Clima de segurança dos profissionais da saúde em um hospital universitário
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2523Palavras-chave:
Segurança do paciente; Atitude do pessoal de saúde; Profissionais da saúde; Hospital; Cultura; Ética.Resumo
Analisar os preditores e fatores associados à cultura de segurança do paciente no ambiente hospitalar. Estudo quantitativo com delineamento transversal, realizado com 263 profissionais selecionados aleatoriamente e submetidos à aplicação do Instrumento Safety Attitude Questionnaire. Realizou-se análise estatística descritiva, correlação de Pearson, análise de variância e regressão linear. Nesse contexto, o constructo que obteve a maior média foi o de Satisfação no trabalho, já a menor foi o da Percepção da atuação da gerência da unidade e da organização sob olhar do profissional. Quando comparadas as médias dos constructos, houve significância estatística entre o Clima de trabalho em equipe e a unidade de atuação, bem como o mesmo constructo com a atuação profissional; Percepção e influência do estresse na execução do trabalho e os cargos dos profissionais; Satisfação no trabalho e gênero. Na regressão linear o constructo que mais apresentou impacto foi o da Percepção da atuação da gerência da unidade e da organização sob olhar do profissional. Conclui-se que o fator preditor mais relevante foi a percepção da atuação da gerência da unidade e organização sob olhar do profissional. Tais resultados poderão servir de subsídio para novos estudos que levem em consideração a influência da cultura nas ações de segurança do paciente.
Referências
Alayed, A. S., Loof, H. & Johansson, U. B. (2014). Saudi Arabian ICU safety culture and nurse’s attitudes. Int J Health Care Qual Assur, 27(7):581-659.
Anvisa. (2013). Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Colegiada da ANVISA- RDC nº 36 de 35 de julho de 2013. Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União, 26 de julho de 2013.
Bohrer, D. C. et al. (2016). Comunicação e cultura de segurança do paciente no ambiente hospitalar: visão da equipe multiprofissional. Rev. enferm. UFSM, 6(1):50-60.
Brasil. (2012). Conselho Nacional de Saúde; Resolução n o 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília.
Brasil. (2013). Ministério da Saúde. Portaria Nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Brasília.
Brasil. (2014). Ministério da Saúde. Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente/ Ministério da Saúde; Fundação Oswaldo Cruz; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília.
Carlesi, K. C. et al. (2017). Patient Safety Incidents and Nursing Workload. Rev. Latino-Am. Enfermagem, 25:1-8.
Carvalho, R. E. F. L. & Cassiani, S. H. B. (2012). Questionário Atitudes de Segurança: adaptação transcultural do Safety Attitudes Questionnaire - Short Form 2006 para o Brasil. Rev. Latino-Am. Enferm, 20(3):1-8.
Carvalho, R. E. F. L. et al. (2017). Assessment of the culture of safety in public hospitals in Brazil. Rev. Latino-Am. Ernfermagem, 25:1-8.
Cnes. (2016). Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde. Relatórios. CNES.
Erestam, S. et al. (2017). Changes in safety climate and teamwork in the operating room after implementation of a revised WHO checklist: a prospective interventional study. Patient Safety in Surgery, 11:4.
Feng, X. et al. (2012). Factors associated with nurses’ perceptions of patient safety culture in China: a crosssectional survey study. J Evid Based Med, 5(2):50-56.
Fermo, V. C. et al. (2016). Atitudes profissionais em direção a cultura de segurança do paciente em uma unidade de transplante de medula óssea. Rev. gaúch. Enferm, 37(1):1-9.
Gabrani, A. et al. (2015). Application of the Safety Attitudes Questionnaire (SAQ) in Albanian hospitals: a cross-sectional study. BMJ Open, 5:1-11.
Göras, C. et al. (2013). Swedish translation and psychometric testing of the safety attitudes questionnaire (operating room version). BMC Health Services Research, 13:104.
Hair, J. F. et al. (2009). Análise multivariada de dados. Tradução Adonai Schlup Sant’Anna. 6ª ed. Porto Alegre: Bookman.
Hill, M. M. & Hill, A. (2008). Investigação por questionário. 2ª ed. Lisboa: Ed Sílabo.
Hinde, T. et al. (2016). A study to assess the influence of interprofessional point of care simulation training on safety culture in the operating theatre environment of a university teaching hospital. J Interprof Care, 30(2): 51-53.
Kawamoto, A. M. et al. (2016). Liderança e cultura de segurança do paciente: percepções de profissionais em um hospital universitário. J. res.: fundam. care, 8(2):4387-4398.
Kristensen, S. (2015). Adaption and validation of the Safety Attitudes Questionnaire for the Danish hospital setting. Clin. Epidemiol, 7:149-160.
Magill, S. T. et al. (2017). Changing Operating Room Culture: Implementation of a Postoperative Debrief and Improved Safety Culture. World Neurosurgery, 107:597-603.
Marinho, M. M., Radünz, V. & Barbosa, S. F. F. (2014). Avaliação da cultura de segurança pelas equipes de enfermagem de unidades cirúrgicas. Texto Contexto Enferm, 23(3):581-590.
Mattar, F. N. (2014). Pesquisa de Marketing - Metodologia, Planejamento, Execução e Análise. 7ª ed. Elsevier.
Minuzzi, A. P., Salum, N. C. & Locks, M. O. H. (2016). Avaliação da cultura de segurança do paciente em terapia intensiva na perspectiva da equipe de saúde. Texto Contexto Enferm, 25(2):1-9.
Nguyen, G. et al. (2015). Validation of the safety attitudes questionnaire (short form 2006) in Italian in hospitals in the northeast of Italy. BMC Health Serv Res, 24(15):1-8.
Nie, Y. et al. (2013). Hospital survey on patient safety culture in China. BMC Health Serv Res, 13:228.
Paese, F. & Dal Sasso, G. T. M. (2013). Cultura da Segurança do Paciente na Atenção Primária à Saúde. Texto Contexto Enferm, 22(2):302-310.
Parker, D. et al. (2015). Measurement tools and process indicators of patient safety culture in primary care. A mixedmethods study by the LINNEAUS collaboration onpatient safety in primary care. Eur J Gen Pract, 21(Sup 1):26-30.
Pereira, L. A. et al. (2015). Enfermagem e liderança: percepções de enfermeiros gestores de um hospital do sul do Brasil. J. res.: fundam. care. Online. 7(1):1875-1882.
Raftopoulos, V. & Pavlakis, A. (2013). Safety climate in 5 intensive care units: a nationwide hospital survey using the Greek-Cypriot version of the Safety Attitude Questionnaire. J Crit Care, 28(1):51-61.
Rigobello, M. C. G. et al. (2012). Clima de segurança do paciente: percepção dos profissionais de enfermagem. Acta Paul. Enferm, 25(5):728-735.
Scwendimann, R. et al. (2013). Variation in safety culture dimensions within and between Swiss hospitals units and US: an exploratory study. BMJ Qual Saf, 22(1):32-41.
Sexton, J. B. et al. (2006). The Safety Atittudes Questionnaire: psychometric properties, benchmarking data, and emergecy research. BMC health serv. res, 6(4): 1-10.
Sexton, J. B., Thomas, E. J. & Helmreich, R. L. (2000). Errors, stress, and teamwork in medicine and aviation cross sectional survey. BMJ, 320(7237):745-749.
Silva-Batalha, S. E. M. & Melleiro, M. M. M. (2015). Cultura de Segurança do Paciente em um hospital de ensino: diferenças de percepção existentes nos diferentes cenários dessa instituição. Texto Contexto Enferm, 24(2):432-441.
Sousa, M. R. G. et al. (2013) Eventos adversos em hemodiálise: relatos de profissionais de enfermagem. Rev. Esc. Enferm. USP. 47(1): 76-83.
Souza, C. S. et al. (2019). Cultura de segurança em unidades de terapia intensiva: perspectiva dos profissionais de saúde. Rev Gaúcha Enferm. 40(esp):1-9.
St.Pierre, M. et al. (2017). Beeinflusst jährliches Simulationstraining das Sicherheitsklima einer universitären Klinik? Prospektive Fünfjahresuntersuchung anhand Dimensionendes, Safety Attitudes Questionnaire. Anaesthesist, 66(12):910-923.
Zenere, A. et al. (2016). Assessing safety culture in NICU: psychometric properties of the Italian version of Safety Attitude Questionnaire and result implications. J Eval Clin Pract, 22(2):275–82.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
