Perfil do uso de medicamentos durante a gestação: Resultados do estudo BRISA, São Luís - MA, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.24986Palavras-chave:
Medicamentos; Gestação; Epidemiologia; Estudos descritivos; Prevalência.Resumo
Objetivos: Descrever o perfil do uso de medicamentos na gestação em uma capital brasileira. Métodos: Estudo transversal descritivo com dados do estudo BRISA em São Luís, Maranhão. As participantes foram entrevistadas nos hospitais e maternidades após o parto, sendo questionadas sobre o uso de medicamentos na gestação. Os medicamentos foram classificados de acordo com a Anatomical Therapeutic Chemical Classification e categorias de risco da Food and Drug Administration. Resultados: Foram entrevistadas 5.110 puérperas, das quais 93,5% relataram o uso de pelo menos um medicamento na gestação. Os medicamentos mais frequentes foram: preparações antianêmicas (sulfato ferroso: 72,2%; ferro e multivitaminas: 4,9%, ácido fólico: 62,9% e associações com ácido fólico: 6,7%), vitaminas (multivitamínicos e outros minerais: 30,3%), analgésicos (paracetamol: 12,3%), antibacterianos de uso sistêmico (cefalexina: 5,6%), antieméticos e antinauseantes (butilbrometo de escopolamina: 5,4%) e anti-hipertensivos (metildopa: 3,6%). Dentre os medicamentos relatados: 74,5% foram da categoria A, 18,9% da categoria B, 5,5% da categoria C, 1,0% da categoria D e 0,1% da categoria X. Conclusões: Observou-se elevada prevalência de utilização de medicamentos na gestação, sendo a maioria de uso considerado seguro na gravidez. Porém, é importante que a utilização de fármacos na gestação seja monitorada e orientada por profissionais de saúde visando garantir o seu uso racional.
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