Caracterização física e química de frutos de umbugueleira (Spondias sp.) no semiárido pernambucano

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v10i17.24838

Palavras-chave:

Fruteira; Pós-colheita; Umbuguela; Spondias sp.

Resumo

As frutas nativas passaram a ser vistas como uma excelente alternativa para a região Nordeste, especialmente a umbugueleira. Os frutos das Spondias sp. são apreciados pelos consumidores devido aos compostos bioativos, o que tem favorecido agregar valor aos produtos e aumentar a renda familiar. No entanto, pesquisas sobre qualidade de frutos são necessárias e importantes, já que os resultados obtidos são ainda inconsistentes. Face ao exposto, objetivou-se neste trabalho avaliar as características físicas e químicas de frutos de umbugueleira no semiárido pernambucano. O trabalho foi realizado no Laboratório de Química da Unidade Acadêmica de Serra Talhada da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Utilizou-se fruto no estádio maduro, com coloração da casca amarela. Foram selecionadas quanto à uniformidade, em seguida, realizou-se a caracterização física e química da massa do fruto, formato do fruto, rendimento de polpa, casca e de semente, teor de sólidos solúveis (oBrix), acidez titulável, pH, e o índice de maturação (relação SS/AT), respectivamente. Utilizou-se 20 repetições de 10 frutos. Os dados foram obtidos por meio de parâmetros descritivos e determinação dos coeficientes de correlação linear de Pearson. Com base nos resultados, observou-se que os frutos com maior comprimento e diâmetro obtiveram maior rendimento de polpa. A relação SS/AT apresentou maior correlação com os sólidos solúveis do que a acidez dos frutos, sendo mais representativa que a medição isolada desses parâmetros, uma vez que o índice de maturação é uma das formas mais adequadas para avaliar o sabor.

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Publicado

28/12/2021

Como Citar

COSTA, R. S.; ATAÍDE, E. M.; BASTOS, D. C. Caracterização física e química de frutos de umbugueleira (Spondias sp.) no semiárido pernambucano . Research, Society and Development, [S. l.], v. 10, n. 17, p. e236101724838, 2021. DOI: 10.33448/rsd-v10i17.24838. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/24838. Acesso em: 23 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas