Alteração da terapia antirretroviral: inefetividade ou insegurança?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i2.25311Palavras-chave:
Efeitos Colaterais e Reações Adversas Relacionados a Medicamentos; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Infecções por HIV; Fármacos Anti-HIV; Assistência ao paciente.Resumo
O objetivo do estudo foi analisar as alterações da terapia antirretroviral de pacientes atendidos em uma unidade dispensadora de medicamentos de Fortaleza, Ceará. Realizou-se estudo observacional, documental, descritivo, retrospectivo, com abordagem quantitativa, no período de janeiro a maio de 2020. Incluíram-se todos os portadores de HIV/AIDS, cadastrados na unidade dispensadora de medicamentos, com idade igual ou superior a 18 anos que realizaram mudanças na terapia antirretroviral no período de janeiro a dezembro de 2019. Excluíram-se os usuários que mudaram de unidade durante esse período. Predominaram pessoas do sexo masculino, faixa etária entre 31 a 40 anos, pardos, solteiros, com escolaridade correspondente do ensino médio ao ensino superior, naturais e procedentes de Fortaleza, com tempo de diagnóstico entre 1 e 5 anos. Foram registradas 24 combinações diferentes de terapia antirretroviral, sendo a associação mais utilizada com tenofovir, lamivudina e efavirenz. Dos motivos que levaram à mudança de terapia antirretroviral, prevaleceram a incidência ou risco de reação adversa ao medicamento, início ou fim da gestação e facilitação da adesão ao tratamento. O efavirenz foi o principal medicamento envolvido nas suspeitas de reação adversa, seguido pelo tenofovir. Conclui-se que os dados obtidos auxiliaram na compreensão do perfil das pessoas vivendo com HIV de uma Unidade Dispensadora de Medicamentos de Fortaleza e as causas para mudança da terapia antirretroviral.
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