Planejamento e políticas intergovernamentais: o programa criança feliz na perspectiva da governança multinível

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24788

Palavras-chave:

Governança multinível; Planejamento governamental; Direitos da criança; Primeira infância.

Resumo

Este estudo analisa a convergência da governança e do planejamento no âmbito intergovernamental, a partir da abordagem de política pública para a primeira infância, denominada “Programa Criança Feliz”. O método é qualitativo, empregando a análise de conteúdo com o suporte do software ATLAS.ti. Procurou-se desenvolver a análise da implementação de uma política pública específica, tendo como objeto de análise os Planos Plurianuais do Governo Federal e de onze municípios que aderiram ao Programa em 2020. Os resultados evidenciaram planos e práticas em sua maioria distanciados de uma perspectiva estratégica, bem como mecanismos de governança incipientes, orientados predominantemente para o cumprimento do formalismo legal. As práticas identificadas em governos locais, embora ainda incipientes, podem referenciar novos estudos e práticas similares em outros municípios. Do ponto de vista teórico, apresenta-se o debate acerca da governança multinível e sua interface com o planejamento estratégico governamental, ambos relevantes para o desenvolvimento dos mecanismos de coordenação de políticas públicas.

Referências

Abrucio, F. L., & Couto, C. G. (1996). A redefinição do papel do Estado no âmbito local. São Paulo Em Perspectiva, 10(3), 40–47.

Bardin, L. (1977). Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Boente, A., & Braga, G. (2004). Metodologia científica contemporânea. Rio de Janeiro: Brasport.

Börzel, T. A. (2020). Multilevel governance or multilevel government? British Journal of Politics and International Relations, 22(4), 776–783.

Bresser-Pereira, L. C. (2007). Burocracia Pública e Reforma Gerencial. Revista Do Serviço Público de 1937 a 2007, 58, 29–48.

Conteh, C. (2020). Multilevel governance through a strategic lens: Innovation policy delivery in Ontario. Canadian Public Administration, 63(3), 429–449.

Davis, L., & North, D. (1970). Institutional Change and American Economic Growth : A First Step Towards a Theory of Institutional Innovation. Cambrige University Press, 30(1), 131–149.

Denhardt, R. B. (1985). Strategic Planning in State and Local Government Government. State & Local Government Review, 17(1), 174–179.

Eadie, D. C. (1983). Putting a powerful tool to practical use: The application of strategic planning in the public sector. Public Administration Review, 43(5), 73–81.

Frey, K. (2018). Governança multinivel e desenvolvimento regional sustentável: Experiências do Brasil e da Alemanha. São Paulo: Oficina Municipal.

Holzscheiter, A., Josefsson, J., & Sandin, B. (2019). Child rights governance: An introduction. Childhood, 26(3), 271–288.

Hooghe, L. (1996). Coheson policy and european inegration: building multilevel governance. New York: Oxford University Press.

Hooghe, L., & Marks, G. (2003). Unraveling the Central State, but How? Types of Multi-level Governance. American Political Science Review, 97(2), 233–243.

Hooghe, L., & Marks, G. (2020). A postfunctionalist theory of multilevel governance. British Journal of Politics and International Relations, 22(4), 820–826.

Hooghe, L., Marks, G., & Schakel, A. (2020). Multilevel governance. The British Journal of Politics and International Relations, 22(4), 753–836.

Hymann, H. (1967). Planejamento e análise da pesquisa: princípios, casos e processos. Rio de Janeiro: Lidador.

Jenkins-Smith, H., Silva, C. L., Gupta, K., & Ripberger, J. T. (2014). Belief System Continuity and Change in Policy Advocacy Coalitions: Using Cultural Theory to Specify Belief Systems, Coalitions, and Sources of Change. Policy Studies Journal, 42(4), 484–508.

Jessop, B. (2016). Territory, politics, governance and multispatial metagovernance. Territory, Politics, Governance, 4(1), 8–32.

Kingdon, J. W. (2014). Agendas, Alternatives, and Public Policy. Political Science Quarterly (2nd. ed., Vol. 100). Edinburgh: Pearson.

Klijn, E. H., & Koppenjan, J. F. M. (2000). Public Management and Policy Networks. Public Management: An International Journal of Research and Theory, 2(2), 135–158.

Lotta, G., & Favareto, A. (2016). Desafios da integração nos novos arranjos institucionais de políticas públicas no Brasil. Revista de Sociologia e Politica, 24(57), 49–65.

Lotta, G. S., & Vaz, J. C. (2015). A contribuição dos arranjos institucionais complexos para a efetividade das políticas públicas no Brasil. Revista Do Serviço Público, 66(2), 171–194.

Marks, G. (1993). Structural Policy and multilevel governance. Journal of European Public Policy, 26(8), 1113–1133.

Pollit, C., & Bouckaert, G. (2000). Public Management Reform: A Comparative Analysis. New York: Oxford University Press.

Sabatier, P. A. (1988). An advocacy coalition framework of policy change and the role of policy-oriented learning therein. Policy Sciences, 21(2–3), 129–168.

Secchi, L. (2009). Modelos organizacionais e reformas da administração pública. Revista de Administração Pública, 43(2), 347–369.

Sen, A. K. (2000). Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras.

Skocpol, T. (1985). Bringing the state back in: strategies of analysis in current research. In P. Evans, D. Rueschemeyer, & T. Skocpol (Eds.), Bringing the State Back (pp. 3–43). Cambridge, UK: Cambridge University Press.

Zürn, M. (2020). Unravelling multi-level governance systems. British Journal of Politics and International Relations, 22(4), 784–791.

Downloads

Publicado

02/01/2022

Como Citar

ALMEIDA, R. A. de; VALADARES, J. L. .; FARIA, E. R. de; TAVARES, B.; DIAS, A. A. da S. Planejamento e políticas intergovernamentais: o programa criança feliz na perspectiva da governança multinível. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 1, p. e7911124788, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i1.24788. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24788. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais