O ensino-aprendizagem na educação de jovens e adultos e a teoria da reprodução de Bourdieu
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i3.2532Palavras-chave:
Teoria da Reprodução; Educação; Jovens e Adultos.Resumo
O intuito deste trabalho foi apresentar aproximações entre o processo de ensino-aprendizagem na educação de jovens e adultos e a teoria da reprodução do estudioso Pierre Bourdieu. É possível observar que por meio dos conceitos propostos pelo autor há reflexos na EJA, todavia essa pode desvencilhar-se de uma reprodução, como por intermédio de práticas que considerem seu contexto e seus aprendizados. A teoria da reprodução de Bourdieu e Passeron traz consigo elementos conceituais como violência simbólica, capital cultural e poder arbitrário que podem colaborar para a compreensão de determinadas realidades, neste caso, a educacional e mais especificamente sobre a Educação de Jovens e Adultos (EJA), considerando que esses alunos advêm de uma realidade contextual própria, com características socioeconômica que ultrapassam questões de idade e que podem ter consequências no ensino-aprendizagem, fazendo que essa classe de alunado passe por uma reprodução.
Referências
Abrantes, P. (2011). Revisitando a teoria da reprodução: debate teórico e aplicações ao caso português. Análise Social, (199), 261-281.
Adelino, P. R., & Fonseca, M. da C. F. (2014). Matemática e texto: práticas de numeramento num livro didático da educação de pessoas jovens e adultas. Revista Brasileira de Educação, 19(56).
Amorim, T. S. A. de. (2018). Abandono escolar na educação de jovens e adultos.
Azevedo, M. A., Tavares, A. M. B. N., Maia, S. C. F., & Queiroz, M. A. (2014) Indicadores para a qualidade social em educação de jovens e adultos no contexto da diversidade: horizontes e adversidades. HOLOS, 6, 175-189.
Bonamino, A., Alves, F., Franco, C., & Cazelli, S. (2010). Os efeitos das diferentes formas de capital no desempenho escolar: um estudo à luz de Bourdieu e de Coleman. Revista Brasileira de Educação, 15 (45), 487-499.
Bourdieu, P. (1989). O poder simbólico. Lisboa: difel.
Bourdieu, P. (1997). meditações pascalianas. Bertrand Brasil.
Bourdieu, P., & Passeron, J.-C. (1982). A reprodução: Elementos para uma teoria do sistema de ensino. Trad. de Reynaldo Bairão. Rio de Janeiro: Francisco Alves.
Brasil. (1996). Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996.
Camargo, P. S. A. S., Martinelli, S. C. (2006). Educação de adultos: percepções sobre o processo ensino-aprendizagem. Psicologia Escolar e Educacional, 10(2), 197-210.
Catelli, R., Jr., Di Pierro, M. C., & Girotto, E. D. A. (2019). política paulistana de EJA: territórios e desigualdades. Estudos em Avaliação Educacional, 30 (74), 454-484.
Di Pierro, M. C. (2005). Notas sobre a redefinição da identidade e das políticas públicas de educação de jovens e adultos no Brasil. Educação & Sociedade, 26 (92), 1115-1139.
Ferrari, F. A. (2014). As causas e consequências do índice de evasão escolar no ensino médio da Educação de Jovens e Adultos. “EJA” Professor Antonio de Almeida Junior-Osasco SP.
Ferreira, A. A., & Martinelli, S. C. (2016). Estudantes da Educação de Jovens e Adultos: considerações sobre o perfil e desempenho escolar. Educação: teoria e prática, 26(52), 312-331.
Gil, A. C. (2002). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.
Gomes, A. T., & Garcia, I. K. (2014). Perfil sócio-educacional de estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA): um estudo de realidades e interesses acerca do conceito Energia. Latin-American Journal of Physics Education, 8(3).
Gonçalves, N. G., & Gonçalves, S. A. (2017). Pierre Bourdieu: educação para além da reprodução. Editora Vozes Limitada.
Haddad, S., & Di Pierro, M. C. (2000). Aprendizagem de jovens e adultos: avaliação da década da educação para todos. São Paulo em perspectiva, 14(1), 29-40.
Marcílio, M. L. (2016). História da alfabetização no Brasil. Edusp.
Melo, C. H., Santos, A. S. S., & Martins, N. S. (2015). A, Educação de jovens e adultos: perfil dos professores e alunos numa escola pública. Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social [online], 3(2), 63-68.
doi: https://doi.org/10.18554/refacs.v3i2.1083.
Negreiros, F., Silva, C. F. C., Sousa, Y. L. G., & Santos, L. B. (2017). Análise psicossocial do fracasso escolar na Educação de Jovens e Adultos. Revista Psicologia em Pesquisa [online], 11(1), 1-11. doi: https://doi.org/10.24879/201700110010066
Nogueira, C. M. M., & Nogueira, M. A. (2002). A sociologia da educação de Pierre Bourdieu: limites e contribuições. Educação & Sociedade, 23 (78), 15-36.
Oliveira, M. K. (2001). Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Educação de Jovens e adultos: novos leitores, novas leituras, 1, p. 15-43.
Paese, C. R. (2019). Pierre Bourdieu e o ensino no Brasil nos anos 1990. Itinerarius Reflectionis, 15 (1), 01-14.
Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1. Acesso em: 10-fev-2020.
Silva, M. R., & Jorge, C. M. (2018). O reencontro dos sujeitos adultos com a escola: significados e tensões no âmbito do PROEJA. Educação & Sociedade, 39 (142), 55-71.
Silva, R. B. Fº., & Araújo, R. M. L. (2017). Evasão e abandono escolar na educação básica no Brasil: fatores, causas e possíveis consequências. Educação Por Escrito, 8(1), 35-48.
Souza, R. B. (2014). Formas de pensar a sociedade: o conceito de habitus, campos e violência simbólica em Bourdieu. Ars Historica, (7), 139-151.
Strelhow, T. B. (2010). Breve história sobre a educação de jovens e adultos no Brasil. Revista HISTEDBR on-line, 10(38), 49-59.
Thiry-Cherques, H. R. (2006). Pierre Bourdieu: the theory in practice. Revista de Administração Pública, 40(1), 27-53.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
