Uso de textos didáticos no ensino de química da educação básica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2467

Palavras-chave:

Formação de professores; Ensino de Ciências da Natureza; Textos didáticos.

Resumo

O presente trabalho traz apontamentos acerca do papel da leitura no Ensino de Química e de Ciências da Natureza. O estudo relata o desenvolvimento, a aplicação e a análise de mediações de leitura realizadas durante o estágio como pesquisa da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) com uma turma de segundo Ano do Ensino Médio de uma escola pública estadual no município de Caçapava do Sul, RS, durante o Programa Residência Pedagógica. Nesse contexto, foram desenvolvidas atividades de leitura e interpretação relacionadas a textos presentes em livros didáticos que abordam os conteúdos de Cinética Química, Equilíbrio Químico e Eletroquímica. A pesquisa de natureza qualitativa e foi organizada pela leitura de textos em livros didáticos.  A análise foi realizada pela interação dos estudantes com os textos apresentados e posterior elaboração de questões as quais eles gostariam que fossem discutidas e debatidas em sala de aula. Também foram apresentadas questões cujas respostas estavam presentes nos textos a fim de verificar a capacidade de interpretação por parte dos alunos. A análise dos dados foi orientada pelos pressupostos da análise de conteúdo de Bardin. Das observações das atividades de leitura e das observações realizadas durante as aulas emergiram categorias de análise, sendo elas: (i) dificuldade de aprendizagem no Ensino de Química (ii), potencialidades das atividades de leitura nas aulas de Química; (iii) contribuições na formação inicial. Os resultados mostraram-se satisfatórios no que se refere a melhorias com relação à compreensão dos conceitos químicos apresentados. Assim, pode-se verificar que atividades com leitura nas aulas de Química podem contribuir com a aprendizagem, tanto por despertar o interesse pela leitura, como por melhorar a compreensão de conteúdos específicos da área de Ciências da Natureza.

Biografia do Autor

Mara Elisângela Jappe Goi, Universidade Federal do Pampa

É Professora da Unipampa-Universidade Federal do Pampa-Caçapava do Sul. Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-UFRGS, Mestre em Ensino de Ciências e Matemática pela Universidade Luterana do Brasil-ULBRA, licenciada em Química pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul –Unijuí. Foi professora da Educação Básica durante 20 anos. Atualmente atua na Educação Superior, no curso de Licenciatura em Ciências Exatas, no curso de Pós-Graduação em Educação Científica e Tecnológica e no Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências (PPGEC- Mestrado Profissional) com experiência docente e como coordenadora e docente dos estágios supervisionados do curso de Licenciatura em Ciências Exatas da Unipampa. Seus interesses de pesquisa concentram-se na formação de professores, resolução de problemas e processo de ensino de aprendizagem em Ciências da Natureza.

Referências

Barbosa, A. C., da Silva, N. S., da Silveira Júnio, C., & da Silva, L. R. L. (2016). Mediação de leitura de textos didáticos nas aulas de química: uma abordagem com foco na matriz de referência do ENEM. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, 18(3), 175-198.

Barboza, L., Diniz, C., & Araújo, A. (2011). Concepções alternativas de estudantes do Ensino Médio de Diamantina na representação de mudanças de estados físicos da matéria. VIII ENPEC, Campinas.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo. Edições 70. Lisboa. Portugal.

Brasil. (1996). LDB. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília: MEC.

Brasil. (2000) Parâmetros Curriculares Nacionais (Ensino Médio) - Parte I: Bases Legais. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília: MEC.

Brasil. (2002). BASES LEGAIS – Parâmetros Curriculares Nacionais; MÉDIO, Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino. PCN+ para o Ensino de Ciências e Matemática. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília: MEC.

Brasil. (2006). L. Orientações curriculares para o ensino médio: Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. Secretaria de Educação Básica. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica.

Cardoso, S. P., & Colinvaux, D. (2000). Explorando a motivação para estudar química. Química Nova, 23(3), 401-404.

da Silva, E. T. (1998). Criticidade e leitura: ensaios. Associação de Leitura do Brasil.

de Farias, S. A., & Ferreira, L. H. (2011). Estágio Curricular: concepções presentes na formação inicial de professores de Química.

Ferreira, L. S. (2001). Produção de Leitura na escola: a interpretação do texto literário nas séries iniciais. Unijuí.

Galiazzi, M. D. C., & Gonçalves, F. P. (2004). A natureza pedagógica das atividades experimentais: uma pesquisa no curso de licenciatura em química. Revista Química, (27) ( 2). 326-331.

Junior, W. E. F. (2010). Estratégias de leitura e educação química: que relações. Química Nova na Escola, 32(4), 220-226.

Júnior, J. G. T., & SILVA, R. (2007). Perfil de leitores em um curso de Licenciatura em Química. Quim. Nova, 30(5), 1365-1368.

Lima, M. S. L., & Pimenta, S. G. (2006). Estágio e docência: diferentes concepções. Poíesis Pedagógica, 3(3 e 4), 5-24.

Lüdke, M., & André, M. E. (2011). Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. Em Aberto, 5(31).

Mortimer, E. F., & Machado, A. H. (2014). Química-Ensino Médio. v. 1. São Paulo: Scipione, 2013a. _____________. Química-Ensino Médio, 2.

Nóvoa, A. (1992). Formação de professores e profissão docente.

Peruzzo, F. M., & Canto, E. D. (2003). Química na abordagem do cotidiano–volumes 1, 2 e 3. São Paulo: Editora Moderna.

Pimenta, S. G. Lima, Msl (2004). (Orgs.). Estágio e docência. São Paulo: Cortez.

Santos, A. O., Silva, R. P., Andrade, D., & Lima, J. P. M. (2013). Dificuldades e motivações de aprendizagem em Química de alunos do ensino médio investigadas em ações do (PIBID/UFS/Química). Scientia plena, 9(7 (b).

Schnetzler, R. P., & dos Santos, W. L. P. (1997). Educação em Química: compromisso com a cidadania. Ed. UNIJUI.

Souza, S. C., & Nascimento, G. T. (2006). Um diálogo com as histórias de leituras de futures professores de ciências. Pro-posições, 17(1), 105-116.

Trevisan, T. S., & Martins, P. L. O. (2006). A prática pedagógica do professor de química: possibilidades e limites. UNIrevista. São Leopoldo, 1(2).

Unipampa. (2013) Projeto Político-Pedagógico do Curso: Curso de Ciências Exatas e da Terra – Licenciatura, Ministério da Educação, Fundação Universidade Federal do Pampa - Campus Caçapava do Sul, RS.

Zanon, L. B., & Palharini, E. M. (1995). A química no ensino fundamental de ciências. Química Nova na escola, 2, 15-18.

Downloads

Publicado

19/02/2020

Como Citar

FERREIRA, M. V. da S.; GOI, M. E. J. Uso de textos didáticos no ensino de química da educação básica. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 3, p. e83932467, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i3.2467. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2467. Acesso em: 24 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais