta chirurgiae orthopaedicae et traumatologiae Cechoslovaca, 82(5).

Nayar, S. K. et al. (2018). Venous Thromboembolism in Upper Extremity Fractures. The Journal of Hand Surgery (Asian-Pacific Volume), 23(03): 320–329.

Oliveira, F. A. M. et al. (2020). Perfil epidemiológico das fraturas radiais distais em hospital de referência em Ribeirão Preto, Brasil. ARCHIVES OF HEALTH INVESTIGATION, 9(3).

Pawel Grabala. (2016). Epidemiology of Forearm Fractures in the Population of Children and Adolescents: Current Data from the Typical Polish City. Orthopedic & Muscular System 05.

Powell, A. J. et al. (2017). The treatment of olecranon fractures in adults. MUSCULOSKELETAL SURGERY, 101(1): 1–9.

Richards, R. S. et al. (1997). Arthroscopic diagnosis of intra-articular soft tissue injuries associated with distal radial fractures. The Journal of Hand Surgery, 22(5): 772–776.

Ryan, L. M. et al. (2010). Epidemiology of Pediatric Forearm Fractures in Washington, DC. Journal of Trauma: Injury, Infection & Critical Care, 69(4): S200–S205.

Sigurdardottir, K., Halldorsson, S. & Robertsson, J. (2011). Epidemiology and treatment of distal radius fractures in Reykjavik, Iceland, in 2004. Acta Orthopaedica, 82(4): 494–498.

Silva, L. A. P. et al. (2017). Análise retrospectiva da prevalência e do perfil epidemiológico dos pacientes vítimas de trauma em um hospital secundário. Revista de Medicina, v. 96(4): 245.

Tang, J. B. (2014). Distal Radius Fracture. Clinics in Plastic Surgery, 41(3): 481–499.

Unglaub, F. et al. (2016). Distale Radiusfraktur. Der Orthopäde, 46(1): 93–110.

Vlček, M. et al. (2015). [Conservative and Surgical Treatment for Distal Ulna Fractures Associated with Distal Radius Fractures]. Acta chirurgiae orthopaedicae et traumatologiae Cechoslovaca, 82(6).

Woolnough, T. et al. (2020). What Is the Relative Effectiveness of the Various Surgical Treatment Options for Distal Radius Fractures? A Systematic Review and Network Meta-analysis of Randomized Controlled Trials. Clinical Orthopaedics & Related Research, 479(2): 348–362.

Wu, M. et al. (2020). Operative vs conservative treatment in distal radius fractures. Medicine, 99(29): e21250.

Downloads

Publicado

23/12/2021

Como Citar

GUTZEIT, E. M. .; CAMPOS, S. C. de .; BARRETO, B. de O. C. .; WEHBE, C.; LOPES, I. V. .; SILVA, J. N. da .; SOUZA, J. G. da S. G. de .; RODRIGUES , J. C. .; REIMANN, R. S. .; LOPES, T. V. .; MUNIZ, I. M. . Estudo epidemiológico das fraturas de antebraço em um serviço de urgência e emergência de Rondônia. Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 17, p. e165101724622, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i17.24622. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24622. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde